FELIZ ANO DO DRAGÃO

 

A partir deste feriado, estarei de férias num retiro para recarregar minhas energias, sabedor das oportunidades e desafios que o ano vindouro nos proporcionará.

Desejo a todos os meus Leitores, toda a consciência possível, todas as alegrias do mundo, todas as cores dos dias, toda a realização pessoal e todas as bênçãos do Universo. Boas Festas e Feliz 2024.

Acreditando num mundo mais consciente, EU CONTINUAREI!!!

 

PRESERVACIONISMO

 

Preservar os vínculos diante dos desafios, movendo-se em tensões e instabilidade, bem como preservar a si mesmos para não se ferir, é tarefa gigantesca para muitos. Em pessoas imaturas emocionalmente, torna-se mais complicado. Só preserva o que é relevante, quem já perdeu coisas e relacionamentos valiosos. Só preserva o vínculo, quem entende de conexão. Só preserva o ambiente saudável, quem não está doente por dentro. Só preserva a vida, quem tem função vital no ecossistema em que existe. Manter-se vivo é desejo nato, a qualquer custo e preço. A preservação tem apenas um olho e com ele faz o que pode.

DOIS PESOS, DUAS PERCEPÇÕES

 

A noite e o dia exercem diferentes influências sobre nós. À noite nos sentimos mais próximos de nós, mais íntimos de corpo e respiração, mais adaptados ao sofá da zona de conforto ao nutrir-se com alimentos afetivos, com mais tempo para escolher atividades ou descanso. Durante o dia nos sentimos alertas, cuidadosos, em posições de ataque, mais competitivos, partes da engrenagem mecânica do mundo, arrastados pelo trabalho e pelas tarefas financeiras, onde nossas referências são os outros. Entre os movimentos do dia e os movimentos da noite, vivemos e deixamos de viver, sonhamos e deixamos de sonhar, queremos e deixamos de querer, amamos e deixamos de amar.

FARDO

 

SEGREDO REINA COM DEGREDO

ONDE A VERDADE FOI SEGREGADA

SEGREDO TEM SETE LETRAS CONTADAS

EMBORA ELE MESMO NÃO SE CONTE A NINGUÉM

SEGREDO SE ESCONDE DA VISTA, DOS OUTROS

AINDA QUE REVELADO POR UM BEIJO MORNO

SEGREDOS NÃO SABEM SER BREVES, SÃO FRÁGEIS

SONHANDO SER INDELÉVEIS

SEGREDO SE ESCONDE ATRÁS DE DOR E PRAZER

CONTINUA ROCHEDO ENQUANTO FOR SÓ SEU

SEGREDO É FARDO PARA A CONSCIÊNCIA

FAVORECE VIDA DUPLA COM CARÊNCIAS

POSSO LHE CONTAR UM SEGREDO

SOU DEZ DELES, SOU UM ENREDO!

PERGUNTAS E SENTIDO

 

Se você faz perguntas a si mesmo e aos outros, é porque não tem ainda as respostas. Se recebe respostas dos outros e nem sempre as aceita, é porque respostas não são o que você estava procurando. Se não consegue amarrar respostas às suas perguntas, é porque os pensamentos andam soltos na esfera conceitual, brigando com as memórias e implorando por certas emoções. Se as perguntas continuam ou geram novas perguntas a cada resposta, é porque você ainda não atribuiu nenhum sentido à sua experiência, sedenta por explicações. Cada pergunta traz em si a ausência de sentido, mesmo que trabalhe por símbolos. Cada experiência própria deve bastar a si mesmo, antecedendo outras experiências que a substituam.

 

DESIDENTIFICANDO-SE DA MENTE

 

Quando nada muda ao seu redor, mas você se deixa dissolver na vastidão de si mesmo, tornando-se mais fluídico, podendo existir sem conflitos nem sofrimento, aceitando estar em estados de liberdade, dissociando-se da antiga autoimagem sem deixar de existir, atento aos processos que se sucedem no miolo das circunstâncias, fiel ao alter ego sem nenhuma possibilidade de controle, confiante nos fluxos da sabedoria universal, saiba que sua expansão de consciência alcançou a famosa experiência do despertar, momentaneamente. O que vem a seguir é a observação da vida sob um ponto de vista de testemunha, sem nomear, sem interferir, sem querer mudar, apenas percebendo o conteúdo que se move diante de si.

ARRANJOS EMOCIONAIS

 

A inconstância de fatos e eventos, na vida em geral, gera cansaço energético por falta de autoconhecimento. A maneira como as percepções de cada evento é comunicada pelos interessados, vai trazer ruídos de comunicação e afastamento ou intolerância entre eles. Sem consciência deste distanciamento, as sensações desagradáveis aumentam a irritação em palavras e gestos. Até nos relacionamentos fomos treinados a buscar estabilidade, sem nos dar conta de que emoções são energias em movimento, sem deixar de confundir quem somos com nossas emoções. A partir da percepção e da responsabilidade em ocupar estes espaços vazios da comunicação, tudo se arranja naturalmente.

PENSA, SENTE, AGE

 

O ato de pensar é individual e opcional, automático e seletivo, frequencial e reciclável. O cérebro se encarrega de produzir pensamentos incessantemente, criando um Ser diferente dos demais, dentro do mesmo corpo. O Ser Pensante tem sua própria identidade. Já o segundo Ser em nós é aquele que sente algo como resposta aos estímulos internos e externos, usando o mundo como referencial de autopercepção, criando outro personagem no silêncio das horas, o Ser Sentimental. O terceiro personagem em nós é aquele que age, toma iniciativa de interagir a qualquer preço para atender as próprias necessidades básicas e sofre as consequências de suas escolhas, o Ser Atuante. Cabe à consciência reunir as experiências de cada um e criar a percepção de serem uma só identidade.

TEATRO POLÍTICO SOCIAL

 

Os atores e atrizes representam uma encenação o mais realista possível, pois isso os engrandece por dentro. Cabe a eles confundir realidade e fantasia na mente da audiência. Os aplausos finais sinalizam esta conquista. No entanto, após as cortinas se fecharem, cada pessoa sai do teatro com as próprias conclusões e cada um vai emitir uma opinião diferente sobre o mesmo espetáculo. Assim é a vida no panorama social, político, religioso e econômico em relação aos poderosos. Cada cidadão tem sua opinião, baseada em seu nível de consciência, em sua capacidade cognitiva, em sua facilidade de ser manipulado ou hipnotizado, em sua preguiça de pensar ou em sua admiração pelo tema apresentado. Quando o espetáculo é ruim, ou quando o nível de consciência se eleva, os atores e atrizes do palco social que se cuidem, pois muitos abandonam o espetáculo mentiroso.

CONTINUIDADE EM NÓS

 

Para quem transformou dor em crescimento, fez-se a luz. Para quem transformou trauma em processo, fez-se o dia. Para quem transformou passado em irrelevância, fez-se o sol. Tudo pode e deve ser transformado, tudo pode e deve ser transcendido na esfera do desenvolvimento pessoal, uma vez que nada é iniciado do zero, tudo é continuidade. Fazer do limão uma limonada é preferir o sabor da realidade e do poder pessoal, é atender o propósito da sede de aprender tudo o que nos ilumina, é dar novo rumo à cada situação de desafio com implantação de propósitos. Transformar é estar no comando das horas. Transformar é desapego. Transformar é ato sublime de inteligência.

INFANTILIZAÇÃO

 

Certa vez atendi a uma cliente com esclerose múltipla, cujo sonho era ser ajudada pela acupuntura para dançar a valsa de casamento com o pai dela. A acupuntura era o plano de fundo para descobrir as causas emocionais de tal diagnóstico médico. Em pouco tempo acessamos uma decisão inconsciente de desistir de andar para ser cuidada pelo pai dela, em uma competição infantil por atenção que já perdurava décadas. O medo do pai não estar disponível a ela também perdurou anos, enquanto a doença era construída. No final da estória, ela conseguiu dançar a valsa, mas foi o marido quem teve que tomar conta dela. Às vezes, dizemos “não” a nossos impulsos básicos por uma simples infantilização emocional.

 

POR NÓS

Nem sempre fazemos a pergunta correta. Nem sempre encontramos as respostas que buscamos. Nem sempre vivemos para nós mesmos. Nem sempre damos sentido ao que não tem. Nem sempre sabemos por quem nosso coração bate. Nem sempre o ideal torna-se o nosso real. Nem sempre somos a pessoa certa para a pessoa certa. Nem sempre preservamos o que precisa ser guardado. Nem sempre pensamos com a lógica relevante. Nem sempre somos manifestação de nossa essência. Nem sempre abordamos as margens do que move em nós. Nem sempre dizemos a palavra que impera soberana. Nestes momentos, o sempre deixa de existir por nós.

 

HAJA CORAGEM

 

Muita gente não aceita a morte de algumas pessoas da família, talvez porque, antes disso, não aceitaram a vida delas e não tiveram tempo de muda-las ou de extrair delas tudo o que desejavam. Cada vida deveria ser independente, autônoma, livre para partir sem cobranças. Muitos discordarão deste ponto de vista, porém, jamais admitirão que sentem falta de alguma vantagem obtida daquela pessoa ou ainda sentem falta daquilo que não foram atendidas. Saudade de alguém é esta percepção de falta, de descontinuidade, de simbiose de sonhos, é uma raiva com a vida, uma inconsciência de se justificar pela ausência de outras pessoas. Chegar a este entendimento é super doloroso, para muitos é melhor nem chegar.

MEUS COMPROMISSOS

 

A parte que me cabe neste mundo, resume-se no espaço entre os meus dois pés. Por onde andar, levarei comigo memórias e experiências, nada mais. O resto é imaginação, distorção, desejo ardente, elocubração. No mundo regido pelas incertezas, posso ser testemunha do que existe para que os incrédulos passem a acreditar. Meus compromissos no mundo são: garantir aos ateus que Deus vive em nós, pintar nas telas a possibilidade real de outras dimensões, misturar nas notas musicais a sensibilidade que nos torna mais humanos, escrever a vida com todas as reticências. Meus compromissos no mundo são: despertar a consciência de quem a esqueceu, expandir suas percepções para sair do território das limitações, avisar aos incautos que sofrimento é opcional pois só se alimenta de pensamentos. Meus compromissos no mundo são: ajudar outras pessoas a saírem dele, a encontrarem a si mesmas e gozarem de sua essência como se flores fossem. Meu compromisso no mundo é ter função enquanto eu existir.

POR INTEIRO

 

O melhor lugar é aquele em que sinto confortável em minha pele, sendo quem sou. Isso é meio abstrato, é verdade, mas é concreto em todas as circunstâncias onde faço valer meus princípios para salvaguardar minha integridade, ainda que a vida se apresente a todos em fragmentos. O meu lugar é mapa e território: tem o Estado da Paz, o Estado do Coração, o Estado da Mente Próspera, o Estado das Artes, o Estado do Bem Estar, o Distrito Federal da Consciência e a Capital do Espírito. Este meu lugar, meu melhor lugar, é atemporal, independe do chão ou de definição. Ele é doce como as ambrosias, sereno como o amanhecer, forte como as jazidas de ferro, solto como as andorinhas fazendo invernos-verões-outonos-e-primaveras. Pensando bem, o meu lugar nunca foi meu. O meu lugar é de Deus!

AS FALHAS

 

A população de 8 bilhões de habitantes do planeta Terra teve a mesma origem, ou seja, a união de pai e mãe. Seria interessante saber em quantos casos os pais tiveram seus filhos como prioridade absoluta. Inegável o fato de que a maioria foi negligenciada, abandonada, descartada, desamada, ignorada em suas necessidades básicas, pois seus pais estavam preocupados com as próprias. A sociedade como um todo falhou. Da mesma forma, falhamos com a família humana que desprezamos, combatemos, guerreamos, conquistamos, escravizamos, drogamos, exploramos, etc. Há mais de mil anos que não temos tréguas de guerras entre países. Perdemos a sensibilidade, a compaixão, a tolerância, sim, mas antes perdemos o bom senso, o raciocínio livre e a capacidade de amar.

A DOR E AS CONSEQUÊNCIAS

 

Nenhuma dor compensa. Por si, ela só extrai, ela rompe, distancia, resiste. Nenhuma dor acalma, resigna, liberta. Cabe ao coração intencional lhe dar função, sentido e aprendizado. Cabe à mente consciente ser sua nobre companhia, para jogar luz nas consequências naturais de cada tipo de dor. A dor sozinha não basta. A dor convida a razão para o Ser se aperfeiçoar, se burilar, se fortalecer na força de vontade. Precisamos conviver melhor com as consequências como nosso guia. Aprender com elas é pré-requisito para a paz interior, pois aprender é sinalização da saída do conflito. Aprender compensa.

 

LAGO E MAR

 

Nas noites sou lago, acalmado e pausado das corredeiras, aposentado das pernas alongadas e passos apressados, isento de posicionamentos identitários, desprezando a verticalidade para relembrar posturas fetais. Nos dias sou mar, agitado pelas ondas emocionais imprevisíveis na forma, desprendendo-me das espumas indesejadas de certos pensamentos, povoado por crenças e símbolos da superfície às profundezas de mim mesmo. Nos intervalos da consciência, sou rio. A linha do tempo me leva para onde não percebo, esqueço da vida e de seus propósitos, ligo o botão automático e vou dormir acordado até que o cansaço me devolve ao corpo. Quando sobra inércia, posso lembrar minha sutil consciência de estar no mundo sem pertencer a ele.

O QUE IMPORTA

 

Não importa se alguns relacionamentos nossos já acabaram, o que importa é o amadurecimento que estas pessoas trouxeram para nossa vida. Não importa se nossos pais já faleceram ou se foram fisicamente de nossa vida, o que importa é que hoje estamos aqui porque eles não nos abortaram ou porque nos deram para alguém melhor cuidar de nós. Não importa se algumas pessoas nos magoaram no passado, importa sim que não ressintamos a mágoa ano após ano para nos punir ou para consagrarmos a posição de vítimas. Não importa se nos faltou o pão ou a educação no passado, o que importa é nossa responsabilidade para com nosso presente na busca de melhores recursos. Não importa se um dia fizemos escolhas erradas, o que importa é sabermos porque erramos e sabermos que temos o poder de fazer a coisa certa desta vez.

PREVISÕES DO ESPAÇO

 

A nova ótica de percepção para o ano 2024 será a do espaço e sua ocupação. Tudo o que diz respeito a áreas, terrenos, territórios e espaço sideral, sofrerá invasões, interferências, guerras, intervenções e ataques verbais com fake news, em queda de braço de poder e em destruição de reputações.

Se as instituições maiores falharam, outros grupos ocuparão seus espaços para eliminar as causas de problemas antigos e recentes. Se elas esconderam a verdade, terão que ceder espaço para as revelações. Posições tradicionais no ranking empresarial serão alteradas. Recordes esportivos impensáveis serão batidos. Partidos políticos anões serão engolidos por Partidos maiores. Grupos étnicos reclamarão por território. Inteligência artificial ocupara com grande velocidade certos lugares dominados pelos seres humanos. Até os astros siderais iniciarão uma nova dança celestial, em sintonia com as vibes de 2024.

A FUNÇÃO DA EXPERIÊNCIA

 

As experiências se apresentam e nos acontecem, mas nem sempre estamos preparados para evoluir com elas, fazendo-nos de vítimas ou distorcendo seu entendimento por acreditar em merecimento. Aos olhos de quem assiste nossa reação ou medos, somos dignos de piedade por uns e criticados por outros, sem eles saberem que a vez deles também chegará. Crescimento pessoal é jornada, é acúmulo de experiências com análises claras dos fatos. Evolução é desprendimento de crenças antigas que não nos servem mais, abrindo espaço para novas experiências mais elevadas. Toda experiência deveria ser bem recebida por todos, mas nunca faz sentido para todos.

MEU COMPROMISSO NO MUNDO

 

A parte que me cabe neste mundo, resume-se no espaço entre meus dois pés. Por onde andar, levarei comigo memórias e experiências, nada mais. O resto é imaginação, distorção, desejo ardente, elocubração. No mundo regido pelas incertezas, posso ser testemunha do que existe mesmo sem ser visto por alguns. Meus compromissos no mundo são: garantir aos ateus e incrédulos que Deus vive em nós, é pintar nas telas a possibilidade real de outras dimensões, é misturar nas notas musicais a sensibilidade que nos torna mais humanos, é escrever a vida com todas as suas reticências. Meus compromissos no mundo são despertar a consciência de quem a esqueceu, é expandir suas percepções para sair do território das limitações, é avisar aos incautos que sofrimento é opcional pois só se alimenta de pensamentos. Meu compromisso no mundo é ajudar outras pessoas a saírem dele, a encontrarem a si mesmos e gozarem de sua essência como se flores fossem. Meu compromisso no mundo é ter função enquanto existir.

OLHAI ATENTAMENTE OS SINAIS (5)

 

No domingo, ah! no domingo, é céu. Vivenciaremos a essência divina em nós, o amor incondicional que tanto buscamos e nem sempre encontramos, o colo perfeito para nossas carências, a conexão com as forças celestiais que nos protegem até nos momentos mais revoltos da experiência humana. Expandiremos nosso Espírito para a percepção de dimensões jamais imaginadas aqui na Terra, com alegria e harmonia, tudo isso sob as forças de códigos de manifestação que nos acompanharão a partir de então, equipando-nos melhor para enfrentar todos os desafios enormes que se anunciam no horizonte. Assim, estaremos prontos para o que der e vier, sem apegos, sem desespero, com plena consciência dos movimentos sagrados da vida, conectados diretamente com a Fonte desta inteligência universal, onde não existe tempo nem espaço. Ninguém merece passar pela vida sem ter estas experiências, ninguém. Foi para ter estas vivências que você foi criado e colocado aqui na Terra. É para você que este Retiro Bioplenitude está sendo organizado. Você pode viver em estados de plenitude, basta dizer sim ao convite. (16)99182-3182 falar com Paty Baylon.

OLHAI ATENTAMENTE OS SINAIS (4)

 

Se você já alcançou este nível de entendimento, sem resistências, nós do Movimento Bioplenitude temos um convite a lhe fazer, um trabalho interior tão profundo quanto a realidade planetária atual quer de nós. Trata-se do Retiro Bioplenitude a ser realizado nos dias 08-09-10 de Dezembro de 2023. Na sexta-feira viveremos um processo de reconexão com o nosso Ser, a níveis mental e emocional, individual e coletivo, de maneira bem sutil, para conhecer nossas camadas mundanas e nossas distorções de percepção da realidade, ou seja, coisas que você não consegue fazer sem ajuda aqui fora. Todas estas camadas nos afastam de uma vida mais feliz. No sábado, desbloquearemos tais impedimentos, leremos no espelho da consciência quem somos nós emocionalmente, para resgatar nossos recursos internos adormecidos, afim de recriar um campo eletromagnético, adaptável às mudanças indesejadas ao nosso redor. Visitaremos as camadas de nossa ancestralidade, em processos de expansão de consciência nos territórios da alma, bem como obteremos respostas para nossas perguntas mais existenciais.

OLHAI ATENTAMENTE OS SINAIS (3)

 

Às vezes, é necessário sermos removidos involuntariamente, acidentalmente, conscientes ou inconscientes, diante da magnitude das forças da natureza. É o que está acontecendo agora em todo o planeta. Quando as condições externas mudam tão radicalmente, somos exigidos a nos transformar por dentro, com pressa, sem tempo a perder se quisermos sobreviver. A evolução é uma força de arrastão para os preguiçosos, um tsunami de novas possibilidades para os acomodados, uma poda de roseira feita em nós pela Espiritualidade. De seres imperfeitos, somos forçados a olhar para a beleza da perfeição divina, diante de tudo o que foi criado sem a nossa ajuda, talvez como resposta à nossa ingratidão e frieza emocional diante dos milagres da vida. Não é merecimento, é consequência.

OLHAI ATENTAMENTE OS SINAIS (2)

 

Do passado vieram as mensagens de alerta: orai e vigiai, ficai atento aos sinais e os sinais já estão acontecendo em todos os lugares. Só não vê quem não quer enxergar. Nosso futuro nunca existiu fora da mente, nosso passado não tem vida própria, nosso livre arbítrio foi só ilusão. A Terra vive do aqui-agora, é ela quem dá a última palavra sobre as criaturas que nela habitam. Dilúvios antigos, novas raças-raiz, reconfigurações geográficas, civilizações primitivas, achados indecifráveis, extinção de animais, tudo isso retrata a instabilidade e o princípio da incerteza no mundo natural e material, no qual estamos inseridos. O grão de areia convive com a movimentação das ondas do mar, o pó das estrelas convive com a criação de novos universos, as energias se processam inteligentemente à serviço da vida, pois tudo o que move revela o sagrado.

OLHAI ATENTAMENTE OS SINAIS (1)

 

A Terra é um ser vivo e inteligente. Ela não precisa dos cientistas para se regenerar. As recentes notícias do chão se levantando na Islândia, com 1400 terremotos em apenas um dia e as rachaduras no solo de Gramado, demonstram isso. A Terra se revolve inteira para reconstruir sua camada gigante de campo magnético, rasgando continentes, alterando e intensificando os ciclos das águas, abrindo a boca dos vulcões, gerando ciclones, ensinando aos pobres e ignorantes mortais que as maiores transformações vêm de dentro para fora, pois o que acontece à Terra também afeta seus habitantes.

HÁ

 

Há quem queira ser diferente, quem queira ser único no meio da multidão, contudo sem agredir o outro. Há quem queira ser mais do que se pode, mais do que se esperam deles. Há quem queira ser comum, ordinário ou invisível, por escolha pessoal. Há quem queira ser funcional, agente transformador, líder nos espaços vazios. Há quem queira descobrir a própria beleza, a própria força, o seu lugar no arranjo universal, dando voz ao amor. Há quem queira fluir com o rio da vida, desenhar-se no céu com as nuvens que se desapegam das formas, há quem queira experienciar a sabedoria superior. Dentro de todos e de cada um pousa o querer.

GUERRA E MANIPULAÇÃO (6)

 

O mundo material já esgotou suas possibilidades de evolução. O que ele chama hoje de progresso é mera destruição da vida, provocando constantes interrupções de processos mais conscientes. Os poderosos não querem que você saiba a verdade, não querem que você se eduque para a transformação, não querem que você entenda o jogo que está sendo jogado. Por isso ele investe nas tentações e distrações da tecnologia, para mantê-lo afastado de si mesmo e nunca responder à pergunta mais básica de todas: “Quem sou eu?”.

                                      

GUERRA E MANIPULAÇÃO (5)

 

Investigue sempre os recursos próprios, adquirindo novos recursos mais atualizados para enfrentar os novos desafios. Você não instituiu muitas mudanças da realidade física, no entanto, elas o afetam direta e indiretamente. Torne-se expert em algum assunto que as pessoas não possuam explicação nem entendimento, tornando-se funcional, já que estar vivo é ter função. Dotado de melhores recursos, sua eficiência virá da percepção de retornar ao seu ponto de equilíbrio, o mais rápido possível, sempre que se deparar com desafios grandiosos, internos ou externos. Oscile com desenvoltura entre a adaptação e a resiliência, praticando fé e coragem. Siga sua intuição para agir rápido. Se não a tem, desenvolva. A violência do mundo contemporâneo não assusta nem a Alma nem ao Espírito, pois no plano espiritual um grande ser de luz já venceu o mundo. O que vem depois da violência é a ressignificação do valor da vida e este processo passa pela interiorização. O melhor de nós está guardado como um tesouro dentro de nosso Espírito.

GUERRA E MANIPULAÇÃO (4)

 

Olhar para dentro de si é questão de coerência. Se você mora em um corpo humano, provisoriamente, então cuide melhor dele. Se o que move este corpo físico é um espírito abstrato, em processo de conscientização via experimentação, então cuide melhor de sua Alma, amando-se mais. Afaste-se do medo que só motiva doenças, afaste-se das preocupações que geram energia negativa e manifestam resultados indesejáveis, afaste-se de pessoas tóxicas que se recusam a evoluir e se comportam como pessoas mortas. Os mortos não escutam. Pare de absorver energia negativa, buscando a qualidade de pensamentos. Desligue-se do noticiário com narrativas falsas.

 

GUERRA E MANIPULAÇÃO (3)

 

O mundo industrializado, agrupado em propósitos globalistas, decidiu desconstruir tudo o que existe, para alinhar o mundo inteiro sob seu comando. Investiram nesta desconstrução em várias áreas. Agora chegou a vez de desconstruir as estruturas religiosas. Medo e separação são suas armas mais eficientes. Infelizmente, o fanatismo religioso favorece o surgimento de guerras entre as várias tribos. É esta situação caótica que estamos assistindo neste momento com a Guerra do Oriente Médio.

Viver em tempos sombrios e caóticos nos tira da zona de conforto, e nos obriga pelo menos a tentar entender o que se passa a nível global. Mais uma vez, olhamos apenas para o mundo exterior. Mais uma vez, erramos de foco e de estratégia de sobrevivência. Mais uma vez, reduzimos o valor da vida e valorizamos excessivamente a matéria. O final desta estória é sempre o mesmo: ou você escolhe melhor seu inimigo, aprendendo a se defender, ou não entre em guerras. Alinhar-se com opinião é realimentar a ilusão de que guerra resolve alguma coisa no tabuleiro da vida.

GUERRA E MANIPULAÇÃO (2)

 

A Humanidade cresceu formando tribos diferenciadas, raças diversas, idiomas intraduzíveis, impérios adversários, seres competitivos, sem nunca trabalharem para a construção harmoniosa da família humana. O mundo material passou a consumir todas as suas energias.

Em nossa história passada, o Islã dominava o mundo, conquistando violentamente os territórios cristãos. Foi então que surgiram os movimentos armados, chamados CRUZADAS, para devolver aos cristãos o que lhes fora tomado, de poder político a territórios. Possuindo o poder econômico e político, os cristãos aliaram-se ao mundo democrático e industrial, afetando contrariamente às crenças islâmicas. O que estamos assistindo agora é a retomada de um movimento armado, tipo ANTI-CRUZADAS, onde o Islã vai lutar bravamente para tomar dos Cristãos esta influência mundial. A guerra Tribalista é sempre a mesma, mas com nomes diferentes.

GUERRA E MANIPULAÇÃO (1)

 

A Terra é um órgão só, mas as pessoas que a habitam representam todos os níveis de consciência ou da falta dela. Como tomar consciência de algo, a partir de nossa existência, se ainda não respondemos a pergunta mais básica de todas: “quem somos nós?”.

Estamos sofrendo agora um choque ontológico, uma sucessão de eventos para nos fazer repensar qual é nossa verdadeira origem. Ao sair das distrações que o mundo manipulado oferece, somos convidados a encarar a realidade oculta de que não estamos sozinhos, nem no Universo e nem aqui na Terra.

MEXE E REMEXE

 

Mexe a cintura, remexe e requebra

Pensando que a rua é sua passarela

Balança o traseiro, balança o dianteiro

Fazendo de contas que quer companheiro

Investe no corpo buscando a fama

Pois se nascera assim tão dama

Olhares mil a chamam sedentos

Fez que não viu, rua a dentro

Sabe que existem oportunidades

Aos que se queimam na mão da vaidade

MENSAGEM DA RÉGUA

 

"Que a régua do Senhor seja a medida de nossas palavras, intenções e experiências. Assim Deus se torna nossas experiências, ainda que alguém chame a isso de evolução".

BRASÃO

 

Ao que vai despontar

Já reluz todo o brilho

Traz em si os sinais

Não se vê seus martírios

Uma estória a contar

Outras a censurar em vão

A cara ao tempo se dá

E o amor aos suspiros

No adeus, o vazio lhes vem

No chegar, a solidão

É do passado o brasão

É do futuro o cio.

 

VIXE!

 

 

A FERRARI QUE EU GUARDO LÁ EM CASA

ESTACIONADA NA SALA DE JANTAR

RECORDA O SUCESSO QUE EU TENHO

COM IDEIAS QUE PUDE APLICAR

AS PINTURAS QUE EU GUARDO LÁ EM CASA

PENDURADAS PARA SE ADMIRAR

SÃO DE FAZER INVEJA AOS MUSEUS

TELAS RARAS DE SE ENCONTRAR

OS TESOUROS QUE EU GUARDO LÁ EM CASA

DOS LUGARES ONDE EU VISITEI

RECORDAM O TAMANHO DO MUNDO

E OS PAISES QUE CONQUISTAREI

OS FANTASMAS QUE EU GUARDO LÁ EM CASA

SÃO REAIS, MAS EU FINJO NÃO VER

NÃO ME CABE A PARTILHA OU BONDADE

TENHO TUDO PORQUE SEI VENCER!

PROFETA ISAIAS

 

20“Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas luz, e da luz, trevas; e fazem do amargo doce, e do doce, amargo!” Profeta Isaias. Traduzindo, ai dos Brasileiros que ao mal chamam bem, e ao bem, mal...

 

A SALADA DAS VANTAGENS (5)

 

A eternidade está em nós, porém, desta vez com total liberdade, sem a mente para gerar sofrimento, sem identificação com o ego, sem a dualidade de dor e prazer, a qual foi trocada pela autorrealização de algo maior do que o conceito de Self. Esta percepção de eternidade é possibilitadora de infinitas possibilidades que se sucedem à medida que você, o Observador, diz sim à vida. É pura expansão consciente. Não tem sonho a ser perseguido, não tem meta a ser cumprida, não tem objetivo para acertar a seta. Tem rio de processos livres, tem mares de observação casta, tem lagos vazios. Na eternidade, estar consigo é não estar em si para não perder o eixo. É fazer da fome um jejum, do limão a limonada, da violência um pedido de amor. Na eternidade tudo é ressignificado, não cabendo lugar para as transgressões, até que os significados sejam todos eliminados. Adeus propósitos, adeus saudade e apego, adeus limiar. Adeus aflições, adeus interpretações. Quando a mente é neutralizada, do vazio surge a vastidão povoada e o descanso da obrigação de criar. Adeus, querido Self.

A SALADA DAS VANTAGENS (4)

 

Para sair deste loop de ignorância, é necessário romper a identificação com este personagem cidadão em busca eterna por vantagens. Ao abrir esta nova porta de percepção, encontram-se os primeiros sinais da consciência, tornando-se apto a perceber que quem sofre é apenas a mente geradora de pensamentos egóicos. Ao se reconhecer Sol, deixa de orbitar ao redor dos outros mendigando por reconhecimento e pertencimento. Ao reencontrar a verdadeira origem na fonte criadora, percebe-se Criador em si mesmo. Você pertence a si mesmo, à vida, aos processos que ela desencadeia através de suas percepções conscientes. A vida flui sozinha como atos de consciência, reorganizando processos de ordem e de caos. Você é apenas o Observador disso tudo. O desnecessário é logo descartado para que o vazio se realize novamente com a força do nada, onde cada processo ganha voz e vida. Tamanha pulsação é o coração de Deus batendo firme e forte, amorosamente...eternamente.

A SALADA DAS VANTAGENS (3)

 

Se existe alguma consciência neste loop, ainda que pouca, é a consciência de que se deve ter liberdade, porém o foco se dirige à fuga do sofrimento criado por si mesmo. Liberdade passa então a ser símbolo de prazer. A massa populacional é presa pelos poderosos justamente por esta distorção de percepção, realimentada no famoso “pão e circo”. Enquanto a massa se diverte, os poderosos se fartam dos recursos disponíveis e esquecidos. O cidadão acredita ser este Ser com muitos direitos e nenhum dever, exercendo o pleno poder da escolha, caindo num emaranhado de ignorância, sendo manipulado pela comunicação eficiente dos poderosos, sofrendo novamente a escassez de recursos e de liberdade. O loop de prazer e dor torna-se interminável.

A SALADA DAS VANTAGENS (2)

 

Por trás de cada conquista e de cada passo dado rumo aos desejos mais urgentes, move-se o alvo de prazer, trazendo em si o medo de perde-lo, causando lances de dor e preocupação, ao deixar se consumir pela incerteza do amanhã. Quando o tempo conscientemente entra na equação, é como jogar açúcar na salada ou sal na sobremesa. Sem o conceito de tempo, sobra mais tempo para viver o instante. Este momento presente se faz com energia e alegria, desativando o ego e criando abertura para novos processos mais naturais, sem que se persiga o prazer como referencial de vida. O ego precisa do prazer. O prazer precisa do tempo.  Ambos precisam da energia e da alegria, mas procuram no lugar errado, ou seja, na ilusão, reabastecendo a mente com percepções de sofrimento.

A SALADA DAS VANTAGENS (1)

 

Não saber quem somos gera ilusão, a ilusão de sermos algo diferente, um personagem pronto a vivenciar prazeres e fugas de dores, um subproduto dos próprios pensamentos. Viver na ignorância de não saber quem somos abre espaços internos para dúvidas, insegurança, medos, tudo isso como reflexos da incerteza coletiva. Na busca por referenciais de comportamento, cada um se confunde com suas crenças ou com as crenças impostas por outras pessoas em seu ambiente. Assim se faz a salada humana. Os que forem mais espertos, roubarão vantagens sobre os demais. Os que forem mais egoístas, se beneficiarão. Os que forem mais inteligentes, sairão na frente das percepções. Os que forem mais oportunistas, se enriquecerão de vantagens. Os que forem mais controladores, reterão tais vantagens. Entre as percepções de vantagem e conquista, ergue-se a musculatura do ego deste personagem distante de si mesmo.

ENQUANTO EU VIAJAVA (1)

 

Enquanto eu aguardava meu voo, observei o comportamento das pessoas desconhecidas. A pressa dos atrasados, a correria dos esquecidos, a desorientação dos distraídos, a calma dos idosos, a hipnose coletiva dos celulares, o prazer dos consumidores, a irritação das crianças, o olhar de fome nas filas, as raças variadas, a multiplicidade da beleza humana, todos estes elementos compunham o espaço comum do aeroporto. Pessoas que jamais imaginei encontrar pessoalmente, pessoas que jamais verei novamente, pessoas que nem notaram minha presença, pessoas de todas as personalidades, cada uma com sua dor e com seus sonhos, cada uma preenchendo seus dias conforme suas possibilidades. Viajar é preciso, viver é redundância.

ENQUANTO EU VIAJAVA (2)

Enquanto eu aguardava meu voo, o tempo sem relógio teimava em existir. Vidas eram suspensas de obrigações e rotinas, pessoas se incomodavam com a saída da zona de conforto, casais revelavam impaciência em público e trabalhadores cansados trocavam gentileza ou mau humor ao gosto dos clientes. O medo de avião era silencioso, o deslocamento de malas era rápido como carros em final de tarde, a desinformação sobre portões de embarque preocupava até aos viajantes mais experientes. Passageiros desrespeitosos, querendo levar vantagem em tudo sobre todos, furavam filas abertamente, esquecendo-se de que seus assentos são numerados e todos voariam em conjunto. Idosos cadeirantes embarcam primeiro, diante da ansiedade dos afoitos; depois vem os casais com crianças pequenas, bloqueados pelos mais estressados; depois os passageiros das zonas 1 e 2, disputando espaço com os mais apressados das zonas 5 e 6. A chamada de embarque revela muito de cada passageiro.

ENQUANTO EU VIAJAVA (3)

 

Encontrar espaço para colocar nossa bagagem de mão, tem sua adrenalina. Muitos passageiros de avião violam as regras, trazendo bolsas extras e malas fora da medida autorizada. Depois que você se senta, quase derrubam bolsas sobre sua cabeça, além do carinho de algumas cotoveladas. Há quem queira conversar com os passageiros ao lado, mas há também quem prefira silenciar seu desapontamento, diante do comportamento questionável de pessoas inconvenientes. Crianças de colo choram, estrangeiros tentam pronunciar as primeiras palavras em nosso idioma, comissárias de bordo se espremem ao pedir passagem nos corredores estreitos do avião. A adrenalina continua alta até que o avião decole, sinalizando o início da viagem para a torre de comando. No entanto, a viagem de cada um começou dias antes, e para tantos, será lembrada anos depois.

ENQUANTO EU VIAJAVA (4)

 

Expectativas e medos rearranjados internamente, pouco a pouco a sensação de estranheza, diante do incontrolável, vai se organizando externamente em novas interações.  Uns querem falar para relaxar, uns querem contar sua vida a estranhos, uns só desejam assistir aos filmes disponíveis, enquanto outros oram para chegar vivo ao destino final ou posicionam-se para um leve cochilo, até serem acordados pelo serviço de bordo. Tem aquele lanchinho sem graça, aquela jantinha sem tempero, aquele cardápio que jamais seria escolhido num restaurante, sem contar do espaço limitado para colocar a bandejinha e comer, sem levar um esbarrão do vizinho. Comissários de bordo cansados e aeromoças solícitas completam seu trabalho com maestria. Agora, cada um que faça o que quiser, desde que não quebre mais regras.

ENQUANTO EU VIAJAVA (5)

 

Viajar de avião é sempre uma experiência desafiante. Ser colocado dentro de uma lata de sardinha, comportar-se como soldado diante do Major da tropa, fingir que está prestando atenção nas demonstrações de emergência apesar do medo oculto de que o avião possa cair, tudo isso será transformado mais tarde em narrativas familiares. Quem conta um conto, aumenta um tanto. Quem decola, sempre descola um certo drama. Quem aterriza, sempre se borra de alívio por chegar vivo ao chão. Enquanto eu viajava, eu passeava dentro das artérias e veias da Humanidade. O avião somos todos nós. A vida é esta grande viagem arriscada. O ar é o tempo necessário para encurtar distâncias, mas o chão é nosso berço estável. Voar é predicado da imaginação. Partir e chegar é consequência de nossas escolhas. Medo e nariz, cada um tem o seu. O Piloto não é deste mundo. Os passageiros são aqueles que cruzam nosso caminho. A torre de controle é o princípio da incerteza. A experiência é proporcional a nossas horas de voo... e a empresa aérea, ela só quer acreditar que existe vida após a morte.

CONFRONTO

 

Na rua, pessoas deveriam ser apenas pessoas, caminhando, levando suas vidas a seu modo, buscando silenciosamente por respostas, preparando palavras doces para entregar ao amado, regando a saudade de quem ama, planejando o resto do dia, mas não, na rua pessoas são ameaças, mal intencionadas e vestidas de raiva, grosseiras e barraqueiras, automáticas e frias, fingindo passos leoninos de olhares animalescos, donas da razão, carregando granadas na boca, vazias de amor, estranhos interplanetários, ostras esquecidas em orbitais de si mesmas. Na rua, pessoas não sabem mais o que significa caminhar ao sol sem queimar outras pessoas, não sabem mais o que significa enfrentar a noite sem serem enfrentadas pela violência urbana. Tudo está ficando muito impessoal.

QUATRO ESTÁGIOS DE VIDA

 

Observe atentamente sua vida passada, observe seus ciclos, colocando os acontecimentos agrupados em quatro estágios. O primeiro é de INTENSIDADE, onde tudo tinha que atender demandas, desejos, necessidades básicas, com emoções descontroladas, proteção dos pais, dependência de outros, tais como primeira infância e adolescência. O segundo é de ENTENDIMENTO, onde as causas passavam a ter sentido de acordo com as consequências, os esforços ajudavam nos resultados, a pressa significava vantagem, as conquistas aconteciam com experiências de responsabilidade e conexão, tais como a juventude e os períodos de papel social na idade adulta. O terceiro estágio é de MATURIDADE, onde os recursos internos iam se formando e sendo colocados à serviço de resolver as complexidades, tomando consciência dos processos sistêmicos e da organização de dados que os envolvem, tais como os ritos de passagem, a escolha da primeira profissão, os compromissos matrimoniais e contratuais, a autonomia pessoal e o reforço da identidade. O quarto estágio é de REVOLTA, onde a competição, os recursos e as oportunidades limitadas batem de frente com as limitações e crenças pessoais, causando crises existenciais ao não aceitar a realidade como é, tais como os períodos de estabelecimento da rotina, os compromissos sociais e financeiros, a acomodação da iniciativa ou apego a zonas de conforto. Estes ciclos se alternam inúmeras vezes, na linha do tempo, e com suas durações. Centenas de pessoas da mesma idade podem estar em estágios diferentes. Neste momento, você está passando por um deles.

FLECHA RAIVOSA

 

Quem projeta raiva, com esperança de se sentir bem por ter descarregado suas pólvoras, acaba se ferindo também por ser fonte e reservatório de uma emoção nociva que se transforma em conflito, ruptura, exaustão, desorientação e ruido de comunicação. Nunca existiu vantagem alguma no exercício de expressão da raiva. É aquela velha comparação do arco e flecha. Tudo o que você projeta, primeiro atinge seus ombros, depois distribui uma parte de sua força, o resto permanece em si caso tenha que lançar outras flechas. Só se dá o que se tem, com a raiva é assim também.

 

EXERCÍCIO DE ESTIMA

 

Baixa estima torna-se trágica sempre que a pessoa favorece o desenvolvimento de codependência com parceiros, sentindo insegurança constantemente. Se o foco estiver sempre no casal, o problema se complica. Auto estima tem mais a ver com a maneira que a pessoa se valoriza do que com a maneira que os outros a veem. Aprendi um exercício simples de manter o foco. Feche os olhos...abra e olhe em objetos azuis em um grupo e amarelo em outro. Pratique foco em sua maneira de buscar coisas, isso fortalece autoestima. Afaste-se de julgamentos imediatos. Trabalhe por resultados. Pesquise auxilio de grupos de apoio. Siga sempre em frente.

 

A FALTA DE CADA UM

 

Em família que não tem avós vivos, os tios e primos se afastam, se desconhecem, se estranham, evitando qualquer contato intencional. Em família que os pais faleceram, os irmãos se afastam, pois quebrou-se o elan afetivo, quebrou-se a estrutura respeitosa que os pais sustentavam com alguma autoridade. Em família que os pais se separaram, os filhos se afastam de propósitos de vida, se afastam de disciplina e objetificam seus corpos, na ausência de referencial saudável. Tem sempre alguém sentindo falta de quem se foi, pois somos todos interconectados pelos fios invisíveis das gerações. Quando eles se rompem, surgem alguns nós, retornando o predomínio de energias primitivas. O amor coletivo só vem depois, com alguma evolução.

COM MEDO DE AMAR

 

Quem nutre medo de amar, vive no passado, experienciando diariamente alguma rejeição antiga, sem se dar conta de que não abriu o coração para novos encontros. Suga a si mesma, boicota o próprio corpo, troca de papeis com frequência e se posiciona como a empoderada emputecida. Não busca caminhos, mas ainda acredita no Príncipe Encantado. Ora acredita que não precisa mais de homens, ora se derrete em solidão. Deixa de escutar e alimenta seu monstro de resistência. Vive a contradição do medo de perder com o medo de confiar na pessoa com quem se relaciona temporariamente. Para elas, relacionamento afetivo é uma areia movediça.

CAMINHAR SÓ

 

Existir é caminhar só. Na caminhada solitária se encontram melhor os recursos próprios, os desejos mais autênticos, a identidade nua e crua. Na convivência natural ou forçada, encontram-se os limites apontados pelos outros em nós; depara-se com a necessidade de agradar ou impressionar aos outros, afastando-se de si; manifestam-se as regras e cobranças da civilidade para que o cidadão seja aceito condicionalmente. Existir é observar o mundo interior, suas riquezas, seus insights, suas construções espontâneas de pensamento e sua capacitação de estar no mundo material feito Espírito. Basta encontrar o outro e logo nos perdemos na percepção de separação. Passamos a viver sem existirmos.

 

MOVIMENTOS DE VIDA E DE MORTE

 

A vida requer coragem para dizer “não” aos movimentos de morte que nela se escondem, tais como desistências, resistências, reclamações intermináveis, lamúrias, lamentos, autossabotagem, baixa estima, ideação de suicídio, isolamento, etc. Tem gente que morre todos os dias sem saber, por isso a vida nos deu prêmios de superação. A vida nos exigiu coragem desde o nascimento até o dia de ontem. Ela é a prática do “sim” de forma consciente, para tudo aquilo que nos liberta ou nos faz crescer, diante da realidade que encontramos. O resto é movimento de morte.

 

 

PAPEL EM BRANCO

 

Toda atividade, se orientada apropriadamente, pode estimular competências. Cada evento é um papel em branco, pronto a receber as percepções de quem nele se vincula. Há competências cognitivas, emocionais, físicas, criativas e funcionais, exigidas ou disponibilizadas pelas demandas do ambiente, indispensáveis ao desenvolvimento pessoal e social nas áreas de negociação e planejamento. Estar capacitado para uma dada atividade, não basta. É preciso transcender sua função descritiva, é necessário abrir portas de possibilidades para o crescimento e o sucesso almejado, é permitido voar sobre o território das descobertas.

ESPÍRITO LIVRE

 

Espírito Livre é toda pessoa diferente da maioria, toda pessoa que se sente um espírito livre para decidir seus rumos, suas escolhas, seus pensamentos. Não se trata de ser antissocial ou egoísta, mas sim de ser independente, autônomo, senhor de si. Tal comportamento denota predisposição a receber insights maravilhosos sobre a essência humana, após crises existenciais prolongadas e atenuadas. Tais pessoas costumam brincar que não são deste mundo. Se você é um Espírito Livre, deve saber que sua atitude tem muito a ver com sua missão de vida, pois está comprometido com o crescimento de si e dos outros. Infelizmente esta expressão é confundida com a expressão Lobo Solitário, usada para pessoas que cometem crimes políticos e agem por iniciativa própria. Espírito Livre é um repositório de virtudes, destinadas ao conhecimento da natureza humana.

OLHARES FURTIVOS

 

Não diga que a rosa é secreta,

pois a Florista sabe das coisas.

Segredos também murcham pétalas

É bárbaro o coração que o ronda

Selvagem o ciúme que o revela

Alegre o brincar de esconde-esconde

 

Não diga o que não quer ser visto

Respeite o medo de quem tem

Se fosse para impor registro

Na cara do mundo e alguém

Ganhar a aura de mal quisto

Não há bem neste vai e vem

 

Segredo se guarda por valor

Para quem demais o estima

Não entre no meio dos dois

Não jogue a beleza na esquina

 Só cabe aos deuses do amor

Julgar as mãos e as retinas

 

Segredo adora as paredes,

Seu silêncio buscou proteção

Janelas e portas o retrocedem

Fofocas na palma da mão

Se alardeiam que nem foguete

Cuide de sua vida, meu irmão!!!

 

 

 

 

 

MENSAGENS DO DIA

 

Envelhecer é abrir mão das cores e se desbotar sem fé.

Raízes à mostra são um convite à origem pelas voltas que a vida dá.

MANDINGAS DE PEREGRINAÇÃO

 

Se a vida fosse comparada a uma peregrinação, tipo caminhadas à Aparecida do Norte ou Caminhos de Santiago, o caminhante partiria de um desejo forte de alcançar algo que lhe parece de fundamental importância, podendo tanto ser algo abstrato quanto concreto. Energias são acumuladas ou reunidas para realizar tal desejo, recursos são buscados ou reciclados, pensamentos são lançados na fogueira da fé num Deus interior, cegando outras possibilidades para que se atinja o objetivo final. Sem perceber, o peregrino da vida retira-se do momento presente em busca de um momento futuro, lançando sobre si uma malha de dificuldades a superar. As bolhas de água nos pés cansados agem como mandingas, um peso extra para lhe desvencilhar do propósito inicial. É a vida que segue, não é o peregrino. Sem ele na estrada, a vida continua. Só ele não percebe.

O MUNDO DOS CONTRÁRIOS

 

O que chamamos de mundo é o fruto da árvore humana. Todos os tipos variados de gente e de caráter, de personalidade e temperamentos, de comportamentos e omissão, brotam da mesma árvore social. Não adianta reclamar, guerrear, julgar, se o objeto de exclusão foi gerado por todos coletivamente. Ser humano é ser esta contrariedade impulsiva, esta complexidade irrefreável, este conjunto de opostos gritantes de opinião, gerando um ambiente tóxico em busca do paraíso celestial. Aquilo que combatemos fora de nós, existe escondido dentro de nós. Aquilo que omitimos em nós, revela-se claramente no mundo exterior para que possamos enfrentar sua existência. O negacionismo das pessoas é sinal forte da incoerência que as rege. Dá-se a isso o nome de ignorância.

JUNÇÃO

Juntas estão as mãos na oração, juntos os lábios também.

Juntas estão as pétalas da flor, juntos os ingredientes da receita.

Juntas estão as cidades da Nação, juntos os vagões do trem.

Juntas estão as asas do condor, juntos os frutos da colheita.

Mas quando se trata do escritor,

E do poema que brota palavras

Algumas se juntam por amor

Para andar juntas na página

Algumas se amarram de ardor

E outras se atam silábicas

Pois quando se trata do autor

ele arrisca separá-las

por ponto final e vírgulas,

por frases quase mágicas.

Mas eis que surge um cantor

Dotado de irreverências

Que liberta muitas palavras

Pra andarem sós de ausência

E elas ganham sentido

Até quando se isolam,

Se atrevem a fazer ruídos

mandando a junção embora.

 

 

 

A PAZ DENTRO DO SER

 

A maturidade emocional chega com o tempo cronológico da idade. É preciso ter mais de sessenta anos para compreender que não vale mais a pena lutar as batalhas dos outros, que a briga dos outros não é sua, que cada adulto teve seu quinhão de vida para resolver os próprios conflitos e limitações. Não se trata de responsabilidade social, muito menos de consciência coletiva. Trata-se da sabedoria de separar o joio do trigo. Recupera-se o autocuidado para com a alma, o resgate acontecendo a nível espiritual, as percepções se desapegando de bandeiras mundanas e voltando a se interiorizar para os movimentos do Ser. É preciso amadurecer na etapa do envelhecimento se quiser construir a própria paz.

QUE PLANETA É ESSE?

 

Aquela velha piada de que Deus fez o Brasil como um pedaço do paraíso, mas “você vai ver o povinho que vou colocar por lá”, deixou de ser piada e virou tragédia. Hoje em dia muitas pessoas já se decepcionam com o que nos tornamos moralmente. Há quem torça para que Jesus volte neste ano e outros torcem para que o Apocalipse comece logo, varrendo 1 terço da população brasileira, com a esperança de que assim o “povo de Brasília” aprenda alguma lição. Nem rezar muito está resolvendo, dizem alguns crentes, beirando a incredulidade. Um povo anestesiado de senso crítico já não se revolta mais contra os desmandos e as injustiças. Talvez seja a ressaca desesperançosa após algum evento histórico recente. Nem parece que o povo brasileiro vive neste planeta.

RESERVATÓRIO ENERGÉTICO

 

Imaginação, fé e desejo são reservatórios de energia dentro de cada pessoa. Mitocôndria celular é reservatório de energia dentro do corpo. Não nos basta estar com o reservatório natural pleno. Precisamos do exercício da vontade e do querer para dar algum passo, utilizando estas energias disponíveis a qualquer pessoa. Parece piada alguém pensar que está com falta de ar, quando há tanto ar disponível. Da mesma forma, parece piada alguém pensar que não tem energia para fazer as coisas. O pensamento tem poder e o corpo obedece a mente, colaborando com ela para manifestar o que pensou. Se tudo é energia, há excesso de energia disponível fora de nosso pensamento. O desafio então seria aprender como atrair estas energias para nosso benefício.

GERMINAÇÃO

 

Se eu quiser falar com o “EU”,

tenho que silenciar,

abrir mão da preferência,

dos desejos ausentar,

da palavra abster,

os sentidos reduzir,

o conceito demolir,

pra semente germinar.

Se eu quiser calar o “EU”,

tenho que me duvidar,

consumir o tempo e o espaço,

pra razão se dispersar,

o presente diluir,

a espera fenecer,

o vazio aparecer,

o futuro exterminar.

A semente não tem pés,

e atravessa o Mar Vermelho,

desconhece a Moisés,

segue a fé sem seus conselhos,

junta os animais em par,

pelas ordens de Noé,

atravessa o Evangelho

e aterrissa em alto mar,

segue rumo à luz do Sol,

brota o fruto amarelo,

bota o tempo nos chinelos

e ilumina o caminhar.

 

BORA REFLETIR (2)

 

Cabeças de lata enferrujam sentimentos.

BORA REFLETIR (1)

 

Nossas palavras podem colocar outras pessoas em marcha ou no congelador.

PÉ COM PÉ

 

Somos seres mutantes, mudando crenças, preferências, sonhos, pensamentos, emoções, células, autocrítica, a todo instante. Não somos pessoas, somos processos de mudança; ela é parte inseparável da vida e merece toda a nossa admiração, sendo a responsável por nossa evolução. Nossos pés foram criados para caminhar para frente. Toda evolução, portanto, começa pelos pés que nos indicam o futuro à nossa frente e continuam dando passos internos diante da inevitável mudança. Não adianta ter opinião formada sobre tudo. Nossas opiniões são relevantemente irrelevantes diante de tal realidade. Em cada momento, presente e consciente, adquirimos o tamanho do Universo, não sendo mais necessário ter opiniões. Até mesmo nos relacionamentos, quem espera que seus companheiros permaneçam como os conheceram, jamais os conhecerão verdadeiramente, pois nada dura para sempre. Pé com pé, tudo muda.

PISANDO O CHÃO

 

Não espere preencher, com os outros, o vazio que criou sozinho durante sua trajetória emocional e social. O buraco em seu coração foi cavado por suas mãos. Nele você enterrou seus sonhos ao se acomodar ou desistir. Nele você regou quando quis as sementes de suas escolhas. Seu vazio foi moldado pela continuidade de pensamentos insignificantes e irrelevantes. Todo buraco tende a se expandir pela erosão das circunstâncias, assim também o vazio em seu coração. Seu vazio tem voz distante e enfraquecida, mas sabe falar se for ouvido por quem o ame. Seu vazio anseia por novas experiências, sedento de conexão, faminto por luz. Faça como o cavalo atolado no poço fundo. Continue movimentando suas patas, enquanto alguém joga terra no buraco, até sair dele por seus esforços.

SERES INDEFINIDOS

 

O passado não nos define, uma vez que fazemos novas escolhas a cada dia, amadurecendo com as experiências ou sendo influenciados por outras pessoas que impactam nossas percepções. Doenças e diagnósticos de saúde não nos definem, sabedores de que pessoa e sintoma são coisas diferentes. Família não nos define, já que numa mesma família cada membro se junta a novos grupos e cada um tem suas preferências em todos os aspectos da vida. Autoimagem não nos define, pois pouco sabemos sobre quem somos verdadeiramente, além de mentirmos naturalmente para nós mesmos. Diante da liberdade que temos de criar um novo futuro, diante do poder de mudar de opinião, diante da capacidade de adaptação inerente ao ser humano, podemos superar emoções e eventos pois somos indefinidos por natureza.

NO CAMINHO CERTO

 

Não ter necessidades, não buscar controle sobre os outros e não ser capaz de sofrer ao entender que quem sofre é apenas a mente, são características indicativas do despertar de consciência. O processo de desapego, do aprendizado que se segue, abre espaços internos para o vazio sem medo de perdas, colocando as emoções em patamares mais distantes de si mesmo, de um self que se decompõe sem dramas e escorre feito chuva sobre o solo da identidade. Ao neutralizar o desejo, abre-se caminho para a fluidez dos acontecimentos mais satisfatórios, onde tudo é perfeito e aceitável como vem. Ao tomar consciência de que ninguém controla ninguém, pois vida é movimento natural de energias se cruzando, superdimensiona-se a existência humana. Ao abster-se da mente como única forma de percepção, o olho singular se abre ao universo. O processo de despertar de consciência continua acessível a todos que o procuram.

MÊS DE ATAQUES

 

De repente, o mundo inteiro está refém na guerra do Hamas contra Israel. São mulheres, crianças, idosos, militares, turistas como nós, nas mãos de terroristas, trazendo de volta o mundo primitivo, onde violência gera violência. São pessoas como nós, muitas delas nada tem de envolvimento com os conflitos milenares daqueles povos, vieram depois, são vítimas de vítimas nos dois lados. Não é hora de tomar lados, ou melhor, é hora de repensar o valor da vida, o poder do diálogo, os valores do Ser acima do Ter, a família humana como um Todo. Os territórios pertencem à Terra, a vida pertence a Deus, o poder pertence à natureza e o bom senso deveria pertencer às mentes humanas.

DO ALTO DA COLINA

 

Imagine-se no alto de uma colina, de onde se pode ver outras pessoas lá embaixo, tão distantes e tão pequenas quanto a um ovo. Elas não percebem sua presença, nada sabem sobre você que não existe para elas. No entanto, por saber delas e por estar em posição de vantagem, você pode desencadear ações impactantes que a alcancem. Se suas ações forem de grande porte, serão vistas e interpretadas por eles como atos de poder, sentindo ou não admiração, respeito, medo, obediência, submissão, fazendo críticas, produzindo inspiração, gerando consequências em suas vidas. Eles continuarão sabendo pouco sobre você, porém sustentarão a imagem que você projetou e acreditarão em suas boas intenções, mesmo que não sejam boas. Esta é a origem do poder.

FEITURA

 

Instabilidade, risco e sedução são os três ingredientes mais importantes na feitura de um Empreendedor. Saber que a vida caminha sobre a corda bamba do imprevisto e saber que ela flui melhor diante do princípio da incerteza para criar e abraçar novas possibilidades, constrói a sabedoria do Empreendedor, a alma dele. Saber que o medo é paralisante e não deve estar em nenhum plano de negócios, trocando-o por informações detalhadas, favorecendo os riscos sob medida com o auxílio da iniciativa e do foco contínuo, dá a ele a mente empreendedora. Deixar-se seduzir por uma visão tão extraordinária que o faça levantar da cama todas as manhãs com entusiasmo para trabalhar e envolver muitas pessoas, dá a ele o corpo empreendedor, pleno de energia com ação direcionada. O empreendedor se nutre com informações intensamente organizadas e bebe de energia para manter-se na crista da onda.

RASCUNHOS

 

Quando infelizes, os homens bebem, traem, adoecem, ofendem, desistem ou vão à luta em batalhas desnecessárias que não são suas. Os homens infelizes se perdem facilmente diante do desconhecido que os atrai. Devido ao instinto de sobrevivência, estes homens se preservam pela força e pela violência, graças ao passado perigoso vivido desde os princípios da criação, tratando sempre o desconhecido como inimigo. Homens infelizes tornam-se animalescos, imprevisíveis, violentos quando acuados, ausentes de senso crítico, carentes de resultados, soldados dos cinco sentidos, envolvendo inocentes em suas investidas. Esquecem-se das lições do passado e mal sabem onde a estrada do tempo os leva. Homens infelizes são rascunhos humanos.

 

CONSCIENTIZANDO

 

“Trilhei diversos caminhos para me encontrar, sem me dar conta de que era eu o caminhante, com ou sem caminhos. Trilhei a filosofia e encontrei apenas a mente. Trilhei a religião e encontrei apenas o combate. Trilhei as ciências e encontrei apenas a matéria. Trilhei a espiritualidade e encontrei apenas a alma. Saí da estrada e fui navegar no mar da consciência. Ali eu me perdi de vez. Só sobrou o eterno Observador, daquilo que eu respirei nas ilusões” - Benedito José.

ONDE O MUNDO CHEGOU

 

A natureza tem consciência de tudo o que acontece à Terra e aos seus filhos. Os animais são instrumentos e voz do Criador sempre que necessário, para desenhar a verdade em grandes eventos. Existe uma relação entre vulcões entrando em erupção e avistamentos de naves extraterrestres. Observe também a relação que existe entre terremotos e revelação de forças ocultas da escuridão, logo em seguida, naquele território, onde elas moram ou se escondem. Sempre que se mexe no tabuleiro geopolítico, fenômenos da natureza se manifestam com intensidade. Há que se prestar mais atenção nesta relação, se quisermos prever eventos grandiosos. Mas não podemos esquecer que já existe tecnologia para fazer chover e desencadear terremotos à distância em territórios inimigos como arma de guerra.

A CARA METADE

 

A pessoa que imaginamos existir dentro de alguém, é sempre mais perfeita do que a pessoa real que colocamos no pedestal. Passamos a conviver com a pessoa ideal ao nosso imaginário, na esperança de sermos por ela atendidos em nossas necessidades básicas. Nosso conceito de beleza e perfeição é sustentado pela auto-hipnose, enquanto vamos negando ou reclamando da realidade que se impõe em tal relacionamento. Vale a pena observarmos sempre com quem estamos relacionando, bem como ter consciência dos papeis e personagens que estamos representando em performances amorosas. Sabemos que merecemos o melhor, mas nem sempre percebemos o que é melhor para nosso crescimento por causa da pressão dos desejos naturais. Entre o ideal e o real, jorram pensamentos e expectativas de ter, ao nosso lado, a cara metade tão sonhada.

GENIALIDADE

 

Dizem que os gênios são governados pelo caos interior. Faz sentido. Equilíbrio gera estabilidade de ideias. Caos gera conflitos teóricos. Equilíbrio gera acomodação. Caos gera necessidade de se ter iniciativa. Equilíbrio gera mansidão. Caos gera resposta imediata. Equilíbrio gera contemplação exterior. Caos gera movimento interior. Equilíbrio busca manutenção. Caos busca criação. Quem é governado pelo caos, termina seus dias batendo à porta da iluminação, tamanha sua procura pela verdade interior. Quem acredita apenas no poder do equilíbrio, basta a si mesmo no território das crenças. Os gênios não agem com fé. Eles fluem no espaço vazio, traçando novos caminhos de possibilidades.

O FILME SEM TÍTULO

 

Há tantas coisas acontecendo atualmente, misteriosa ou ocultamente, as quais ninguém encontra explicação convincente. Aliás, muitas ocorrendo simultaneamente em vários pontos do planeta. De nada adiantou termos excesso de informação na era tecnológica, se de fato, não alcançamos a verdade dos fatos, apenas narrativas. Estamos dentro de um filme, somos personagens tentando entender de onde vem o perigo e procurando corredores de fuga. A mídia perdeu a confiança dos tele expectadores, as instituições religiosas espalham pânico, os rebeldes e terroristas se arriscam como nunca antes, fenômenos inexplicáveis se manifestam, os poderosos tramam acontecimentos para reduzir drasticamente a população mundial, a natureza resolveu acordar e mostrar a nós quem é que manda na Terra. Quando este filme terá fim?

CÁ DENTRO, LÁ FORA

 

Tudo o que não temos lá fora, foi escondido cá dentro. O universo é pleno energeticamente; ele apenas se divide em polaridades por efeito de nossa mente. Esta divisão favorece nossas movimentações, já que vida é movimento. Este interior, independe do corpo para se fazer percebido. Pensamos que o concreto está dentro do corpo e o abstrato está fora, naquilo que não encontramos, mas tanto o concreto quanto o abstrato estão dentro e fora de nós; eles se complementam quando se encontram. Desta oscilação existencial, a energia vital se delicia com o desconhecido e nos impulsiona em voos cada vez mais altos. Somos descobridores sem fronteiras.

 

NOSSA MAIOR RESPONSABILIDADE

 

Nosso cérebro tem a única função de pensar automaticamente e a todo instante ele interpreta as informações recebidas pelos cinco sentidos. Por ser um equipamento anatômico ou biológico, não deve ser confundido com quem somos. Em verdade, somos o Observador espontâneo da geração de pensamentos. De algum lugar de nosso Ser estamos registrando a realidade múltipla que se revela em fluxos e processos de acontecimentos e circunstâncias. Como as realidades são muitas, cabe ao livre arbítrio, esse recurso pessoal, a tarefa de se orientar para onde quiser ou vibrar em sintonia. Portanto, cada pessoa é sim responsável pela realidade em que vive.

NATUREZA HUMANA

 

A natureza humana é complexa em sua essência, feito um experimento de bilhões de anos para substituir a busca pela perfeição por algo dinâmico e evolutivo. Humanos se comportam ora como plantas, ora como minerais, ora como animais, adquirindo e acumulando interpretações infinitas de suas experiências. Vem desta coleta de dados documentados, a força coletiva da espécie, conhecendo de perto a dualidade, a adaptação, a transformação, o propósito e a identidade. Variando de conteúdo, cada unidade humana se encarrega de dar cabo a alguma experiência visível para que os outros aprendam lições e estratégias. Tudo é soma. Tudo é elo na corrente evolucionária. A natureza humana é essencialmente experiencial e observável.

MORADA PROVISÓRIA

 

Toda moradia é provisória, uma vez que toda vida tem seu final. A alma habita provisoriamente o corpo e dele leva apenas a consciência. A semente habita provisoriamente a terra que a germina e dela sai ao tornar-se planta ou árvore. A lagarta habita o casulo provisoriamente, dele saindo na forma mais evoluída de borboleta. Pessoas habitam a casa de seus pais até que se tornam adultas e saem para constituir a própria família em outra casa. Pensamentos abstratos habitam o cérebro que os criou e partem para sua materialização concreta e visível no mundo externo. Peixes e frutos do mar existem abaixo das ondas e um dia saem de lá por ação dos pescadores. O movimento e a mobilidade são fundamentais para qualquer existência.

 

NA MAGIA DO OLHAR

 

É nosso olhar que vai definir o que vamos enxergar, pois o cérebro dá significado e significância ao que se apresenta diante de nós. Vivemos de signos, de simbologia consciente e inconsciente. Posso ver a mesma doença como castigo, consequência, escolha, oportunidade, aprendizado, crescimento, superação, ação, compartilhamento, missão ou conexão divina. Só depende de quem vê, o que quer ver. Entende-se que temos muitos olhos e olhares, desde os olhos físicos até olhos do coração, olhos da razão, da sabedoria, do amor, da função. Desde os olhares de autocompaixão até os olhares de ternura, de força interior, de busca, de perseverança, de assertividade e otimismo. Os olhos são mágicos.

VIVO OU MORTO

 

Há um ditado africano, profundo e verdadeiro, expressando o desejo de que a morte te encontre vivo quando ela for te buscar. Tem muita gente que nem sabe que morreu e ainda caminha entre nós, reclamando de tudo, falando apenas de doenças, sem esperança ou entusiasmo, respirando oxigênio pelo nariz automático, cansada de existir, perdida nos descaminhos da rotina enfadonha. Tais pessoas deixaram de valorizar a vida e de contribuir com o mundo à sua volta. São esqueletos transeuntes, manequins quebrados, casa abandonada, candidatos ao esquecimento prematuro. Todos nós conhecemos alguém nesta categoria. Todas as manhãs, precisamos olhar no espelho e nos perguntar se estamos vivos ou mortos.