DEIXA QUE EU EXPLICO (5)

 

Fora da linha do tempo e fora da percepção de espaço, o que sobra é o movimento eterno da consciência, a pré-existência da Mente Universal, a qual é um estado de vazio, consciente de ser potencial do tudo, antes de ser tudo. Os três estados do “ter”, do “Ser” e do “estar”, elementos fundamentais da existência, saltam quanticamente para o não-existir, sem perder a consciência do Todo. Prevalece o abstrato sem nenhuma necessidade da subjetividade, sem nenhum silêncio. A vida sabe para onde ir ou onde ficar, dentro do conceito abstrato de consciência. Tudo já foi simplesmente energia potencial, antes de qualquer manifestação material.

DEIXA QUE EU EXPLICO (4)

 

Você nunca saberá a quantidade de pensamentos gerados na sua mente. Da mesma forma, você nunca saberá o tamanho de sua consciência. Você nunca saberá se seus pensamentos são mesmos seus. Da mesma forma, você nunca terá certeza de quem você é quando sai de sua identidade. A mente vem e diz “deixa que eu explico”. A consciência não precisa de explicações. Mergulhar no silêncio da vastidão é libertador de si mesmo, principalmente quando abrimos mão dos pensamentos e nos acostumamos com a ausência de nosso cérebro e corpo. A gente não se perde. A gente se desfaz no encontro com a Fonte. A gente vira nada, dentro do tudo que é a Fonte.

DEIXA QUE EU EXPLICO (3)

 

A mente quer saber, não importa onde você esteja, não importa o que você estiver fazendo, não importa se você estiver meditando ou não, ela quer saber de tudo. A mente não sabe ficar quieta por si mesma, ela precisa estar ocupada com pensamentos e interpretações da realidade. A mente quer saber por saber, sem propósito nenhum, pois assim ela permanece no controle de sua vida. Se você vive apenas no aspecto mental, isso não é vida, é pensamento, é construção mental. A mente quer prender tudo e todos. Nossa única libertação da mente é focar conscientemente na existência da consciência.

 

DEIXA QUE EU EXPLICO (2)

 

Sou metade consciência e metade mudança. Dois olhos existem, um para cada dimensão do meu Ser, mas não se trata do olho físico. Ainda que eu cerre meus olhos, a mudança continua nos pensamentos, nas sensações do corpo e das emoções. Ainda que eu me movimente agitadamente, a consciência continua testemunhando o que se passa fora e dentro de mim. Estes dois olhos não são meus nem seus, no entanto eles conduzem os processos existenciais que fluem em cada ser humano como um todo. São olhos energéticos de vasta visão. São olhos cósmicos de tênue liberdade. São olhos mágicos de plena imensidão.

DEIXA QUE EU EXPLICO (1)

 

Pensamentos vem e vão. Sentimentos vem e vão. Pessoas vem e vão. O tempo vem e vai. A matéria vem e vai. A luz vem e vai. Se nada fica, se nada continua sendo como foi gerado, se nada é a mesma coisa para todos e para o tudo, então só existe uma consciência plena que se permite ver na multiplicidade. Tudo é interligado e interconectado a algum centro, movendo-se em camadas concêntricas. Se vida é movimento, nada cessa em existência somente porque mudou a testemunha dos movimentos. Uma camada pode ter o tamanho de uma galáxia. Uma direção de movimento pode persistir além da linha do tempo. Tudo o que nos parece mensurável, continua existindo depois que cessamos de vê-lo.

OS HÁBITOS

 

O hábito é um roteiro, automático ou inconsciente. Ele nos leva à ação, nos arrasta na linha do tempo, nos iguala à maioria, ignorando a importância do planejamento e do estar presente. O hábito concentra o foco da atenção nos cinco sentidos para se preservar no ambiente. Sendo automático, o hábito não tem comando nem poder de troca. Sendo inconsciente, não tem percepção de si mesmo, muito menos das consequências de seus atos. Os hábitos mentais são os piores, são feitos de raízes e garras com a função de estrangular a criatividade. O hábito é um comportamento pobre de essência.

O FASCÍNIO DAS OPORTUNIDADES

 

Quando você olha para sua estória de sucesso, surpreende-se com os resultados. Tal surpresa se dá por você ter focado na caminhada e não tanto no destino de chegada. Você curtiu a viagem, saboreou cada segundo, aprendeu lições de cada encontro, vivenciou cada oportunidade sem julgamento. Assim como na matemática escolar, você somou pequenos passos contínuos, sabendo que os números são infinitos, sabendo que tijolo sobre tijolo forma uma parede e um templo, sabendo que na estrada da vida não podemos parar se quisermos ir mais longe, tudo isso sem desanimar. A vitória é sua por ter sua assinatura.

O QUE FARIA?

 

Se você soubesse o que ninguém sabe, o que nenhum cientista descobriu ainda, o que nenhum profeta profetizou; se você soubesse o que ainda não foi revelado a poucos, o que não foi permitido a ninguém saber, o que altera toda a sua percepção de verdade ou realidade e o coloca em conflito com todo o seu conhecimento anterior; se você não fosse mais quem pensava ser, não se visse mais no espelho, deixando de existir para o mundo sem deixar de estar consciente de si mesmo, o que você faria a partir desta constatação? Permaneceria suspenso naquilo que sobrou de você ou recomeçaria todo o processo de ilusão?    

 

CADA COISA EM SEU LUGAR

 

A realidade só é possível diante da relação tempo-espaço. A realidade se faz por quem a testemunha, ainda que nem todas as testemunhas vibrem nas mesmas frequências ou existam nas mesmas dimensões. A realidade é a possibilidade da identidade se ver através dos sentidos. Sem testemunhas, a realidade deixa de existir e volta a ser fluxo de consciência, ordenada por leis universais e comandada pela Mente Universal. É necessário que tempo-espaço colidam e colapsem, para que a identidade possa vivenciar temporariamente um lapso de iluminação. A realidade existe para as criaturas. A consciência existe para o Criador.

A LEI DO MENOR ESFORÇO

 

“Enquanto você se esforça fisicamente, se extenua muscularmente, se desgasta mentalmente e se suga emocionalmente, o repouso se senta ao seu lado e dá gargalhadas”.

 

 

ESCOLA DIFERENTE

 

A Humanidade ainda não sabe ser humanitária, não aprendeu a pensar no bem de todos, não tem consciência de que todo e qualquer ser humano tem os mesmos direitos de ser feliz, de ser ouvido e ser atendido. A Humanidade não aprendeu a ser una, uma vez que só tem olhos para o que lhe convém, só tem ouvidos para o que lhe interessa, só tem boca para suas crenças pessoais e só tem mãos para sua conquista e controle dos outros. A Humanidade ainda frequenta a escola, tira notas baixas, confunde o entendimento do desconhecido, mata as aulas mais importantes, mas tem medo da prova final. Há muito que aprender.

ANÁLISE SIMPLES

 

Um passageiro ao meu lado puxou conversa sobre a realidade em que vivemos. Era um homem muito simples, mas inteligente, com boa percepção do que se passa no mundo. No meio da conversa ele pediu desculpas se penso diferente dele, mas admitiu que o planeta está mesmo super populoso, com muita gente sem propósito de vida, sem respeito pela vida dos outros, sem valores humanos ou sem alma - ele usou as palavras desumanos e desalmados – muitos corruptos, muita gente destruindo a raça humana sem a menor noção de consequência, cérebros facilmente passíveis de lavagem narrativa, concluindo estar mesmo na hora de uma limpeza. Depois que ele se foi, fiquei encabulado.

TROCA DE PERCEPÇÃO

 

Ao pensar que riqueza não é para você, justiça não será feita para si, emagrecer não é acessível a você, perdão não tem chances em sua vida, relacionamento saudável não conhece seu caminho, sucesso é meta inalcançável ou que transformação não acontece para todos, é sinal de muita descrença em sua mente. Você se confundiu com os pensamentos limitantes e eliminou a entrada de infinitas possibilidades em seu futuro; você desprezou as lições de seus erros e não validou as experiências positivas para tornar-se vítima das circunstâncias. Você não é cobra, mas passou da hora de trocar sua pele.

TEM QUEM PENSE ASSIM

“Enquanto você discute e se enraivece sobre política, o tempo vem nos avisar que seu tempo poderia ter sido usado de maneiras mais produtivas”.

“Enquanto você agride com palavras tóxicas e acusatórias, seu corpo vem lhe dizer que é ele quem paga primeiro sua atitude desequilibrada”.

O SAMBA DOS SENTIMENTOS (5)

 

O sentimento tem rodas. Nasceu para alcançar alguém. Vai de coração em coração, de boca em boca, olho no olho, de porta em porta, de corpo a corpo, de palavra em palavra quando precisa ser validado. Mister saber que sentimento tem fôlego curto, para ceder lugar a novos e outros sentimentos que também imploram por existência. Os sentimentos nos respiram e nos permitem exalar o que somos capazes de cocriar. Sinto um tanto de Deus no sentimento, um exercício de plenitude sem necessidade de palavras, exatamente por bastar-se à margem da poesia. Da próxima vez que eu pegar um sentimento desprevenido, vou lhe fazer cócegas até ele desmaiar de prazer.

O SAMBA DOS SENTIMENTOS (4)

 

Ainda não inventaram sentimentos sintéticos para emprestar à inteligência artificial, ponto de vantagem para nós humanos. Os sentimentos nos tornam mais verdadeiros, mais autênticos diante do inevitável, mais criativos e sensitivos na hora das trocas afetivas. Somos espontâneos diante deles, somos curiosos e inocentes ou tolos de paixão por atenção. Com eles ganhamos, não importa o quê, mas ganhamos. Sentimento tem este poder de receber, de acolher e ser acolhido, de incitar respostas internas ou de arrancar revelações comprometedoras. Sentimento tem a magia da transformação diante dos olhos, tem o rasgo ensolarado da gratidão, tem o perfume das tardes mais descomprometidas. Os poetas sabem disso e por isso escrevem sobre essência e substância, sobre o nada e sobre o tudo, sobre o que será e o que não foi. O sentimento nos humaniza em projetos poéticos de bem viver.

O SAMBA DOS SENTIMENTOS (3)

 

Os sentimentos não possuem medida determinada. Eles se permitem a pequenez e a grandeza. Um olhar de filho no colo da mãe tem estas duas medidas. Uma prece do coração, também. Dependendo do container, ele só quer ficar quietinho ali dentro, existindo sem ser incomodado, ou então só quer extravasar para ser notado na falta de palavras específicas. Muito sentimento, pouco sentimento, é indiferente quantificar o que se sente, ainda que afirmemos sentir muito amor ou receber pouco carinho de algumas pessoas no estado comparativo. Por isso os poetas os escondem debaixo da pedra no caminho, ou os espalham no morro dos ventos uivantes em cem anos de solidão. Por isso a natureza os domina com maestria em cada orvalho, em cada estrela cadente, em cada canto de pássaro, demonstrando seu sentimento de glória pelo Criador. É na aura das pequenices que o sentimento se faz gigante.

O SAMBA DOS SENTIMENTOS (2)

 

Tem gente que retira o sentimento do passado, reciclando fatos e memórias. Outros andam com ele no bolso, prontos a efetivar trocas. Há quem troque de sentimentos como se troca de roupas. Conheço pessoas que utilizam o sentimento para se expressar, ao se sentirem vivas. Ouvi falar de pessoas que mascaram sentimentos, camuflam, enfeitam com batom e brilho, tomam emprestado algum sentimento alheio de beleza. Filmes, novelas, livros e namorados adoram brincar com sentimentos, amam expor o que vem de dentro sem saber onde aterrizarão ou encontrarão pouso. Eles são filtros da realidade para pessoas mais sonhadoras. Tornam-se ausentes na vida de egoístas e juízes contumazes. Os sentimentos procuram por pintores em cada tela, por artistas em cada ato de criação, por escritores em busca da verdade. A gente já nasce com eles, abrindo a boca na primeira respiração após o parto. Depois, ele se faz presente nos tombos antes de aprender a andar, no primeiro dia de ir à escola, nos castigos paternos e na saudade materna. Sentimentos nos acompanham sem permissão, estão lá e pronto. Eles querem fazer de nossa vida um sopro de poesia, com a mesma força dos versos. As vezes penso que são eles que nos carregam no bolso.

O SAMBA DOS SENTIMENTOS (1)

 

Tudo se arruma ou se desarruma, mas se tem uma coisa que me encanta, é ver o poeta arrumar sentimentos em beleza, através das palavras. Sentimento pode vestir-se de miséria ou de nobreza, andar nu ou de manto cravejado por diamantes, sem perder a pose, sem cair do galho. O sentimento exige que dele lhe cuidem. Por obra do poeta, sentimento pode perverter a gramática em nome do resultado poético, pode surpreender ao leitor pela introdução de uma memória coletiva, pode imaginar o inimaginável sem causar espanto ou escárnio. Sentimento tem personalidade forte, tem garras de demonstração pública, tem intimidade com a solidão e com os quartos vazios. Sentimento escorre nas veias ou no rosto, sempre para baixo, sempre em busca do coração.

FATOS E EVIDÊNCIAS NA MESA

 

Se os fatos, ao nosso redor, são reflexo do que existe em nós, então os fatos não são apenas fatos, são percepções de quem os olha. Se as evidências são indicações de que algo aconteceu ou está acontecendo, então as evidências não são fatos, são projeções de quem as interpreta dentro de um grupo específico de percepções. Um fato ou uma evidência não são nunca apenas um fato ou uma evidência em si. Nada é apenas o que parece, nada é apenas a interpretação racional de uma pessoa, nada é verdade apenas porque uma percepção o interpretou. Tudo é o que é e mais alguma coisa, menos o que poderia ter sido.

 

 

A SABEDORIA BATE À NOSSA PORTA

 

Entre tantas escolhas conscientes e saudáveis, a gente não tem poderes sobre se vai morrer ou nunca morrer. A gente não tem poderes de afirmar e provar o que existe após a morte. No entanto, cabe a cada um de nós escolher se queremos viver uma vida medíocre ou fazer diferença no ambiente que povoamos. No fim das contas, o maior diferencial ou a melhor guiança na trajetória de nossa vida aqui na Terra continua sendo nossas escolhas pessoais.

 

PARA QUÊ?

 

Para que tocar música humana, se o Universo não cessa de tocar sua música das esferas... Para que falar, se tudo o que precisa ser dito já foi verbalizado pelo verdadeiro amor... Para que batidas eletrônicas, se o coração já bate certeiro suas notas primais... Para que ruídos de máquinas, carros, aviões, se as galáxias se movem sem incomodar os vizinhos... Para que discussões e barracos em público, se a sabedoria incomoda aos ignorantes e resgata aos prudentes... Para que adulterar ou acelerar os ritmos, se os fluxos da vida conhecem o seu destino...

 

BORA PENSAR

 

Enquanto você carrega a bateria de seu celular, tire alguns minutos para refletir sobre algo que jamais você conseguiria refletir, se estivesse sendo segurado por um celular:

“A vida tem muito mais a nos oferecer do que todos os recursos de um telefone celular”

 

SAINDO DO ESCONDERIJO

 

Cada um tem o seu, aquele lugar onde você não mostra todo o seu conhecimento por timidez ou insegurança; onde você não demonstra todo o seu potencial porque alguém está com o microfone na mão; onde você sai de cena porque as pessoas já estão distraídas com algo mais. O ser humano nasceu para se comunicar, desde o primeiro diálogo entre Deus e Adão até o desenvolvimento de qualquer recém-nascido. Fora do esconderijo, o que sobra é uma vontade nata de se preservar, ou para se proteger ou por valorizar excessivamente o conhecimento que se tem. Porém, nada justifica seu encolhimento ou retração. O mundo precisa lhe ouvir.

NOTÍCIA ANTIGA

 

“Fósforo queimado” era expressão antiga para impotência sexual. Devido ao uso popular das caixas de fósforo, a expressão se espalhou e quase se tornou ofensiva. Indicava desde ejaculação precoce até impotência, por acender apenas uma vez e nunca mais. Em um país de homens machistas, em uma cultura patriarcal, a virilidade era o documento mais credível da identidade masculina, tornando-se motivo até para assassinatos de quem a ofuscava publicamente. Em verdade, os farmacêuticos criavam fórmulas com sais fosforados e vitamina E, propagando a crença de que impotência tinha tudo a ver com nervosismo, ansiedade e cansaço mental.

 

A RODA DOS DESEJOS

 

Desejar, todos desejamos. Quem encontrou seu lugar, deseja um dia partir. Quem encontrou sua sombra, deseja um dia tornar-se algo diferente. Quem deseja por muito tempo, deita-se em algum lugar na espera de ser atendido. Quem pensa que entendeu, deseja outros pensamentos. Quem falou o que não queria, deseja se retratar para si mesmo. Quem tomou a decisão precipitada, deseja não ter tomado. Quem se deu conta da velocidade do tempo, deseja mais tempo para novos propósitos. Quem se sente só, deseja um outro destino. Quem abandonou algo bom, deseja novos abandonos. Quem se viciou, deseja abraçar a impulsividade. Quem guardou os sonhos na gaveta, deseja não ter sonhado. Desejar, todos desejamos.

A QUALIDADE DAS PALAVRAS

 

O que você fala lhe empodera? incentiva? equilibra? ilumina?  O que você fala lhe faz uma pessoa melhor e mais sábia? Mais verdadeira? Mais divina? O que você fala tem poder de cocriação instantânea? De tornar-lhe protagonista do próprio destino? De encantar corações e mentes? O que você fala tem repercussão positiva? Tem consequências admiráveis? Tem beleza e poesia? O que você fala merece o tempo sagrado dos ouvintes? Merece o solo sagrado das realizações? Merece a conexão divina que lhe sustenta a vida? Pois saiba então, você tem o poder de escolher melhor suas palavras.

COMPLETUDE E VAZIO

 

Nem tudo o que nos complementa, substitui o vazio. Há um apego à falta que insiste em perdurar na memória emocional, até mesmo depois de preenchido o vazio. Há um questionamento de como deveria ter sido, de como poderia ter ocorrido se tivéssemos sido atendidos nas carências secretas. O que nos complementa, em verdade nos acalma, mas não nos cala. O que nos complementa, nos ata ao conformismo criado. O que nos complementa, cria novos espaços vazios para que a vida continue pulsando possibilidades infinitas.

 

SALTO NO VAZIO

 

Quando a realidade muda sem nossa busca ou ajuda, quando o mundo muda aceleradamente, quando nossas amarras se soltam diante da necessidade intensa de sermos felizes, arriscamos um salto no escuro ou um salto no vazio. A ansiedade era consciente até então, mas agora é interiorizada. Se tal questionamento produzir reflexões profundas, o salto será dado em confiança e entrega à Deus. Se tal questionamento for raso ou interrompido, a pessoa se sentirá perdida, primeiro por não saber aonde se encontra, segundo por não saber onde quer chegar. Tudo é um salto constante de processos disponibilizados pela vida.

 

FEVEREIRO É MÊS DE CORAGEM

 

Explorar nosso potencial é passo importante para irmos à luta na vida, sempre que ela nos revelar infinitas possibilidades. Este potencial remove obstáculos e pessimismo, acordando nossa inspiração e autoconfiança para começar hoje mesmo aquilo que decidirmos. Nossa parte é criar o alicerce emocional e mental para que algo ganhe forma, em conjunto com a clareza do projeto. Saber o que se quer e onde se quer chegar, torna-se mensagem energética para o universo, uma vez que ele reconhece tal alinhamento com a abundância. Janeiro já se foi e muitas pessoas perderam o trem da história. Fevereiro será diferente, será potente, será revelador, será eficiente e corajoso.

FEVEREIRO É COMBUSTÍVEL

 

As energias deste mês de fevereiro são motivacionais, servindo para impulsionar nossos projetos e encorajar nossas ações. O fogo simbólico do Dragão que o rege está pronto para atuar com poder e magia. Definitivamente as pessoas sentirão a necessidade de novos começos, de forma bem vibracional, de maneira energizada, sem saber de onde vem tamanho manancial de força realizadora. Aproveitemos este embalo, este abraço acolhedor do Universo, este reabastecimento de esperança e lucidez para fazer acontecer tudo aquilo que pode nos levar a patamares mais altos de crescimento.

 

FÉRIAS NO LITORAL

A rede de balanço é o próprio chão para seus movimentos de vai e vem. As ondas do mar balançam a si mesmo no chão de areia. Mesmo que pareçam repetitivos, os movimentos da rede são diferentes, uns mais longos, outros mais curtos, uns mais fortes, outros mais fracos, uns mais rápidos, outros mais lentos, gerando a cadeia alimentar dos pensamentos. Na falta de alguém para nela balançar, o vento toma conta de seus movimentos sutis. O mar se move incessantemente, criando marés e ondas espumantes, beijando rochedos e orlas, gerando a cadeia alimentar de seus habitantes marítimos, tocado pelas correntes de ventos e guiado pelas estrelas e lua. O que eles têm de contrários é a própria existência, com a humanidade ausente ou presente. A rede se move para os homens. O mar se move para a vida.

 

FEVEREIRO CHEGOU

 

Fevereiro 2024 chegou e com ele nos trouxe altas vibrações de boa disposição física, otimismo, ânimo na alma, alegria de estarmos vivos, consciência desperta para manifestar o que sonhamos, perseverança para praticar resiliência, vontade forte de mergulhar no interior de nosso Ser, iniciativa para plantar sementes de união, contato maior com a natureza para aterramento energético, ressignificação dos espaços internos, abertura do coração e muita fé no Criador para compreender finalmente que para Ele vivemos, e tão somente para Ele. O resto é distração e ausência de paz.

METAFOREANDO A CHUVA

 

Um raio rasga a noite, juntando-se a outros raios e prenunciando a chuva. Quem o vê ou escuta, entende a mensagem. O clarão revela as condições propícias para uma forte chuva, sobre a qual os pobres mortais nada podem fazer para impedi-la. Nuvens misturam suas cargas elétricas, efusivamente. A natureza desencadeia processos, conhecedora do que veio antes e do que virá. O raio se foi, cumprindo o papel de arauto. A nuvem escura se liquefaz, espalhando gotas pelo espaço vazio. Outras nuvens se aproximam na fila de espera. Clarões se revelam momentaneamente, superando a iluminação artificial das cidades, feito dia. Trovões contam estórias na mente das crianças temerosas, ora espaçando-se, ora se aglutinando, enquanto a calmaria não vem. Acima do chão, chove uma metáfora da vida.

UM NOVO MOMENTO

 

Nós, humanos, estamos perdendo contato com a realidade e a consequência natural desta distorção é nos afundarmos na falta de responsabilidade como cidadãos. Se perdemos a capacidade de ler a realidade como ela é e não como ela se apresenta distorcida, perdemos também o foco, a concentração, a objetividade, a razão, o bom senso, a coragem e a iniciativa. A conta um dia vai chegar com juros e correção monetária. A humanidade está sem noção, perdida, apática, neutralizada por uma chuva de narrativas falsas sobre o que seja verdade e o que seja mentira. Faltam líderes, falta-nos pegar visão de consequências da nossa omissão, falta-nos união.