sexta-feira, 22 de setembro de 2023

A LINHA DO TEMPO (4)

 

Entre o passado e o futuro, jazz a Humanidade; ora indiferente, ora entusiasmada, ora consciente, ora entornada. Inconscientes do que somos e das razões pelas quais iniciamos algo, pairamos sobre o ninho provisório das ignorâncias, certos de que estamos fazendo a coisa certa, certos de que somos justos e incansáveis nas interações com a realidade que se apresenta diante de nós, envoltos na aura do autoengano de que somos donos da verdade. Tombo após tombo, experiência após experiência, ausência após ausência, a linha do tempo permanece rígida e exigente para com nossas percepções. Há quem queira enxergar, mas há também quem apenas vê e nada aprende ou apreende. A linha do tempo virou corda bamba para muitos, sobre a qual tentam equilibrar pensamentos e emoções, enquanto a iluminação não vem. Com rede ou sem rede abaixo do trapezista, a queda é inevitável. Ainda bem que inventaram a resiliência, a coragem, a perseverança e a iniciativa. Estes são alguns recursos disponíveis no âmago intelectual, podendo ser usados com fartura, enquanto não compreendem a importância fundamental da aceitação em sua travessia.


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