sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O ÊXTASE DE BENEDITO JOSÉ


Que fique bem claro desde o início. Que estas palavras sirvam de inspiração para os que acreditam e motivação para os que ainda duvidam. Que estas palavras sirvam única e exclusivamente ao propósito Divino. Trinta segundos tocando o Srimurthi bastaram para eu cair em êxtase.

Não é necessário criar expectativas sobre o novo processo do despertar. Isto é hábito da mente controladora. Nem é preciso esperar que algo aconteça com você diante de todos. Isto é busca por significância do ego. O que tiver que acontecer acontecerá e o que não tiver que acontecer não acontecerá. A Graça Divina tem seus mistérios e o corpo humano precisa se preparar melhor para recebê-la.

O novo processo chama-se Oneness Bhakti Yoga, OBY para os íntimos, e está sendo espalhado no mundo à pedido daqueles que querem compreender o fenômeno incrível, o despertar da consciência, e que está varrendo a India nos últimos cinco meses. Como os Indianos vêem Deus em tudo e em todos, sendo extremamente devocionais, eles estão na frente. Poderia ser qualquer outro país ou cultura, desde que fossem devocionais para atrair os olhos amorosos da Graça. A visão indiana, além de ser milenar, baseia-se em ritos e rituais sagrados que foram revelados por Deus à seres iluminados, aqui na Terra, sendo povoados de sacralidade e intenção de comunhão com o Divino.

Após realizarmos uma destas cerimônias indianas, diferentes de tudo o que estamos acostumados no mundo ocidental, percebemos como todos os caminhos nos levam à Deus. Depende mesmo é da intenção em nosso coração. Pouco a pouco a gente vai se envolvendo e sentindo a Presença Divina cada vez mais forte. Feita a preparação completa para recebermos Deeksha do Srimurthi, entrei num processo profundo de comunhão com Deus por mais de trinta minutos, enquanto os outros participantes tocavam os pés de AmmaBhagavan e obtinham suas experiências. Estava tão bom que nem queria me levantar para entrar na fila. Foi como se estivesse recebendo uma Deeksha diretamente das mãos físicas de AmmaBhagavan ou de Jesus, uma mistura de amor incondicional com vazio profundo, como se fosse uma viagem pelo cosmos que eu não queria que terminasse jamais, uma expansão pelas vastas moradas de Deus. Foi difícil eu me levantar sozinho da cadeira e caminhava lento com a fila, coberto ainda pelo véu da comunhão. Quando chegou a minha vez de tocar o Srimurthi, o amor incondicional foi ficando cada vez mais insuportável, como se o corpo não estivesse totalmente preparado para tal bênção, como se todas as barreiras da mente tivessem sido removidas, como se eu precisasse ser carregado pelas mãos de Cristo rumo ao Pai Eterno. Neste momento Skip Miller colocou algumas pétalas de rosa em minhas mãos e conduziu-me bem em frente ao Srimurthi. Prostrei-me de joelhos, pronto para cantar um cântico sagrado indiano que aprendi no Nivel I, e chorava copiosamente diante de tal magnitude esplendorosa. Skip repetia baixinho as palavras “Good Boy...good boy....kiss the Divine...” ( bom menino, bom menino, beije a Deus…). Ofereci as pétalas à ELE e finalmente toquei o Srimurthi . O fluxo de Deeksha se intensificou muitas vezes. Só sei que nem deu tempo de fazer o que havia planejado anteriormente, pois a mente não havia sido convidada para aquele encontro. De coração aberto, quase arreganhado, entreguei-me ao Espírito e senti que despencava em queda livre interminável e caí em êxtase muito rápido. Dizem que quase derrubei o Srimurthi e que fiquei uns 45 minutos sem me mover, com os dedos no ar desafiando a gravidade. Meu corpo não era mais o meu corpo. Meus pensamentos não eram meus, mas de vez em quando surgia um louvor a Deus em gratidão perpétua. Minha mente não era minha, não havia ninguém dentro de mim, não havia separação nenhuma, apenas comunhão e amor incondicional, um silêncio maior do que o universo, um mergulho num espaço misterioso que desprezava qualquer vontade de entendimento. Ao fundo ouvia os sons de um gongo mágico que se aproximava cada vez mais perto,  vibrando agradavelmente dentro daquele espaço vazio. Era tempo de retornar ao aqui e agora, com a certeza de que Deus está mesmo ao nosso redor e dentro de nós, vinte quatro horas por dia, vendo, ouvindo e sentindo tudo o que vemos, ouvimos e sentimos. Era hora de despertar uma nova realidade divina interior e de se preparar para repartí-la com a humanidade sofrida. Era hora de anunciar a boa nova à todas as pessoas que perderam a esperança e a trocaram por uma mente materialista e um coração gélido.

Desde então, tudo ao meu redor revela essa presença tão divina e real. De tempos em tempos sinto algo se mexendo nos lobos esquerdo e direito como se alguém estivesse consertando meu cérebro. Basta eu colocar as mãos sobre a Bíblia Sagrada aberta e já recebo uma Deeksha intensa, levando-me de novo para aqueles estados elevados de consciência. A mente já não ocupa um papel tão determinante em minha existência. Não sei o que vai acontecer daqui por diante, e nem preciso saber. Só sei que é apenas o começo de algo maravilhoso que vai acontecer com você também, assim que você se entregar ao Divino e pedir para ELE lhe acolher na Graça. Faça tudo o que for fazer como se fosse a coisa mais sagrada do mundo, coisas simples como beber um copo de água, um abraço no filho, uma palavra amiga, um gesto de caridade, pois Deus está dentro e fora de você, movendo-se com você, experimentando a existência terrena dentro de você, pois afinal, a partir de agora, você não mais existe.

O DESPERTAR DE SKIP MILLER


Skip fez o Nível I no meu grupo, na India, e pude trabalhar com ele na equipe de segurança de Anandagiri em Toronto. Sua dedicação foi tão grande que ele visitou o Templo da Oneness pelo menos 9 vezes. Agora ele despertou. 
Teleconferência dia 27-Janeiro-2011

“Não importa se você tem uma mente forte, dominadora, inquieta. O Srimurthy vai nocauteá-lo, sua vida será transformada, você sentirá Deus dentro de si pela primeira vez e sua confiança Nele crescerá tanto que logo depois você descansará, com a certeza de que Ele está tomando conta de sua vida e você terá todo o tempo para ser apenas quem você é, sem lutas, sem conflitos, sem agenda. É verdade. Pode começar a chamar as pessoas para virem experimentar a Graça Divina dentro delas.

É inacreditável como tantas pessoas simples estão despertando e vendo suas vidas transformadas, apenas por estarem perto daqueles que já despertaram. Pessoas muito simples, de repente estão tendo pensamentos profundos sem estudarem, adquirindo um conhecimento valioso e profundo. Até mesmo quem está no caminho há 40 anos nunca tinha visto o que está acontecendo agora, espontaneamente, trazendo uma libertação extraordinária. Um número vasto de pessoas está alcançando o despertar sem nenhum sacrifício, tendo um processo poderoso e experimentando um estado elevado de consciência.

Eu nunca esperei ver o que tenho visto agora diante do Srimurthy. Somente a Graça Divina moverá sua vida para a frente, não importa o que você fizer. Diksha é o caminho e a melhor maneira de proporcionar crescimento contínuo. Entregue-se à Presença Divina, abra mão de ficar ouvindo sua mente criadora de conflitos, apenas se entregue à possibilidade real de se livrar de todo sofrimento, até chegar ao ponto de compreender que você é parte do Divino. Deste ponto em diante ficará fácil perceber que até a sua mente o enganou, ao dizer várias vezes que havia desistido de tudo, fingindo estar pronta para o despertar. Peça ajuda à Cristo e à AmmaBhagavan para ajudá-lo. É difícil tentar antecipar o que há de vir. Seja paciente consigo, una-se ao Divino e peça toda a ajuda que for preciso.

O DESPERTAR DE ALINA SHALEV


Resumo da tradução de vídeo postado na VIMEO sobre ALINA SHALEV, uma dona de casa que já despertou antes de nós, mas nos ajuda a entender o que vai nos acontecer em breve.

A primeira coisa da qual eu gostaria de falar é sobre os conceitos errados que existem sobre o despertar da consciência. O primeiro deles é acharmos que o despertar não pode acontecer com pessoas comuns e normais como mães e como todos nós, pessoas que nunca meditaram nas cavernas nem nas montanhas. O despertar não é nada extraordinário, é algo tão simples que a gente quase não percebe quando acontece, pois é o nosso estado natural de Ser. Cada pessoa desperta facilitará o processo do despertar dos outros, e a melhor maneira de ajudar outras pessoas é você fazer o seu trabalho de auto-observação sem julgamento, com integridade absoluta, para ser despertado e despertar outras pessoas automaticamente. Outro conceito errado é o de que o despertar será difícil, ao contrário, ele acontece como um estalar de dedos e vai acontecer com milhares e milhares de pessoas em 2011.O estado não-desperto ainda é muito forte na consciência coletiva da humanidade, mas isto está mudando muito rápido em vários setores da sociedade, e logo vai estourar como pipoca, e não há nada que você possa fazer para acontecer. Tudo vem mesmo é pela Graça Divina de forma instantânea. Quando houver conflito em sua vida, entre em seu coração e nunca culpe ninguém, nem você e nem os eventos, apenas olhe o que estiver acontecendo lá dentro.

PERGUNTA:   Você poderia descrever o estado em que se encontra agora, comparado com o estado não-desperto onde há medos, insegurança e busca por significância, principalmente em relacionamentos na família e na vida em geral?

O sofrimento vem do ego e o ego busca sempre por significância. No estado desperto o ego se vai quase completamente e o eu se vai completamente. Em relacionamentos é difícil discutir se apenas um dos dois se sentir provocado. Neste estado é impossível se sentir ofendido porque o “eu” se foi. As coisas ou a busca por significância pode estar lá mas já não os controla nem os atinge. Eu ainda gosto de ser amada, de receber atenção, mas este querer já não me controla mais. No relacionamento com meu filho de 9 anos tudo o que era bom se intensificou e estamos mais próximos um do outro. Eu me sinto mais próxima daquela energia dos bebês que é tão gloriosa, tão alegre, tão feliz. A gente se conecta melhor com as crianças. Tenho notado que só de estarem na minha presença, muitas pessoas se sentem contagiadas por este estado, ficando felizes sem ter motivo aparente, aí elas nem querem discutir mais, e raiva nem aparece na consciência. Quando o ego percebe que vai ser tirado de cena, ele começa a fazer perguntas preocupando-se com o futuro, ou levando você para eventos do passado com o propósito de gerar medos. O ego não consegue sobreviver no momento presente onde acontece o despertar. A vida fica mais bela no momento presente, cada instante torna-se tão bonito que você desiste de visitar o passado e nem considera mais a possibilidade de se preocupar com o futuro. No momento presente, o passado e o futuro se vão, preocupações e culpas também, a falta de perdão também se vai. Isso acontece naturalmente sem você fazer nada, quando você vive no momento presente.  Insegurança apenas acontece quando você se preocupa com o que as pessoas vão pensar a seu respeito, mas se não houver “eu” não haverá preocupação também, nem insegurança. Antes de você despertar, você tem que perceber tudo o que estiver acontecendo dentro de si e aceitá-lo. Eu dava cursos “Despertando a Unidade” e costumava julgar os participantes como “controladores”. Aí eu aprendi  a adicionar as palavras “exatamente como eu”toda vez que julgava alguém( por exemplo: esta pessoa é tão mandona...exatamente como eu!!!). Deste modo você é forçado a olhar realmente para o que estiver acontecendo dentro de você, aumentando sua integridade interior. Quando você começa a ver tudo o que é feio e que você não gosta em si próprio com toda honestidade, tudo o que ama e odeia em si, quando você também percebe que todas as pessoas são iguais, a Graça Divina se manifesta imediatamente e a mudança ocorre de maneira grandiosa. Sri Bhagavan afirma que existem quatro estados para o despertar acontecer. O primeiro é estar uno consigo mesmo, depois uno com os outros, depois com a natureza e depois uno com Deus. Quando você se torna uno, não-dividido, aceitando e abraçando todas as coisas existentes em você que antes rejeitava, você começa a se tornar uno com os outros e ama as conexões com a natureza, com a vida e com o planeta. Tudo acontece automaticamente por observar que somos todos iguais. Você passa a se sentir confortável, curtindo cada momento da vida. Você olha para uma árvore e a sente como o movimento da força vital, automaticamente, amando-a cada vez mais por sentir que a natureza nos dá a vida que temos, em unidade com todas as coisas, pessoas e Deus. Tudo se torna bonitas manifestações de Deus, no céu, na Terra e nas pessoas. Apenas sinta-se uno consigo e tudo o mais acontecerá automaticamente.

PERGUNTA:   Como aconteceu o seu despertar? Houve algum esforço da sua parte?

No momento exato do despertar não houve nenhum esforço, foi assim de repente, sem esperar. Eu apenas soube que estava desperta porque a vida parecia completamente diferente, foi tudo da parte Divina, eu não fiz nada. Não adianta criar conceitos sobre como acontecerá o seu despertar. Bhagavan nos ensinou que há seis bilhões de habitantes e seis bilhões de maneiras diferentes do despertar acontecer. A sua maneira de despertar será perfeita para você. No início é um pouco frustrante, pois você entra e sai deste estado várias vezes, de forma provisória, mas isto é necessário par o processo antes de se tornar permanente, pois ainda existe algo lá para você ver e aprender. A alegria de ver outras pessoas despertarem passa a ser maior do que a alegria do próprio despertar.

PERGUNTA: Houve alguma mudança no plano físico ou corporal após o seu despertar?

Eu não sei se houve...é como ficar algum tempo sem ver uma criança e quando vê-la notar o quanto ela cresceu. As pessoas percebem que mudei muito mas não sabem dizer em que mudei. Como não culpo mais ninguém nem me preocupo mais, sobra muita energia no corpo, o qual processa melhor os alimentos, me faz dormir melhor e reforçou meu sistema imunitário. Penso que neste estado as doenças de fundo emocional serão todas curadas.

PERGUNTA:   Quais foram as sensações e sentimentos que você teve no momento do despertar?

Foi numa noite de lua cheia lá na India, na Universidade Oneness. Eu estava caminhando por entre as árvores e de repente eu comecei a curtir a escuridão. Nunca tinha pensado que algum dia pudesse gostar da escuridão, mas eu adorava o ar ao meu redor e o barulho de minhas passadas, um cão latindo distante. Os sons começaram a se intensificarem, a mente se calou, havia muito prazer de se ver livre dos comentários da mente. Eu não entendí como é que pudemos perder tudo isso, este tempo todo. A mente nunca nos deixa curtir o momento presente. Antes eu tinha um relacionamento de separação com Deus, esta sou eu e Deus está lá. De repente, não havia mais ninguém dentro de mim para se relacionar com Deus como antigamente. Deus não estava mais lá fora, Deus agora era e é tudo, onipresente. Deu uma sensação de desorientação, como se eu não soubesse como ser funcional neste mundo. A medida em que o tempo foi passando, fui entrando mais profundamente no estado desperto e tudo foi ficando mais bonito. Todos os ensinamentos recentes de Sri Bhagavan sobre os seres despertos( por exemplo: Quem está desperto permanece imóvel, e a ação surge por si mesma) não são apenas conceitos, são coisas que eu experimentei. Se ele não tivesse nos dado aqueles ensinamentos, eu não saberia colocar este estado desperto em palavras. É isso.

PERGUNTA:   Você teria alguma sugestão sobre onde colocarmos mais esforços para o nosso processo acontecer mais rápido?

Certa vez eu ouvi algo interessante na Universidade Oneness. “Se enchêssemos uma sala com pessoas despertas e perguntássemos quem despertou com o auxílio de shadanas, ninguém ergueria sua mão. A mesma coisa com quem se despertou com ajuda de técnicas de meditação. Quantos alcançaram este estado por causa dos ensinamentos recebidos? Ninguém. Quantos entre vocês despertaram apenas pela intercessão da Graça Divina? Todos ergueriam suas mãos”. Isto acontece de forma automática e assim também acontecerá com você. A energia da Terra já mudou e a energia dos que já despertaram está influenciando as pessoas ao seu redor. Há necessidade de algum esforço apenas para se preparar, não para despertar. Aceite o seu sofrimento, vendo que ele é resultado das percepções dos fatos e não dos fatos em si. Eu não misturei os ensinamentos da Oneness com nenhum outro ensinamento, mas nutrí um desejo apaixonado de querer despertar ao experimentar com convicção os ensinamentos de AmmaBhagavan. Eu acreditei que cada sofrimento se tornaria alegria se eu permanecesse com ele. Só você sabe o que é muito esforço ou pouco esforço em seu caso, sua honestidade saberá diferenciar o muito do pouco. Esforço não é necessário. É preciso entrega total ao Divino para que Ele faça todo o trabalho. Haverá um momento em seu caminho espiritual em que você terá que se entregar totalmente à Deus, pois verá com clareza que você não pode fazer o despertar acontecer.

MEU QUINTO MILAGRE COM AMMABHAGAVAN


Desde Setembro de 2010 tenho assistido aos Webcasts de Bhagavan aos sábados, duas vezes, de manhã e à noite. No webcast do dia 18 de Dezembro um fenômeno inusitado aconteceu, o que chamarei de mais um milagre.

O ensinamento da semana era o mais lindo de todos até então. “ Quem está desperto é uno com o que estava aqui antes do universo nascer. É aquele que está eternamente presente, o que não nasceu e não morre, aquele sem começo e sem fim, imutável, solitário, vazio, infinito, pleno de êxtase, o Eu eterno.” Neste mesmo dia eu já havia meditado com todos os ensinamentos dados desde Setembro e conversado sinceramente com AmmaBhagavan no meu Srimurthy por 21 minutos, como preparação diária para o novo processo que seria ensinado em Fevereiro de 2011.

Durante toda a bênção de Bhagavan mantive minhas mãos sobre as baby padukas em cima do Srimurthy. Depois da bênção terminada pensei que tivesse por encerrada a experiência. Que nada. Ao erguer minhas mãos as padukas vieram juntas, completamente coladas nelas e ali permaneceram por...exatamente 49 minutos, soltando-se por si mesmas. Interessante comentar que 49 minutos é o tempo de Mukthi Diksha. Interessante mais ainda foi o fato de eu poder caminhar pelo quarto, sem que elas caissem, com as palmas voltadas para baixo desafiando a lei da gravidade. Pude conduzí-las em cima de uma imagem de N. Senhora, em cima de um quadro de Jesus, em cima das flores secas que Amma um dia usou num Darshan na India e permanecem perfumadas em meu altar seis meses depois. Só havia gratidão em meu coração e muita alegria no ar, enquanto eu energizava o Srimurthy em círculos com as padukas coladas nas mãos. No final, já sem as padukas, prostrei-me sobre o Srimurthy por alguns minutos e quase dormi em cima dele. Pena que não pude filmá-las, pois todos já dormiam em casa.

(Este texto foi postado para que sirva de esperança aos que ainda duvidam do que vai acontecer em 2012).

MEU QUARTO MILAGRE COM AMMABHAGAVAN


Mala é um colar de sementes, abençoado por Bhagavan, que eu trouxe da India, quando lá estive pela primeira vez debaixo de uma chuva de bolas douradas da Graça Divina. Sempre deixo o colar no pequeno altar que tenho em casa. Nunca imaginei que a energia de AmmaBhagavan impregnada nele fosse um dia me dar a experiência que tive.

No dia primeiro de Maio de 2010 eu estava participando do segundo dia do curso Despertando na Unidade e Mukthi Deeksha. Logo de manhã me dei conta de que tinha esquecido o Mala na minha bolsa e só estava esperando o primeiro intervalo para ir buscá-lo.

 O bloco de ensinamentos naquela manhã era sobre o amor devocional e sobre a cultura milenar oriental de tocar os pés do Divino, assim como Jesus e a cerimônia do lava-pés na cultura ocidental. Assim que fomos treinar a prostração diante das Padukas, entreguei-me completamente a Deus, eu que sempre tive uma longa estória de devoção e fé.

Ao sentar-me após a prostração, fui envolvido por um campo amoroso de energia. Foi então que me dei conta de que o Mala acabara de aparecer sozinho no meu pescoço. Este fenômeno chama-se translocação ou teletransportação. A sala estava intoxicada de amor, podendo-se respirar o sagrado em cada inspiração. Havia a certeza da Presença Divina no meio de nós. Havia também a felicidade suprema de saber que logo logo milhões de pessoas, no mundo inteiro, estarão vivendo sob os mesmos cuidados da Graça. Havia a unidade.

Pouco a pouco fui sentindo que eu estava desaparecendo e mal podia ouvir a voz da facilitadora do curso. Nem queria voltar. Só havia consciência, silêncio total e paz. Não havia dentro nem fora, nem eu nem o outro. Apenas Deus...

MEU TERCEIRO MILAGRE COM AMMABHAGAVAN


Há momentos na vida em que perdemos tudo, de pessoas queridas à esperança, de posses materiais a sonhos acalentados por anos a fio, de coragem de viver à vontade de lutar por mudanças. Quando isto nos acontece, só o que nos segura e mantém vivos é a fé. Ela é uma luzinha no fim do túnel, um farol em noite de tempestades, uma mão invisível a nos segurar silenciosamente até que abandonemos o desespero e compreendemos que nunca estivemos sozinhos.

A fé é um salto no escuro quando a gente já não tem mais nada a perder e chegamos ao ponto que, com ela, só temos a ganhar. A fé é um grito de desabafo, uma palavra de socorro quando deixamos de acreditar em nós mesmos e aceitamos que algo maior do que nós assuma o comando de nosso destino. É uma entrega total, um desapego de nossos planos e desejos, uma ânsia pelo amor de Deus pelo que resta de nós e não pelo que queremos alcançar ou pelo que ainda não somos. A fé não é um pedido, é uma devolução. Devolvemos ao Criador o que sempre lhe pertenceu  - a nossa existência.

Quem não tem fé, tem medo, ou seja, o medo é a fé de cabeça para baixo. O medo é a fé em que algo dê errado em vez de esperar pelo melhor, portanto a falta de fé é o reforço da negatividade. A certeza de que algo vai dar certo e de que até Deus está do nosso lado, nesta empreitada, chama-se fé. O que nos impede de ter fé é o ego, aquela parte de nossa mente que tem o prazer de destruir a esperança para que ele continue mandando em nós. É preciso criar a esperança, reinventá-la aonde ela não existir. É preciso sair da mente e Diksha vai fazer isto por você. Basta pedir com clareza durante o recebimento de Diksha e aguardar com convicção, visualizar o que você quer ver mudado em sua vida, trocar a consciência de falta pela consciência de posse, não esperar nada porque a espera foi trocada pela certeza de ter sido atendida.

Certo dia devolvi a minha vida a Deus e deixei que ele comandasse meu destino. Um mês depois descobri Diksha e AmmaBhagavan. De lá para cá, minha jornada tem sido um exercício maior de fé e esperança na construção de um mundo melhor e mais consciente. Em vez de me direcionar a Deus como se dirige a um ser distante, descobri que ele mora dentro de mim sem pagar aluguel. Minhas orações passaram a ser assim: Seja feita a Vossa vontade e não a minha; o Senhor faz em mim maravilhas pois Santo é o seu nome; Deus me protege com uma luz ao meu redor e Deus se manifesta como luz dentro de mim; eu e o Pai somos UM; já não sou eu que vivo pois é Cristo que vive em mim; eu tenho tudo o que preciso, o que eu não tenho é porque não preciso ainda, até que eu aprenda as lições secretas de sua falta.

Quando eu não tinha dinheiro para ir à India, pedi à AmmaBhagavan para viabilizar meu projeto de auxiliar a humanidade a se iluminar. Tudo aconteceu quando eu menos esperava, pois eu “sabia”que ele já tinha me atendido na linha do tempo e da eternidade. Não havia espaço para dúvidas, nem cobrança, nem pessimismo. Eu sabia que Deus age em nós, ele vive em nós, ele sabe o que precisamos e o que não precisamos, mesmo que o ego pense o contrário. Com AmmaBhagavan aprendi que tudo acontece quando removemos a mente do caminho, quando eu me conscientizo de que não existe um “eu”dentro de mim, quando Deus retoma de mim o que sempre Lhe pertenceu – a consciência vasta e plena, quando Deus se manifesta dentro de nós sem os bloqueios e o chororô da mente. Com AmmaBhagavan eu aprendi que contenho e estou contido sempre na Graça de Deus...

MEU SEGUNDO MILAGRE COM AMMABHAGAVAN


Morei no Canadá por vinte e dois anos mas sempre pedi a Deus para que eu estivesse perto de meus pais na hora da morte deles. Exatamente na primeira semana em que eu me encontrava na India, para o curso de Nível 1 no mes de Agosto,o médico de meu pai avisou minha família para se despedirem pois estava chegando a hora dele partir de vez. Quando recebi a notícia pedi aos Dasas pra rezarem por ele. Para minha alegria os Dasas pediram a mais de quatrocentos cursistas para rezarmos juntos pela saúde de meu pai. Naquela mesma noite meu pai saiu da UTI e escapou de mais uma pneumonia aos 78 anos de idade. Ele ainda viveu exatamente mais um ano de vida graças àquela intercessão.

No ano seguinte, quando eu me encontrava no Canadá novamente e já tinha ido ao Brasil várias vezes para visitá-lo, chegou a notícia novamente. Se eu quisesse vê-lo ainda com vida deveria viajar imediatamente. Respondi ao telefone que desta vez não poderia ir por causa das finanças e por ter voltado recentemente de lá. De repente, quando abri os olhos, já estava comprando a passagem aérea, segurando a foto de AmmaBhagavan com o pedido de que eles me ajudassem novamente. Infelizmente, desta vez só poderia passar quinze dias com minha família.

Final da estória: passei o Dia dos Pais com meu pai  e depois ele faleceu segurando as minhas mãos, e assim que saí da missa de sétimo dia fui direto para a rodoviária e depois para o aeroporto, sem ter que trocar as datas da passagem aérea. Naquele dia eu me lembrei do que um Dasa havia me dito no ano anterior. Dia 15 de Agosto é um dia muito auspicioso, um ótimo dia para se morrer pois segundo a crença indiana quem morre neste dia vai direto para o céu. Parecia que um ano antes ele tinha visto o futuro. Na hora exata em que meu pai falecia no hospital, minha mãe teve um sonho de ver o meu pai cantando para Nossa Senhora e acordou assustada. Aquele dia é comemorado entre os católicos como o dia da Ascensão de Nossa Senhora. Coincidências ou não, agradeço sempre à Amma e à Bhagavan por terem atendido as minhas preces com tanta precisão. Quando nos conectamos com a Graça Divina, o Senhor faz em nós maravilhas e atende os desejos mais puros de nosso coração...

MEU PRIMEIRO MILAGRE COM AMMABHAGAVAN


Certo dia resolvi entregar minha vida de volta à Deus, sem resentimentos, sem frustração, sem fanatismo religioso. Até então, toda a minha vida tinha sido um exercício constante de desapego. Para a minha surpresa, um mês depois eu lí a palavra DIKSHA pela primeira vez e ela foi como mel para a minha alma. Pesquisei, corri atrás, recebí 55 dikshas com muitas experiências místicas e fui à India receber a iniciação no processo de 21 dias.

No quarto dia de treinamento, como nada havia acontecido comigo, decidi meditar à noite conversando com AmmaBhagavan. Pedi-lhes para me darem um sinal qualquer de que aquilo tudo ali era real, se eles fossem mesmo o que dizem que são e se Amma tivesse olhos para mim.
No dia seguinte, ao recebermos a notícia de que Amma estava trabalhando pelo sucesso de nosso processo iniciático, fui congelado por alguns minutos, sem poder me mover, dentro de um silêncio profundo e agradável, enquanto os outros cursistas saíam para o almoço. Quando pude caminhar e avistar o Templo da Unidade em construção, fui congelado pela segunda vez por mais quatro ou cinco minutos. Havia uma felicidade diferente dentro de meu Ser. Havia um sentimento de plenitude sem fim, sem barreiras, sem forma, como pura dissolução num campo energético sublime.

Ao retornar ao momento, pensei que finalmente agora poderia almoçar. Quando aproximei-me da porta do restaurante, avistei a montanha sagrada que existe ao fundo de nosso dormitório e fui congelado pela terceira vez por mais cinco minutos, imóvel, silente, desta vez tornando-me o observador da montanha que pulsava como um ser vivo e nada mais era do que uma extensão de mim mesmo. Finalmente entrei na fila do restaurante para servir-me. Escolhi um pedaço bonito de mamão papaya que resistia vir comigo pois escapou quatro vezes de meu garfo mas sucumbiu à minha teimosia. Mal sabia eu que aquilo tudo fazia parte de meu primeiro milagre com AmmaBhagavan.

Ao sentar-me à mesa em silêncio profundo, flutuando em “slow motion”, organizei a comida no prato antes de comê-la, como sempre faço, e descobrí que aquele pedaço atraente de mamão estava podre do lado de baixo. Num instante, sem pensar, abençoei-o e ouvi uma voz dizer dentro de minha cabeça a dizer que devemos cuidar sempre dos feridos, dos doentes, dos magoados. Foi então que fiquei imobilizado pela quarta vez, por mais de cinco minutos.
Quando saí daquele estado alterado de consciência, olhei para o mamão papaya e percebi que a área podre havia se tornado um coração, talvez o coração amoroso de Amma a me dar tranquilidade para continuar minha jornada de evolução. Talvez fosse o meu coração desabrochando em amor. Talvez fosse o seu coração, até que um dia possamos nos encontrar todos na luz divina como um só Ser.
Obrigado, obrigado, obrigado AmmaBhagavan.

A OBRA DO IMPREVISÍVEL


Embora seja prudente planejar o futuro com o intuito de saber para onde se está caminhando, para sentir-se seguro, ou para tomar decisões mais produtivas, as pessoas acabam buscando o controle de tudo. Nesta busca obsessiva, muito estresse é gerado quando se dá conta de que o rio corre sozinho. Há um desespero e um descontrole em querer controlar o fluxo do rio. Há um desgaste desnecessário de energia e um vício novo sempre surge. O que todo mundo não pode esquecer é que a vida garante um espaço certeiro para o imprevisível, seja na saúde, na morte, nas finanças, no clima, nos relacionamentos, nos transportes e no trabalho.

Planos existem para que se possa corrigir os imprevistos do caminho. Um plano nunca se completa exatamente como foi criado. Ter um plano na vida ou na empresa é como ter um mapa que descreve somente o que foi registrado anteriormente. O mapa não revela  se houve um acidente há poucas horas, se há uma obra na rodovia, se a chuva está comprometendo a visibilidade ou ocasionando engarrafamento. O mapa não é a realidade, é apenas um retrato do território. O plano é um roteiro que pode ser alterado de acordo com as circunstâncias e com o inesperado.

Gente perfeccionista quer controlar pessoas, emoções e resultados de uma forma doentia e distorcida. O controlador estabelece para  si um sistema rígido de comportamento, com suas próprias regras, esperando que o mundo inteiro caiba dentro dele. Dá-se muito mal pois a natureza busca sempre o equilíbrio, a diversidade e a transformação, trazendo uma série interminável de eventos aleatórios a todo instante. O controlador também gera o caos em sua vida ao desrespeitar a individualidade e as necessidades particulares das outras pessoas.

Conscientes de que o imprevisível acontece com ou sem a nossa autorização, podemos estimular o uso da intuição através da observação apurada de tudo o que esteja acontecendo em nosso mundo. Assim podemos ter mais voz, mais visão e mais criatividade se estivermos comprometidos com o bem-estar de todos que vivem ao nosso redor.