quinta-feira, 30 de setembro de 2021

ÂNGULOS DE PERCEPÇÃO

 

Todo mundo tem seu ponto cego, ou melhor, muitos pontos cegos, aqueles ângulos de percepção que não são alcançados antes de fazer estrago nos relacionamentos. Geralmente eles são notados em situações de insensibilidade, em invasões de limites pessoais por quem interviu acreditando ter boas intenções, ou quando não se dá conta da própria infelicidade e sai por aí atirando em todos. Por isso encontramos tanta insanidade no mundo. A insanidade pertence às interpretações distorcidas pela mente, à incapacidade de inclusão das diferenças, ao apego a ideologias que não se questionam, a crenças coletivas, ao ambiente social em que vivem, ao desconhecimento de si mesmos, à supremacia da ignorância, ao egoísmo reinante, aos processos em andamento rumo ao desvio de propósitos das novas descobertas, ao consumismo excessivo, ao endeusamento do dinheiro, às forças ocultas...meu Deus, a lista não acaba mais.

 


quarta-feira, 29 de setembro de 2021

A MENTE HUMANA É INFLAMÁVEL

 

Traumas, experiências negativas, injustiças, agressões, bullying, vitimismo, abusos, desprezo, criticismo e julgamentos, abandonos, medos, tudo isso serve de combustível para a mente fazer o que ela mais gosta de fazer, explodir-nos por dentro com a tortura dos pensamentos, repetidamente, as vezes sem descanso, irresponsavelmente, inconsequentemente. Ufa, quanto trabalho ela nos dá...

Se ela age assim é porque conhece bem nossa vulnerabilidade e nossa capacidade infinita de imaginação. Ela age assim para permanecer ocupada e se sentir necessária, para sentir-se importante, mais importante até do que nosso direito de ser feliz e de nossos propósitos superiores, fazendo algumas pessoas sentir que elas são nada mais nada menos do que os próprios pensamentos. Ela não quer que você foque sua atenção em algo mais. Ela não quer que saibamos que existe vida além dela. Ela se diverte com explosões emocionais.


terça-feira, 28 de setembro de 2021

TUDO PODERIA SER O QUE É

 

Em cada interação que buscamos ou somos levados a tê-las, acreditamos mais na possibilidade de obter resultados positivos do que qualquer outra coisa. Sabemos que a outra pessoa não está tomando conta dela da melhor maneira possível, por isso queremos convencê-las de algo, mas nos esquecemos de responder ou aguardar nossa resposta mais inteligente para aquela situação. Fora daquela situação ou longe daquelas palavras, nossa interpretação incluiria algo positivo, algum valor ou sentimento mais nobre, uma dose de paciência ou compaixão, um espaço pessoal para se proteger sem riscos, ou seja, seríamos nós com mais integridade e sem influências externas e nosso instinto de preservação nos salvaria de consequências negativas. Haveria espaço para o amor através de conexões mais profundas, acima de palavras, e tal conexão nos revelaria lições a serem cultivadas dali por diante. Tudo poderia ser diferente de nosso controle. Tudo poderia ser o que é.

 


segunda-feira, 27 de setembro de 2021

MANSIDÃO E SILÊNCIO

 

Se tudo o que falássemos, ganhasse um sinal de interrogação antes de ser pronunciado, o silêncio seria nossa maior riqueza, diante da constatação de que nem sempre falamos a verdade crua e simples. Por trás de cada palavra pronunciada tem sempre algo escondido, mal compreendido, um pé atrás, um erro de tradução, uma criança interior carente, um adolescente rebelde, um jovem inseguro ou um adulto perdido. Como palavras são símbolos individuais, a fala coletiva se confunde e se conflitua abundantemente. Trocamos os sinais de interrogação por certezas erradas, afirmações distorcidas, agressões de causas inconscientes, não nos dando conta dos ruídos de comunicação e seus impactos na construção de nossa felicidade. Felizes os silenciosos que fizeram do sinal de interrogação uma ferramenta de prudência e trabalho interior. Felizes os silenciosos, pois serão mansos e sábios de coração.

 


AQUILO QUE NÃO VEMOS

 

A esta altura das evidências, apesar de todas as autoridades negarem, não há mais nenhum vídeo que nos assuste sobre a existência dos discos voadores, mesmo que seja este o argumento utilizado por aqueles que protegem a humanidade com seus exércitos, querendo esconder para não serem desacreditados em seus poderes. Poderiam também esconder por cumplicidade. Uma coisa é inegável. Tudo de novo que cientistas descobrem, se tiver potencial de se tornar armamento, passa a pertencer aos poderosos. Outra coisa também é incontestável. Mais de 97% da população mundial desconhece quem são estes poderosos. São os véus da realidade, a matrix, as formas sinistras e ocultas de escravizar a população, desde o século XVIII até os dias de hoje. Se eles têm algo a ver com habitantes não humanos ou draconianos, se empenhando para reduzir a população mundial, talvez fosse a única verdade assustadora que pudesse colocar todos em estado de pânico. Mas do jeito que a ala dos poderosos de plantão está comprometida em lutar contra a população de tantos países, durante a pandemia, dá pra começar a acreditar um pouquinho em teoria da conspiração.


domingo, 26 de setembro de 2021

DETALHES DO SER

 

Nunca nos foi ensinado a ensinar nossos pais sobre quem somos ou sobre quem acreditamos ser. Ainda assim, criamos a expectativa de que eles devam estar sempre ali, à nossa eterna disposição, como se fôssemos o centro do universo deles, o que indica alguns traços de imaturidade emocional se arrastamos esta exigência conosco vida afora. Virar a página do livro da vida, só é possível para quem evolui, para quem se desapega do passado como única referência. Talvez seja mesmo por isso que não ensinamos aos outros quem somos, esperando que eles descubram ao atender nossas cobranças e necessidades emocionais básicas. Basta recordar quando foi a última vez que mostramos a alguém detalhes de nosso Ser, a última vez que dissemos “não” quando nos sentimos invadidos ou quando nos expressamos com assertividade se alguém não nos viu por dentro. Sim, podemos ensinar aos outros quem realmente somos.


FIM DE ALGO

 

Há quem diga ser muito difícil trabalhar com pessoas, pois a população está se tornando cada vez mais difícil de interagir com trocas saudáveis. O estímulo coletivo e midiático à intolerância e as motivações internas pelo egoísmo estão rasgando o tecido social. Estamos assistindo à demolição dos valores de um povo, sem qualquer possibilidade de substituição por algo melhor. A vida humana perdeu o seu valor. O dinheiro e o consumismo anestesiaram as mentes. Os políticos não representam mais seus eleitores. Decisões governamentais draconianas arrastam o mundo inteiro para o abismo. A natureza pede socorro. A tecnologia imbeciliza as massas. Entramos em rota de colisão generalizada, atordoados por forças ocultas que nos manipulam facilmente pelo marketing desvairado e por algorítmos invisíveis. Enquanto isso, algumas pessoas leem versículos que falam de um tempo em que pediremos para morrer e não conseguiremos, diante dos escombros. A Humanidade nunca perde o fascínio pelo fim de algo.

 


sábado, 25 de setembro de 2021

TERAPIA DOS BARBANTES (5)


A vida é cheia de surpresas. Quando pensamos que já vivemos tudo, eis que se aproxima uma nova experiência. Quando pensamos que já sabemos tudo, eis que se aproxima uma nova descoberta. Quando pensamos que já nos conhecemos bem, eis que surge uma oportunidade imensa de nos vermos como extensão das maravilhas do Universo. Porém, as surpresas só estão disponíveis para quem vive de bem com a própria pele, para quem se sente confortável com o próprio Ser, para quem ressignifica cada momento da vida como se fosse a joia mais preciosa que se possa encontrar. A Terapia dos Barbantes é mais uma destas joias.


TERAPIA DOS BARBANTES (4)

 

Acessar a mente supra consciente é um fenômeno pouco conhecido da maioria das pessoas. No entanto, por mais elevado que ele seja, qualquer pessoa pode se beneficiar deste encontro, dentro da Terapia dos Barbantes, sem nenhum preparo prévio. Basta seguir as orientações iniciais do Terapeuta para entrar na vastidão que os espera. O campo identifica o Cliente, seleciona o que necessita mudar de percepção, adiciona vazio e silêncio, luz e lucidez, conduzindo-o por espaços atemporais, visitando dimensões superiores e retornando com sorrisos na Alma.


TERAPIA DOS BARBANTES (3)

 

Para os profissionais desta técnica, a Terapia dos Barbantes proporciona crescimento pessoal simultâneo, tanto para o Cliente quanto para o Terapeuta, uma vez que os dois são inseridos dentro de um campo energético vivo, inteligente, onipresente, onipotente e onisciente da Consciência Suprema, a qual abre portas da Supraconsciência para a partilha de novas percepções mais expansivas da realidade que nos habita. Fazer parte e testemunhar processos divinos de expansão de consciência, de outras pessoas, é uma daquelas situações em que todos ganham e crescem em níveis profundos de conexão.


TERAPIA DOS BARBANTES (2)

 

A Terapia dos Barbantes se sustenta na existência de mais aspectos da mente, tais como Ser, Alma, Essência, Supraconsciência, Consciência Suprema, os quais ela visita através de protocolos específicos. Sua estrutura consiste em alinhavar processos práticos de transcendência, conexão e ressignificação, conduzindo seus clientes a experiências de expansão e despertar de consciência. Sua teoria principal nos revela o poder transformacional e evolucionário, sempre que deixamos de nos ver apenas como pessoas e passamos a nos ver como processos, durante as sessões terapêuticas com barbantes.


TERAPIA DOS BARBANTES (1)

 

A cura passa por um fio, sim, um fio de barbante, convidando-nos a ressignificar a maneira como enxergamos as complexidades do mundo. Se deixarmos a cura por conta apenas da mente comum, ficaremos com a razão, eliminando toda uma gama de possibilidades do conhecimento. Se deixarmos a cura por conta apenas do Subconsciente, contaremos com a força da imaginação em contra partida ao efeito placebo. Se deixarmos a cura por conta apenas do Inconsciente, mudaremos o foco para traumas e tudo o mais que for tóxico, perdendo o lado saudável como referencial de equilíbrio.


sexta-feira, 24 de setembro de 2021

NOVO PONTO DE LUZ

 

Hoje é um dia histórico em minha vida, um dia repleto de gratidão. Hoje graduamos a primeira turma de Terapeutas dos Barbantes, após um longo e profundo treinamento teórico e prático sobre esta modalidade holística. Sair da escola para a comunidade, com tamanha bagagem inédita, é motivo de sobra para celebrarmos este evento de muita realização pessoal. Uma nova família de luz se formou entre nós, uma jornada prazerosa de compaixão pelas descobertas dos outros foi a pista de voo para novas decolagens, um novo tempo de acesso aos conteúdos das profundezas do Ser se abre no horizonte holístico em busca do sol interior. Um mergulho nas profundezas de Deus só precisa de barbantes para acontecer de maneira eficiente e inesquecível. 

Fazer história é assim, abrir o coração, apaixonar-se pelo que faz, disponibilizar-se para o mundo, ajudar outras pessoas a darem sentido e propósito para suas vidas e banhar-se de gratidão pelos presentes que o Universo tem a nos oferecer. Com a Terapia dos Barbantes nasce mais um ponto de luz que vai iluminar a escuridão de quem a procurar. Que desça esta luz sobre todos nós!


BAGAGEM

 

Botas novas nos fazem caminhar mais rápido, pois temos consciência de que, com elas, poderemos ir mais longe. Saltos altos lembram ao nosso orgulho que podemos cair de nossas vaidades mundanas. Pés descalços nos tornam resilientes e despojados de aparências. Sapatos velhos apontam familiaridade com zonas de conforto e amor à rotina.

Quem não sabe como caminhar com os pés, terá que aprender a caminhar com os olhos e voar com as asas da imaginação. Aprender a lidar com o querer, faz parte desta jornada. Buscar rumos e prumos, equilibrar emoções e pensamentos, adaptar ou preservar, são etapas de qualquer escolha por um caminho. Dar um passo, só parece simples para quem entendeu a complexidade à sua frente e não se intimidou. Caminhar com alguém, mais distâncias do que lhe foi pedido, exige pés, olhos e coração. Caminhar exige bagagem interior.

 


quinta-feira, 23 de setembro de 2021

BORA, FELICIDADE!

 

Se a minha felicidade não é igual à sua nem à dos outros, se o que lhe faz feliz pode até me assustar, se tem gente viva sem saber que já morreu tamanha a infelicidade, por se tratar de algo tão abstrato, se tem quem se preocupe mais em consertar a vida dos outros do que lidar com a própria infelicidade, se a felicidade custa caro e não está disponível a todos, talvez fosse a hora de questionarmos o que seja felicidade ou quem sabe abandonar este conceito e trocá-lo por água. Dá prá viver só com alegria e contentamento, morrer sem saber o que seja êxtase. Pelo menos assim, o Ser pode se confundir mais com o ter, acaba a obrigação de sermos eternamente felizes, ninguém passa a ser responsável pela felicidade do outro, a gente não precisa mais ouvir canções com este tema e teremos mais tempo para espalhar o ódio sem culpa. Um mundo inteiro sem felicidade faria mais sentido ao matarmos um leão por dia. Palavra impactante esta tal de felicidade.


AS MARGENS E O RUMO DO RIO

 

O movimento das palavras e as movimentações das atitudes formam o tensor energético de cada pessoa no mundo em que habita. A inércia, a apatia, a indiferença e a preguiça também possuem suas movimentações internas, já que nelas os pensamentos nunca cessam de confabular. Somos todos uma sequência de movimentos, enquanto vivos e encarnados ou enquanto almas esquecidas do corpo. Qualquer consciência de si implica em atenção aos próprios movimentos. Mesmo que haja silêncio interior, este silêncio é habitado por movimentações nem sempre identificadas. Mesmo que o corpo esteja em coma, alguns órgãos se movimentam. Nunca podemos reduzir ou ignorar a importância das movimentações que a intenção ou o automatismo abraçam. Neste instante você é um grupo infinito de movimentações entre a vida e a morte, entre a matéria e o Espírito, entre a linha do tempo e a eternidade.

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

UM CEGO NÃO GUIA OUTRO CEGO

 

Cada pessoa se expressa no mundo de acordo com seu temperamento predominante. Aqueles com temperamento colérico poderão deter muito conhecimento, acima da média ou com credibilidade acadêmica, mas mesmo assim, colocarão fel em suas palavras e terão o prazer de bater naqueles que não considera seus iguais. O menosprezo fluirá como saliva de seus lábios, a ironia será seu alimento preferido, a arrogância os cegará. Falarão em nome da ciência, repetirão jargões, racionalizarão o imensurável, distribuirão o improvável, sem se darem conta de que a ciência conhece apenas 4% do universo, sem perceberem que o medo esconde as próprias fraquezas que os levaram a se esconder atrás dos títulos. Falta-lhes humildade para enxergar fora da casinha. Em seu raciocínio, Deus somente existirá quando eles forem capazes de prendê-lo na gaiola das equações. Enquanto isso, seus corações se endurecerão e seus crânios se fragilizarão.

 


terça-feira, 21 de setembro de 2021

MATEMÁTICA INVERTIDA

 

A estrela tem a luz das estrelas. A lua tem a luz da lua. O sol tem a luz do sol. Não importa a quantidade de glória com que cada um deles sonha, pois não se trata de merecimento, já que cada um contém o que lhe cabe. Diferentemente, o Reino dos Céus ou o Reino das Trevas há de ser proporcional ao que nos cabe em vida, há de ser equivalente ao que deles construímos em nossas escolhas. A lua cheia não extravasa luz. O maldoso espalha maldades. O generoso multiplica a gratidão. Se os Reinos deixassem de ser abstratos, nenhum ser teria direito a mais céu ou mais inferno, somente o que lhe cabe. Você não carece de um caminhão pipa, se tudo o que precisa beber individualmente é um litro de água por dia. Estar diante do mar não significa que você pegará todas as ondas para si. Nunca será uma questão de quantidade, mas sim de ressonância energética entre o céu de seu coração e o inferno de sua mente.


POR ONDE COMEÇAR

 

Vamos falar de saúde mental. Vamos incluir este tópico em toda conversa de grupos. Vamos contribuir com a proliferação de entendimento sobre algo que rouba vidas preciosas quando a saúde mental se ausenta. Vamos investigar não só as raízes do problema, mas também sua manutenção constante pela sustentação de dinâmicas disfuncionais no núcleo familiar e social. Primeiro identificamos as formas de diálogo mais constantes que apenas geram confrontos, as crenças distorcidas, a ausência dos afetos nas palavras agressivas de crítica excessiva, a sensibilidade ao sofrimento dos outros, os pedidos subliminares do socorro que nunca chega. Passamos em seguida aos momentos possíveis de concordância e convergência, à motivação e reconhecimento de talentos pessoais negligenciados, aos desejos negados. Gerando uma certa esperança no ambiente, se pode falar sobre recursos disponíveis para o bem estar da pessoa afetada, sem imposição, mas com a consciência de tentar algo diferente para obter resultados diferentes. Por fim, adicionamos o “eu te amo” sincero, com ou sem pedidos de desculpas, o “pode contar comigo” quando a percepção da pressão interna ficar insuportável, o “vamos conhecer pessoas que passaram pelos mesmos desafios” e se saíram melhor. Afinal, ninguém nos prometeu um jardim de rosas. Mesmo assim, rosas têm espinhos.


segunda-feira, 20 de setembro de 2021

ARRANHÃO NO DISCERNIMENTO

 

A saúde mental aumenta quando aprendemos a gerir nossas escolhas e respostas aos desafios da vida. Quem se apossa das crenças para tomar rumo, quem se ocupa do passado como único referencial de inteligência, quem se organiza sem entender de caos e quem se deixa levar pelo turbilhão das influências externas, está fadado a cair no colo dos conflitos. Por isso a importância da análise racional, sem envolvimento emocional, que permita antecipar acontecimentos óbvios. Tal análise torna-se um convite ao compartilhamento de ideias, a trocas de sabedoria e experiência, à abertura de horizontes. Distúrbios mentais são sinais claros de isolamento, de rigidez intelectual ou cognitiva, de emoções truncadas e mal resolvidas, de desconhecimento das opções internas diante daquilo que lhe desagrada. Para ajudar alguém a recuperar sua saúde mental, adicione compaixão e disponibilidade de tempo ao discernimento, arranhado por estes sinais acima.

 



GESTÃO E DIRECIONAMENTO

 

Gestão é administração interna, é a liderança humanizada que sabe escutar a si e aos outros. Gestor é isso: é entrar dentro de si, buscar seus recursos e talentos, sair equipado com energia e iniciativa rumo ao futuro, compartilhar seus sonhos com entusiasmo, envolvendo outras pessoas para que também entrem dentro de si e repitam este mesmo processo.

Força de vontade não se compra, não se adquire de fontes externas. Ela é resultado desta união entre energia e iniciativa, sendo fermentadas durante o encontro. Temos energia de sobra dentro do corpo, aguardando direcionamento. Cada um sabe melhor de si e onde quer colocar suas energias, mas é da responsabilidade individual tomar consciência de suas escolhas. Num certo sentido, as escolhas pessoais também merecem um bom gestor para que se alcance a realização pessoal com eficiência e alegria.


sábado, 18 de setembro de 2021

AMOR E PAIXÃO

 

Essa coisa de se apaixonar é uma faca de dois gumes. Quem ama teve tempo de conhecer a outra pessoa, analisou a personalidade e as respostas do outro, permitiu-se expressar diferentes emoções em variados contextos, testou o comportamento da outra parte para sentir-se mais seguro, questionou por mais tempo as declarações de amor ou a falta delas em momentos cruciais. Quem se apaixonou, foi logo dando um voto de confiança total, confiou demais em si mesma, forçou convergências, ressaltou coincidências, colocou a outra pessoa no pedestal, acreditou na química pessoal, apressou-se a tomar decisões no relacionamento, ignorou a força irracional dos impulsos e super valorizou o corpo. As trocas por amor são mais lentas, mais relativas, fundamentadas em certezas. Já as trocas por paixão, são menos consequentes, mais descuidadas e mais exigentes. O fogo das paixões vira fumaça e desaparece sem deixar marcas no mundo. O fogo do amor vira brasas e cinzas, mas quem as encontrar saberá o que houve ali.


RETAS E CURVAS

 

Faltam retas na vida, embora a gente sempre procure por elas. Retas são raras por serem inúteis diante do crescimento humano. Recebem o nome de tédio, de rotina, de repetição do marasmo, comida sem tempero, plano de quem não tem planos. Retas são a escassez da criatividade.

Eis que a vida real é cheia de curvas, de inclinações e diagonais inesperadas. Eis que a vida real nos oferece a oportunidade de instabilidade, para que nos fortaleçamos diante dos morros mais íngremes. Eis que a temperatura gélida das despedidas ou rupturas são inevitáveis no inverno das almas. Os despenhadeiros do tempo acreditam e sabem que, com alguma sabedoria, podemos voar e alcançar as distâncias. Ondas bravias do destino mal se interessam pelas praias. Virar o pescoço da razão, inesperadamente, pode causar torcicolos no entendimento. Tudo é um convite para abandonarmos a zona de conforto. Assim, a viagem se torna mais interessante.

 


quinta-feira, 16 de setembro de 2021

O OUTRO LADO DA SAÚDE MENTAL

 

Não se pode falar de saúde mental sem antes mapear as dinâmicas de relacionamento pessoal que a envolve, a dificuldade de se expressar como um ser limitado, a incapacidade de trocas afetivas satisfatórias que vão além da sexualidade e o impacto da baixa estima ou auto imagem distorcida. A repetição de comportamentos disfuncionais, a força negativa do passado, a padronização de cenas familiares de competição e o efeito dos desequilíbrios hormonais, não podem sair da equação de encaminhamento rumo a possíveis tratamentos. Tal complexidade exige paciência e busca de recursos, sejam profissionais ou espirituais. Cada caso é um caso, depende unicamente dos laços e nós familiares, depende de quem vai estar do outro lado e de quem veio antes em sua ancestralidade. Acima de tudo, depende de nossa capacidade de amar sem definir ninguém por meio de diagnósticos médicos.

ANSIEDADE DESGASTANTE

 

Todo nível de ansiedade desgastante pode conduzir pessoas a problemas físicos e mentais. Aliados a dificuldades financeiras, a vícios e a estados depressivos ou pensamentos de suicídio, o resultado é a perda da saúde mental. Não existe idade apropriada, nem raça nem status social para que se perca a estabilidade mental. Todo descuido paga seu preço. Bem que os pensamentos nos dão sinais de que algo muito sério está acontecendo com o equilíbrio mental, espiritual e emocional, mas a gente não os leva a sério, a gente quer protege-los ou entra em estados de negação da realidade, muitas vezes atribuímos o problema ao nosso relacionamento amoroso que acabou ou acreditamos tratar-se de um descontentamento por um sonho não realizado. Em outras vezes, sofremos bullying, perseguições profissionais, pressão por deficiência de comunicação. Nosso erro de interpretação nos leva a erros de estratégia por sofrermos juntos. Talvez seja hora de nos convencermos de que nenhuma pessoa perde a saúde mental dentro de um ambiente saudável.

terça-feira, 14 de setembro de 2021

PROBLEMA COLETIVO


A maneira como cada pessoa responde aos estímulos externos, depende do estado de saúde mental delas. Querer ou exigir uma resposta comum a todos é irracional. Como não pedimos atestado de sanidade mental às pessoas com quem nos relacionamos num mundo insano, somos nós os causadores de confusão e conflitos desnecessários, sempre que perdemos a capacidade de ler a realidade como ela é, sempre que levamos tudo para o plano pessoal, sempre que tentamos controlar o incontrolável. Embora nunca paramos para analisar, muitas vezes somos nós que empurramos certas pessoas para o precipício, para a baixa estima, para o isolamento. Somos nós que ignoramos a presença delas, neutralizamos as opiniões delas, olhamos torto com expressões de desprezo. Mesmo sem intenções, todos temos nossa gota diária de malvadeza, talvez porque os outros andam fazendo a mesma coisa conosco. Podemos até mesmo afirmar que saúde mental individual é problema coletivo.

 


segunda-feira, 13 de setembro de 2021

NUNCA MENOSPREZE A ANSIEDADE

 

Ansiedade é um sentimento manejável até certo ponto. Se passar dali, pode desencadear paranoias recorrentes, quebras de amizades por coisas pequenas, insônias perigosas, medo de perder o controle de si mesmo e, por último, medo de ficar louco. Não se brinca com ansiedade exagerada pois tudo em excesso causa danos, as vezes irreversíveis.

A sensação de estar fora de controle de qualquer interação social leva ao isolamento, justamente por perder a capacidade de dar sentido lógico ao que estiver acontecendo. Juntando a percepção de ter perdido a boa imagem diante do mundo com a falta de dados concretos sobre os próprios pensamentos, aumentam-se os hormônios do estresse em completo desarranjo emocional. Nota-se também que, estados prolongados e não tratados de ansiedade podem conduzir mais tarde a estados depressivos ou síndrome de pânico. Uma em cada cinco pessoas ansiosas necessitam de ajuda profissional.

PREVENÇÃO DE CRISES MENTAIS

 

Trocar conversa por discussão e pensar que saúde mental não é tão importante quanto a saúde física, leva muitas pessoas a ignorarem a presença de distúrbios psíquicos no próprio núcleo familiar, empurrando os mais vulneráveis para alguma forma de abismo emocional. Sentimentos de culpa dos pais por terem gerado filhos com tais disfunções também agrava o problema, conduzindo-os para estados mais graves de crises. Não é preciso esperar um surto para concluir que alguém possui problemas mentais. O diálogo franco e sem julgamento pode abrir espaço a diagnósticos precoces e com mais chances de tratamento eficiente. A dificuldade de sentir, de expressar emoções naturalmente, a imaturidade emocional ou mania de brincar sempre com coisas sérias, a repetição de uma única emoção diariamente por longos anos, conversar sozinho em voz alta durante o banho, tudo isso pode sinalizar a necessidade de se conversar sobre saúde mental tal qual se fala e se cuida da saúde física. É uma questão de naturalidade. Onde há abertura, há trocas.

GATILHOS

 

De um lado está a filha bipolar, sentada, calada, inquieta, usando o celular. Do outro está você, movendo-se agitadamente na cozinha como se previsse algum perigo iminente, sem se dar conta de que seu tensor energético já está servindo de gatilho para reações emocionais inesperadas. Seus pensamentos são negativos, defensivos diante de um diálogo interior que parece antecipar uma tragédia anunciada, reciclando memórias desagradáveis e julgamentos fortes sobre aquela pessoa ao seu lado, as vezes orando para que ela não brigue consigo quando você for convidá-la a arrumar o quarto bagunçado. Você não se contém ao compará-la mentalmente com outros filhos mais organizados, tratando-a normalmente, esquecendo-se do diagnóstico médico dela, afinal, mãe é mãe. Você está cansada de limpar o quarto dela, considerando-a muito folgada para aquela idade, mas sem se sentir no direito de tratá-la como as outras filhas. Uma onda de raiva corre suas veias e artérias ao lembrar do perfeccionismo imperial que reina em seus pensamentos. Armada deste tensor, você se aproxima dela e pergunta se ela não vai arrumar o quarto. Começa a terceira guerra mundial.

O TREM DA HISTÓRIA

 

 

Protagonismo, resiliência e narrativa são duas palavras que se impuseram a nós nos últimos dois anos, sinalizando a necessidade de uma mudança maior na Humanidade. Se as instituições foram criadas por homens para colocar a Humanidade em segundo plano, elas começaram a cair uma a uma pela desconstrução de suas narrativas. Se os políticos são sustentados por lobbies que atentam contra nossos direitos básicos e deixaram de nos representar como cidadãos, nossa resiliência inocente ainda lhes deu respaldo para comprometer nosso destino como seres livres. Se novas vozes de poucos seres pensantes começam a exercer um protagonismo mais consciente, combatendo duramente a força midiática de narrativas suspeitas, chegou a hora de abandonarmos o foco na destruição e nos redirecionarmos para a construção de uma sociedade diferente.

Não podemos perder o trem da história ao ignorar os temas mais urgentes de um debate social. O coletivo tem mais força que o individual, a causa da pandemia é mais fundamental para nossa sobrevivência do que os sintomas do covid-19, o aprendizado de como fortalecer o sistema imunológico nunca chegou à mesa para discussões populares, o valor da vida deve sobrepor o valor das coisas materiais, as desumanidades precisam sofrer uma queimada geral e dar lugar ao cultivo de valores humanos, a estrutura horizontal da trama humana é mais inclusiva do que as hierarquias de poder público, temos controle apenas sobre o potencial da Humanidade e não sobre as escolhas individuais. Abramos espaço urgentemente para o diálogo sem posicionamentos radicais, pois o radicalismo não sabe amar. A união, sim, faz a força e o amor.

domingo, 5 de setembro de 2021

SETEMBRO AMARELO

 

Reclamar demais pode parecer mania de gente chata. Emoções intensas podem parecer coisa de gente desequilibrada. Impulsividade pode parecer atitude de gente irresponsável. Cuidado antes de julgar. Nossa insensibilidade não nos deixa perceber vários sintomas de doenças ou disfunções mentais. É assim que construímos estigmas sociais, incentivando o isolamento, menosprezando pessoas irritadas, levando muito a sério as palavras críticas dos descontentes, sem levar em consideração o sofrimento de quem está do outro lado. Por isso precisamos conversar sobre saúde mental, ainda mais após um longo período de pandemia, onde muitas interações familiares caíram por terra diante das limitações de comunicação, das diferenças entre gerações, da impossibilidade de dar nome às emoções, das dificuldades financeiras, da incapacidade de delegar atividades ou de pedir ajuda. Todos estes estressores impactaram imensamente as relações familiares, agravando o estado de saúde de seus membros e levando a ansiedade às alturas. Ao incluirmos o tema saúde mental nas conversas, podemos estabelecer pontes de empatia e compaixão, quem sabe salvar vidas e humanizar nosso ambiente escolar, comercial e empresarial.

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

AS PARTES E O TODO

 

O rio corre para o mar. A vida corre para a morte. O amor corre para dentro. Se cada pessoa tem as suas circunstâncias, se cada projeto tem a sua intenção e se cada evento tem o seu final, todos eles estão sujeitos ao fator tempo, pois do contrário não seriam observados nem vividos. Destas observações, surgem as variedades e dentro dos opostos surgem as diferenças de propósitos. Da mesma forma que nem toda casa é um lar, nem todo livro é cultura. Da mesma forma que ter uma cama é diferente de ter repouso ou ter um plano de saúde é diferente de ser saudável, assim também o rio, a vida e o amor têm suas funções e seus próprios propósitos. Vai depender de cada observador a direção de seu olhar, a intenção de suas escolhas e suas respostas aos estímulos externos e às mudanças. Cabe ao observador identificar para onde as mudanças estão indo, quem as lidera, quem são os liderados, quem as manipula e quem são os manipulados. O mar se abre aos rios, a morte abraça a vida, o coração se abre ao amor. No entanto, o rio continua existindo sob outras formas, a vida continua existindo em outras frequências e o amor não precisa de massa corpórea para continuar fluindo. O observador é apenas uma unidade do Todo autorizando-se a ser processo.

 


quarta-feira, 1 de setembro de 2021

O NIVEL DE CONSCIÊNCIA CULPOSO

 

Mais do que imaturidade, culpar os outros por nossa falta de iniciativa e coragem, por nossas limitações que se sustentam em crenças limitantes, por nossa insistência em permanecer no passado, é um ato pequeno, um exercício de ignorância para obter certificados de incompetência. Desculpas, justificativas, bandeiras impossíveis, diarreias mentais, nada disso substitui o valor do bom combate, nada disso recupera o valor do SER sobre o TER. Basta olhar atentamente para mulheres lutadoras e homens desbravadores, se quisermos compreender a origem do sucesso e do fracasso pessoal, baseados mais na capacidade inerente de se adaptar em contrapartida à escolha de se acomodar. As escolhas pessoais estão sempre presentes, nos dois lados. Se uma porta se fecha, outra se abre para quem continua a busca. Oportunidades são criadas para quem nunca aceita um “não” como resposta. Se quem tem boca vai à Roma, você pode ir mais longe com a sua comunicação e com redes de contato. Em outras palavras, você sabe que tem baixo nível de consciência quando culpa os outros constantemente por tudo e se esquece de qual é sua real contribuição para o mundo.