quarta-feira, 27 de abril de 2011

CONSCIÊNCIA DE BAD BOY


A figura do Bad Boy é muito popular nas escolas e nos grupos sociais, pois ele sabe impressionar a todos com seu carisma envolvente e assertividade. Sua imagem pública é sustentada pela aparência com estilo próprio, pela agitação constante ao frequentar vários points numa mesma noite, pela busca de aventuras e divertimento, pela característica extrovertida e falante de sua personalidade, pela paixão com que fala sobre o seu assunto preferido, pela intensidade de suas emoções que sempre vêm em doses curtas e fulminantes, pela competição constante em suas atitudes para se vender como o melhor.

O Bad Boy não gosta de ter raiz, não procura por casamento nem relacionamentos duradouros, não tem responsabilidade com a felicidade dos outros, brinca com a emoção das pessoas, tira proveito próprio de cada interação social, mostra-se ávido para conquistar e permanecer em evidência, mente com naturalidade e confia excessivamente em sua auto-estima.

As mulheres que amam os Bad Boys também apresentam certas características marcantes. Elas não têm estima considerável, odeiam ser rejeitadas, querem estar em evidência às custas do Bad Boy, temem ser trocadas por outra mulher, fazem qualquer coisa para permanecerem coladas nele, satisfazem-se com o pouco que deles recebem, estão mais preocupadas em impressionar a concorrência do que em ser felizes e acabam nutrindo relacionamentos nada saudáveis para a constituição de uma família.

Na órbita social das mulheres que amam os Bad Boys há sempre a presença quase invisível de um amigo tímido e bom rapaz que as ame, que desejam protegê-las de tanta maldade e desconsideração dos cafajestes, que faz tudo com perfeição para chamar a atenção delas, embora sintam-se inseguros na hora de expressar a verdadeira emoção que esconde à sete chaves. Ele permanece na própria zona de conforto, com certo desconforto, para demonstrar responsabilidade, maturidade e possibilidade real de um compromisso seguro para o futuro familiar. O bom rapaz não sabe, mas ele só ganha do Bad Boy em um aspecto. Ele sabe ouvir as mulheres como ninguém, pois seu amor é genuino, verdadeiro, leal, não-territorial, complementar, protetor e desinteressado. Sua introspecção esconde um tesouro fascinante.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

UM DESTINO MAIOR


Hoje em dia as pessoas se isolam com facilidade, vivendo de maneira egoísta ou reprimindo suas emoções. Elas se sentem desconectadas dos pais, dos filhos, dos outros, da natureza e de Deus. O resultado é uma solidão profunda, falta de significado, falta de motivação, um vazio que traz sofrimento e depressão. Para sair desta angústia o homem criou o apego aos prazeres sexuais arriscados e aos vícios em drogas e bebidas, o culto ao dinheiro e à personalidade bem como às coisas materiais, mas nada disso resolveu o problema do vazio.

Enquanto o homem não despertar a consciência e compreender que tudo na vida é puro relacionamento e que a felicidade é resultado desta compreensão, ele irá continuar cego num mundo repleto de cores e luzes, beleza e harmonia. Ao se descobrir vivo, tudo ganha vida ao seu redor, tudo se torna belo, tudo vira expressão de saúde e amor. O despertar da consciência passa pelo silêncio da mente, pela renúncia das opiniões calcificadas e retrógradas, abrindo espaço para a integração de opostos e incluindo os sentimentos do coração desprendido e equilibrado. A saúde do corpo e da mente é a consequência natural deste despertar.

Temos um destino a criar, em estado de consciência que é a unidade possível e pacífica com todas as coisas. Amar à Deus não é diferente de amar seu filho ou cônjuge. Amor é amor. Amor é um estado interno de união com o belo onde é proibida a entrada dos medos. Amar é uma sensação de que já não precisamos de mais nada.

Amor é um impulso natural de cooperação com os demais. Amar é deixar Deus se manifestar em nossas ações e palavras, intenções e sentimentos, em nossa paz interior. Cada um de nós tem o seu papel na transformação deste destino para o bem da humanidade. Uma só família. Uma nova experiência humana.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

PESSOAS E PERSONAGENS


Na terra dos homens há um movimento constante contra o destino. Temerosos do que possa vir a acontecer ou de não serem atendidos em suas necessidades básicas, os homens se esquecem de que nasceram pessoas e se travestem de mil personagens. Saem por aí vestidos de deuses, com boina cheguevariana, com gravata de executivo, carregando um skate que nunca usarão, falando a gíria da hora, repetindo o que leram, choramingando as próprias limitações na imagem refletida dos outros e repetindo salmos para conter o excesso de informações complexas do mundo contemporâneo. Na ânsia de sobreviver, adotam personagens para cada situação e local, afastando-se da verdade interior, comprometidos com a própria dor de viver.

É fácil criar e representar personagens. Difícil é ser o que se é por adotarmos ideologias e teorias, quando tudo o que precisamos é detonar a auto-imagem em milhares de fragmentos e repartir com todas as pessoas os pedacinhos de nosso coração. Isso se chama fraternidade, um sopro de vida que vai além das ideologias e das representações, transformando o ambiente em que vivemos. Fraternidade é um movimento em parceria com o destino para expressar o amor do qual somos capazes, essa força maior de equilíbrio interno. Nâo importa o grupo a que você pertence nem a bandeira que levanta. Nâo importa o carro que você dirige nem o cargo de trabalho que ocupa. Para sair do nível da ideologia e expandir-se como pessoa, é preciso ser útil e solidário para com os membros da colméia humana.

Deixe as ideologias de lado no lixão dos conflitos pois elas causam o mal cheiro dos personagens. Permita-se dar um salto quântico de qualidade existencial, alinhando-se com a doçura do mel que é a natureza, protegida e cuidada por quem ama a vida. Ser pessoa é ser fraterno. Ser pessoa é abraçar o destino que as leis imutáveis do universo respiram à cada instante. Para voltar a ser o que somos verdadeiramente, precisamos desnudar a mente e trocar as fraldas dela novamente.

terça-feira, 19 de abril de 2011

O MUNDO DAS ILUSÕES

A vida da gente é cheia de ilusões. Somos hipnotizados constantemente por elas, através dos pensamentos que nos chegam sem pedir licensa. São ilusões de ter e fazer, expressando a força não questionada das vontades. Existe, porém, uma ilusão mais específica que hipnotiza a todos sem excessão. É a ilusão do saber. Não importa a idade.

A criança acha que já sabe tudo; até mesmo quando ela nos pergunta algo, recebe a resposta e nos diz "eu sabo" . Sabem mexer no computador, escolher as roupas e influenciar os pais. Sabem manipular os adultos para conseguir o que querem ao testar seus limites. Não sabem que não sabem, mas querem sempre aprender. Não sabem que seu cérebro ainda está crescendo para poder lidar com as complexidades do mundo adulto, mas dizem que sabem tudo.

O adolescente também pensa assim pois acha que está mais informado do que os outros. Acredita que compreende mas não é compreendido por ninguém. Pensa que é o melhor em tudo e se esquece de que existe, pelo menos, mais cinco bilhões de pessoas no planeta. Acha que sabe e pode quebrar todas as regras inconsequentemente e sair por cima. Muitas vezes se esquece de que não é imune ao poder destruidor das drogas e outros vícios.

Já o adulto "tem certeza" de que sabe tudo, o que o isenta de saber mais e aprender novas coisas. Acha que viu e viveu muito, por isso tem que ser ouvido e atendido. Sabe mais do que o técnico, o juiz e os jogadores. Sabe mais do que o governador, o senador e o presidente. Sabe mais do que os filhos, os amigos e o patrão. O adulto é a expressão máxima da ilusão do saber, pois também não sabe o quanto sabe.

Grande ilusão do ser humano é achar que já está pronto para o mundo, e, se algo der errado, a culpa é sempre dos outros que não sabem o que ele sabe. Se algo não aconteceu como queria é porque o mundo não o consultou antes. O que não deixa de fora a possibilidade de matar a humildade, a qual muitas vezes engrandece a verdadeira sabedoria.

A sensação de estarmos prontos para o mundo é uma viseira que bloqueia a realidade. Mal chega a surpresa e parece que o mundo caiu de forma desagradável. Pode ser traição, doença ou morte. Pode ser demissão, gravidez ou perdas materiais. Bastou estar desalinhado com a nossa ilusão e a vida parece ruir de significado e força. A razão fica bêbada e a fé, contundida. A máquina dos recursos parece perdida para sempre.

Não fosse a inteligência, a ilusão poderia ser menor. É que ela só é capaz de perceber, pois tudo quer provar e se esquece de que há outras pessoas tentando provar o contrário. Conhecimento demais não é inteligência, ainda mais se você não souber o que fazer com ele. Da mesma forma, conhecimento não pode ver a  verdade, apenas a consciência pode.

Descobri, um dia, que poderia remover os filtros de percepção e maravilhar-me com a contemplação da realidade. Sem julgamento, sem criticismo. Pura aceitação. Descobri também que estamos dentro de um processo de transformação irreversível. Você está sempre prestes a se tornar algo na profissão, no relacionamento e no pensamento. O mundo não pára. A vida também não. Se parar de vez, você morrerá por falta de função. É simples. A Terra se move. A célula se move. O cosmos se move. Tudo faz parte deste processo contínuo de se tornar algo a qualquer momento. Você também.

Precisamos aprender a contemplar mais, deixando o olhar silenciado na beleza de todas as coisa. Olhar as coisas simplesmente, aceitando-as como sâo, sem interferir, sem causar sofrimento diante da resistência teimosa e cega. Olhar com amor de mãe, com olhar de gato ou de bicho-preguiça. Isso mesmo. Ter preguiça de julgar e condenar. Fluir mais. Virar rio.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

DIÁRIO DE BORDO


No momento encontro-me na região centro-oeste do Brasil, com o objetivo de estudar as oportunidades de negócios na área de saúde, desenvolvimento pessoal, empreendedorismo e educação. Algumas surpresas agradáveis já despontam no horizonte.

Tudo começa nos aeroportos com uma afluência considerável de pessoas simples viajando e se mexendo para sobreviver. Visitei um centro de sacoleiros em Goiânia e me impressionei bastante ao ver um mercado em ebulição, pessoas de diversas regiões do Brasil, comprando mercadorias a preço de banana para revender a preço de filé mignon, ou seja, com uma folgada e feliz margem de lucros. Há uma energia de consumismo no ar, embora também existiu de minha parte uma preocupação com a transformação que ora ocorre em nosso país. Se o governo atual sempre criticou os Estados Unidos por ser capitalista e consumista, por que então está transformando o Brasil numa cultura consumidora? Seria a revelação de alguma hipocrisia da esquerda deixando a máscara cair, em nome do vale-tudo para permanecer no poder? seria uma versão tupiniquim da gerontocracia comunista chinesa? Daqui há pouco correremos o risco de termos um mercado com muita gente vendendo e ninguém comprando? Aqui entra a participação empreendedora no cenário nacional. Treinar a mentalidade empresarial nas crianças e adolescentes para olhar sempre o horizonte mais distante possível.

Goiás me impressionou bastante mesmo, principalmente ao vê-lo sob as mãos de um governador extremamente visionário e competente, atuante, negociador, com ótimo perfil de liderança. Enquanto tantos se mexem, lá há uma preocupação em juntar forças pelo bem do Brasil, o que serve de modelo para o resto do país. Nâo é apenas a região sudeste que possui lideranças nacionais. Precisamos abrir espaço político e gerencial para estas lideranças de outros eixos políticos, e isto traria um novo sopro de inspiração progressista para todos. Como é bom redescobrir o Brasil!!!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

CORAGEM


Todo ser humano precisa e aprende a sobreviver com aquilo que recebeu, com aquilo que lhe parece normal ou aceitável até que crie ou receba novas condições para progredir. O que foi aceito e considerado normal em sua infância pode até lhe parecer correto na idade adulta se não houver evolução da consciência. O fato é que você cresceu em tamanho, idade, experiências, mas continua forçado a lutar por sua sobrevivência física ao combater doenças; sobrevivência financeira ao garantir o atendimento de suas necessidades básicas como alimento, moradia e trabalho; sobrevivência emocional ao conquistar amor, respeito, reconhecimento e segurança; e sobrevivência existencial ao procurar sentido para a sua vida. No entanto, nem tudo cai do céu como você merece.

Num mundo de competitividade, você se sente diariamente ameaçado pelas limitações, suas ou dos outros. Surgem os medos e a necessidade de controle, surgem os jogos de poder e a imposição das influências externas, existem as leis para serem seguidas somente por aqueles que não gozam do poder e da influência política, existe a ordem para ser seguida por todos e para evitar o caos, mas nem sempre existe ou prevalece a coragem.

Observe como a coragem esteve presente na vida de tantas pessoas que se destacaram. Observe como ela criou espaço de ação na vida de tantos vencedores. Observe como a coragem de poucos tornou-se a coragem de muitos. A coragem, ao abrir espaços, cria oportunidades – aquela mesma oportunidade que as vezes você reclama não ter tido na vida por falta de sorte, aquela oportunidade que você cobra dos outros ou de Deus, mas é puro fruto de sua coragem. Com ela os recursos aparecem, os apoios se manifestam, os caminhos se revelam e a liberdade toma forma diante de novas decisões.

A força dos seres humanos chama-se coragem, a qual mantém viva a chama da alma. Coragem anima a alma, ilumina o sonho e o espírito, cria oportunidades de crescimento, abastece as emoções, conquista respeito, fortalece o corpo, alegra o ambiente e contagia os amigos. Ter coragem é como respirar com atenção na respiração. Ter medo é como esquecer de respirar. Da próxima vez que você deparar-se com suas limitações ou questionar sua falta de sorte, olhe para si mesmo, respire fundo, respire a coragem...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

EXAGEROS

Tudo o que nos envolve intensamente, gastando nosso tempo e energia em interações desafiantes, tem potencial para nos estressar se não prestarmos atenção em nosso grau de interesse. Em suma, todas as atividades que nos consomem diariamente, podem se tornar fontes de estresse e ansiedade, sejam elas quais forem, se nos descuidarmos.

Buscamos a novidade em tudo e em todas as interações. Não gostamos de ler notícias velhas. Se reencontramos um amigo queremos saber ou contar as novidades. Se cansamos da rotina no trabalho, queremos sair de férias ou experimentar uma nova tarefa. Se cansamos da mesmice em nosso casamento, ousamos fantasiar interações com pessoas mais belas ou mais jovens. A busca incessante pelas novidades nos impõe um grau de tensão e cobrança que tende a virar estresse.

Gostamos de viver intensamente, perigosamente, gerando muita adrenalina no corpo diante das aventuras. Buscamos o prazer e o entretenimento para nos esquecermos da dor e de tudo aquilo que não gostamos mas faz parte de nossa vida. Se perdermos a noção de equilíbrio, tal nível de adrenalina poderá provocar irritação, nervosismo, conflitos, acidentes e até crises de pânico.

Sempre que nos desconectamos de nosso coração e de nossas verdadeiras intenções, criamos o território da dúvida e experimentamos os contrários, os opostos, as contradições lamentáveis, em nome da busca pela complementaridade. Dizemos uma coisa mas fazemos outra. Criticamos um determinado comportamento de alguém, mas não nos damos conta de que nós também agimos daquela forma. Mentimos à nós mesmos para receber algo de alguém. Temos medos mas agimos com agressividade para mascarar nossos temores e nossa insegurança. Até que um dia o estresse se manifesta em nossas incongruências.

A vida é complexa. O ser humano é complexo. O excesso de informações e conhecimento gera normalmente muito estresse, devido à tantas exigências do mundo moderno. No desgaste deste aprendizado podemos ser engolidos pela obrigatoriedade das mudanças. As novidades, a intensidade e a ambiguidade podem passar de instrumentos de interação e integração à causas de doenças físicas e desequilíbrio emocional. Fiquemos atentos  à possibilidade e às consequências dos exageros.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O MASSACRE DE REALENGO


O mundo é uma família, já dizia Bhagavan, visionário da unicidade, da unidade e da consciência elevada. Como família sentimos o sofrimento das vítimas das enchentes de Nova Friburgo e do tsunami no Japão. Agora sofremos juntos a chegada ao Brasil da violência contra as crianças inocentes, no massacre de Realengo acontecido ontem.

Nos próximos meses cobraremos muito mais do governo federal para tomar decisões que possam evitar a repetição desta tragédia no futuro. Ouviremos e assistiremos movimentações desarticuladas sobre o evento. Correremos o risco de transformarmos a tragédia em apenas mais uma notícia entre tantas outras de cunho devastador. Leremos perguntas sem respostas que mais desviam o foco do que apontam verdadeiras soluções. É bem provável que tentaremos nos livrar de nossas responsabilidades sociais pois há algum tempo atrás votamos a favor do armamento.

Agora é hora de compreendermos melhor a importância de selecionarmos melhor os estrangeiros que imigrarão para o Brasil, pois trazem suas culturas consigo. É hora de equiparmos melhor nossos professores e educadores para proteger melhor nossas crianças nas escolas contra o bullying ou ameaças entre alunos, convidando toda a sociedade a debater este assunto com afinco. É hora de levantarmos uma campanha nacional contra o narcotráfico irresponsável e o contrabando de armas antes que todo o tecido social seja rasgado pela omissão de nossos governantes. É hora de resgatarmos os valores humanos nas escolas para pavimentarmos uma estrada futura que nos conduza à paz e à convivência familiar saudável. Diante de tamanha monstruosidade que nos confunde quem é a verdadeira vítima em toda esta estória, resta-nos a interiorização e a compaixão como instrumentos de lucidez e consciência.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

CONSCIÊNCIA POLÍTICA E SOCIAL


Um povo instruído pensa com a própria cabeça e toma decisões baseadas em fatos, além de ser capaz de agir na hora certa para evitar maiores danos. Um povo instruído teve acesso ao sistema educacional e obteve muitos recursos para trabalhar por um mundo melhor e por uma sociedade mais justa, optando por ajudar a si e aos outros ou somente a si dependendo de seu coração.

Um povo instruído tem capacidade de mobilização e mostra suas garras na hora de defender seus direitos ameaçados pelos governos ou pelo sistema instituído à força do poder ou do dinheiro. Dizer amém a tudo é o maior sinal de fraqueza e omissão.

Um povo organizado é a alma saudável de uma Nação, vigilante em seu sistema de defesa, atuante em ações concretas, pronto a apoiar o jornalismo investigativo para evitar censura à liberdade de expressão e combatente incansável das estruturas maléficas de corrupção do dinheiro público. Um povo organizado protege suas crianças contra o uso de drogas e o crime organizado, protege sua juventude contra a violência urbana e a ignorância, protege seus adultos ao criar condições saudáveis de prosperidade para todos e protege seus idosos contra o abandono e a indignidade.

Um povo consciente constrói um mundo mais consciente ao cultivar valores, ao promover a paz, ao reduzir as diferenças e ao alimentar a espiritualidade das pessoas. Ser desperto não significa cruzar os braços diante das injustiças do mundo ou das manipulações governamentais sobre as massas, nem concordar com a compra de consciências em troca de migalhas, mas colocar-se à disposição do Criador e da verdade para defender a vida aonde ela estiver.

terça-feira, 5 de abril de 2011

DUAS OPÇÕES


Procurar pela iluminação não nos garante a iluminação, mas este ato de procurá-la pode alegrar a nossa caminhada enquanto recebermos seu conhecimento básico e esclarecedor. Nesta jornada repleta de paz nós amansamos o leão da mente até compreendermos que é a mente quem tem que aprender alguma coisa. Nós apenas contemplamos a realidade, sem aprender nada, ao contrário, simplesmente desaprendendo tudo o que sabemos, pois o conhecimento adquirido anteriormente não nos concedeu a iluminação.

Procurar pela iluminação não nos torna perfeitos, mas esta busca deve incluir o exercício da humildade quando cometermos erros e injustiças, quando promovermos mais separação, quando tivermos recaídas, quando jogarmos a toalha cansados de esperar pela realização das promessas feitas. Nosso espírito é sabedor de nossas limitações,mas nossa mente nem sempre o é, a ponto de justificarmos constantemente nossos atos mais egóicos para denegrir os outros.

Procurar pela iluminação não nos garante a autoria dela, e mesmo se a alcançarmos após tanto investimento, devemos nos lembrar de que tudo nos foi concedido pela Graça Divina e somente para a Glória Divina. Não se alcança a iluminação pelo número alto de visitas aos templos, nem pelas horas intermináveis de meditações, muito menos pelo estudo espiritual. Tudo isto são indicações do esforço humano na busca incessante de algo que parece se distanciar quanto mais afirmamos à mente que, se buscamos, é porque ainda não o temos.

Procurar pela iluminação através de Gurus e Pastores, Rabis e Imans, nada nos garante pois enquanto formos seguidores estaremos limitados à limitação de quem seguirmos, estaremos perpetuando a separação ao colocá-los no pedestal distante de nós, estaremos reforçando nossas próprias limitações. Temos, portanto, duas opções: continuarmos nossa jornada sem nenhuma garantia, ou desistirmos de procurar pela iluminação deixando que ela nos encontre ali na esquina, a qualquer momento ordinário ou extraordinário, no ruído da palavra ou no barulho do silêncio. Que a Graça Divina nos encontre quando tiver que nos encontrar. Amém.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

MANIPULAÇÃO E CONSCIÊNCIA


O que faz um povo acreditar no governo que tem? O que faz um povo acreditar cegamente no governo que elegeu? Seria a vontade interior de acertar sempre? Seria o resultado de alguma manipulação midiática? Ou seria uma mistura de desabafo contra o fracasso pessoal diante da dificuldade em obter mais consciência?Cada caso é um caso.

Ao sair do Canadá notei o quanto a população canadense se deixou levar por tanto tempo por um governo manipulador, por um líder autoritário que se auto-promove constantemente e gasta milhões para permanecer no poder, comprando o apoio da oposição e demonizando os bons. Ao chegar no Brasil, pensei que haviam removido as fronteiras, pensei que Canadá e Brasil tivessem se tornado países irmãos, pensei que havia entrado num vôo doméstico em vez de internacional. Vi a mesma estória acontecendo diante de meus olhos.
Como pode um governo de apenas cem dias, sem ter feito nada espetacular, ter o mesmo índice de aprovação de um governo anterior que ficou no poder por oito anos, nas pesquisas de uma determinada empresa, se não houvessem distorções e perguntas tendenciosas que a população menos esclarecida não consegue detectar? Vovó já dizia que o pior cego é aquele que não quer enxergar, mas ela não conhecia ainda a força do dinheiro nem o poder da mídia...

Como pode uma população mundial, vítima da contaminação nuclear de uma única usina japonesa, não se levantar contra a construção de novas usinas nucleares, sabendo que energia nuclear = cancer coletivo? Onde está a consciência que nos foi prometida com a vinda de novas energias cósmicas em 2011-2012? Há que vibrarmos mais fortemente esta nova consciência, aqueles que a tiverem, se quisermos iniciar a transformação dentro de nós como ponto de partida para a consciência coletiva mais elevada. Mais diksha para o mundo!!!

sábado, 2 de abril de 2011

DE VOLTA AO BRASIL


É sempre bom voltar à terra que nos viu nascer, visitar a rua onde crescemos, rever os amigos da infância e da juventude, comer a comida da mãe e abraçar todas as pessoas que amamos.

Há um periodo de readaptação, não só do clima mas também das idéias sustentadas pelo povo, pelos hábitos, pelas limitações e valores humanos de cada um. Em cada encontro, uma saudade, uma reafirmação e renovação, um desfiladeiro de lembranças significativas ou não. Voltar não deveria ter esta definição, uma vez que é um continuar, um caminhar de novos passos e novos projetos, escondendo os desejos mais importantes de nosso coração. É o reencontro com os desejos de cada ser humano.

A elipse pode ser percebida como ciclo, embora não o seja. A volta pode ser vista como retrocesso, mesmo não o sendo. A continuidade da vida não depende nem da geografia nem da percepção. Da mesma forma que o rio que passa à sua frente não será o mesmo rio daqui há alguns minutos, assim também nunca somos a mesma pessoa na fluidez do tempo. Por isso se deve prestar muita atenção no momento presente, para que a vida não se esvaia de nós sem ter sido aproveitada com intensidade.

Toda mudança abre novas portas de oportunidades, novos desafios, novo conhecimento, mas os desejos são os mesmos, ou seja, o desejo constante de querer ser feliz é o que nos move e nos comove. Se a felicidade se basear apenas em eventos externos não terá vida longa e aquilo que carregamos em nosso interior determinará o rumo de nossos passos e o peso ou a leveza da viagem. O que não podemos é parar de caminhar pois a vida é movimento. Para isso fomos criados. Para respirar com a alma. Para pulsar a força vital. Para ser.