Sim, que haja a força do
SIM em sua vida em 2025 para todos os seus sonhos, todos os desejos do seu
coração, a tudo o que você merece.
FELIZ 2025
Sim, que haja a força do
SIM em sua vida em 2025 para todos os seus sonhos, todos os desejos do seu
coração, a tudo o que você merece.
FELIZ 2025
Há pessoas silenciosas
que nos socorreram durante o ano que agora termina. Pessoas que rezaram por
nossa vida e saúde, sem sabermos. Pessoas que prepararam nosso alimento, sem
reclamação. Pessoas que tornaram nosso sonho possível, sem aparecer na equação.
Pessoas que vibraram com nosso sucesso, ainda que distantes. Pessoas que nos
enviaram boas vibes quando souberam de nossa transição difícil. Pessoas que
falaram bem de nós e nos defenderam em nossa ausência. Pessoas que moveram os
pauzinhos para abrir nosso caminho de oportunidades. Pessoas que nos levaram ao
céu em poucos minutos de riso. A estas pessoas silenciosas, hoje dedico a
gratidão mais elevada e o barulho de satisfação que bate em meu coração.
A vida é feita por
blocos de experiências e tijolos de aprendizado. Se nela houver paredes, será
para proteger o essencial que validamos. Se nela houver portas, será para
receber velhos e novos amigos do bem. Se nela houver janelas, será para
contemplar o perto e o distante com a mesma receptividade. Se nela houver
telhado, será para descansarmos na noite escura dos desafios. Se nela houver
quintal, será para pendurar nossas melhores memórias. Se nela houver você, será
para praticar o amor e o respeito em nossas interações. Se nela houver um
pequeno altar, será para lembrar nossa pequenez diante da majestade de Deus.
Quero reviver em 2025 os
abraços fraternos e calorosos que recebi no ano anterior. Quero repetir minhas
palavras mais doces e perfeitas. Quero mergulhar novamente nas profundezas de
discernimento em que me atirei em 2024. Quero rezar para o mesmo Deus, me
segurar nas mãos dos mesmos Anjos, deitar minha cabeça no colo dos mesmos
Mestres, me deliciar nas ondas da mesma fé que proferi. Quero fazer novos
amigos para mostrar a eles como sou abençoado pelos amigos que já tenho. Quero
repetir o meu Ser diante do espelho da eternidade, pois que encontrei de fato a
luz de minha Essência. Se você fez parte de minha caminhada em 2024, saiba que
seu lugar em 2025 já está garantido.
Se chover muito em 2025,
que saibamos o valor das relações humanas. Se houver muita seca, que saibamos
regar a esperança e o cuidado pela natureza. Se surgirem muitos focos de
incêndio, que saibamos apagar o fogo com a mesma pressa com que apagamos nosso
desejo carnal. Se sofrermos muita injustiça, que aprendamos o valor supremo da
liberdade. Se passarmos por distanciamento social ou afetivo, que saibamos nos
comunicar melhor. Se enfrentarmos dificuldades financeiras, que saibamos dar a
volta por cima com criatividade e inteligência. Se vencermos financeiramente,
que saibamos compartilhar e acumular com prudência. Se terminarmos o ano 2025
com muita saúde, saibamos agradecer o maior tesouro desta vida.
Devemos ter sabedoria e
fortaleza para enfrentar em 2025 o que for maior do que nosso querer, o que for
aquém de nossas expectativas, o que for além de nossas possibilidades, o que
for distante de nosso controle, o que for sina ou destino. Devemos ter
sensibilidade para a dor dos outros, para as perdas irreparáveis, para o
desespero de alguns que tombarem, para anjos humanos que quebrarem suas asas.
Devemos ter discernimento para pensar sem sofrer manipulação de outrém, para
decidir por nós mesmos, para saber diferenciar o humano do desumano, para
separar o joio do trigo. Saibamos estar sempre no lugar certo de acordo com nossa
consciência, na hora certa de acordo com nossa atenção e intenção, no tempo
certo de cada semeadura e germinação. Saibamos saber e saibamos querer.
O ano 2024 me ensinou
muitas coisas boas. Com ele e com pessoas maravilhosas ao meu redor, eu aprendí
o valor da persistência, da determinação, do foco nos sonhos ainda que os
outros nos desencoragem a prosseguir. Com estas pessoas aprendi a importância
de participar de um grupo de apoio mútuo, de trocar experiências e aprendizado,
de investir no crescimento pessoal. Com muitas pessoas aprendí que cada vez
mais podemos trocar o medo pelo amor, a dor pela ressignificação, a ignorância
pela sabedoria, a escassez pela neuroplasticidade, a desesperança pela
aceitação. Muitos demonstraram como estive no caminho certo, como ofertei a palavra
saudável, como me alimentei do pão divino, como respirei a paz e como fui ponte
para quem não tinha horizontes. Eu fui caminho e tornei outras pessoas em
pontes.
Se alinhar com o dono do
tempo e do espaço é nossa opção celestial. Se alinhar com o magnetismo da Terra
é garantia de sobrevivência. Se alinhar com os valores da Alma é alimento
fundamental de nossa Essência. Se alinhar com a energia transformadora do
futuro é nossa obrigação mínima. Cada Ano Novo exige de nós novos alinhamentos
e alguns realinhamentos do que saiu do controle. Cada ano Novo convida-nos a
exercitar capacitações diante da abertura a novos conhecimentos e descobertas.
Ao mesmo tempo, aquilo que não for novo, for comum e familiar por exemplo,
também merece o realinhamento pelo compromisso de permanecer com função.
Resumindo, cabe aos olhos atentos e às mãos promissoras todo o trabalho a ser
realizado de agora em diante. Trabalhemos com afinco e prazer em 2025.
Meu querido Ano Novo,
eis-me aqui para recebê-lo como se recebe a um filho recém nascido. Sou eu quem
vai cuidar de você, limpar suas falhas, trocar suas inconveniências, educar
suas energias, conduzir seus passos, ensinar-lhe as melhores palavras e os
melhores conceitos. Sou eu quem vai amar os seus dias, suas surpresas de
crescimento, suas vontades de ser livre e feliz. Sou eu quem vai lhe apontar o
melhor caminho e estimular as melhores escolhas. Sou mãe e pai de sua existência
única. Vamos nos apoiar, nos acalentar, nos motivar, nos fortalecer diante do
desconhecido. Vamos juntos construir a tal da felicidade e pintá-la com as
cores da prosperidade. Pode entrar que a casa é sua!!!
O ano 2024 agora
representa o passado e com ele deixamos para trás tudo o que não nos serve
mais. Deixamos para trás as experiências todas, para que nos abramos à novas
experiências de vida. É assim que se trata o passado, como passado, como algo
que já teve a sua chance de falar alto e agora merece descanso eterno, pois a
ele somos gratos. O ano 2024 só existe na memória da linha do tempo. Ele já
teve o seu tempo e seu momento. Valorizamos agora quem somos, quem nos tornamos
após estas últimas experiências. Valorizamos os espaços abertos que aguardam
nossa ocupação e utilização. Valorizamos a vida no instante do aqui-agora, sem
data, sem agenda, em puro fluxo. Valorizamos somente os fluxos da vida que nos
alcançam. Valeu, meu passado querido!
À todos os nossos
Leitores, Amigos, Clientes, Parentes, Colaboradores, Apoiadores e Alunos, agradecemos
imensa e alegremente por terem cruzado nosso caminho, com a esperança de que
continuem esta interação, pois tiveram inegável participação em nosso
crescimento profissional e pessoal. Que os bons ventos de 2025 levem para
sempre o que não mais for necessário em suas vidas e tragam prosperidade, saúde
e consciência sob as bênçãos de Deus.
Feliz 2025!!!
Este ano será lembrado
pelas enchentes trágicas no Rio Grande do Sul e pelas queimadas criminosas por
todo o país, pelas enchentes torrenciais na Espanha e na China, pelas chuvas
tecnológicas nos desertos, pela derrota eleitoral de Maduro na Venezuela e pela
vitória eleitoral de Donald Trump nos Estados Unidos que também foi nomeado a
Personalidade do Ano, pela deposição do tirano Assad na Síria, pela cadeirada
de Datena sobre Pablo Marçal, pelo fato do Mickey Mouse se tornar domínio
público, pelo salto de vara que não deu certo nas Olimpíadas por excesso de
corpo, pela queda de um avião em Vinhedo-SP matando 62 pessoas e outro voo na
Coreia matando 179 passageiros, pelas festas satânicas e tráfico de corpos na
mansão do cantor Diddy, pela morte de Silvio Santos, pelos drones que podem não
ser apenas drones em Nova Jersey. Tudo isso são sinais de um ano vindouro
ofegante e veloz.
Arte significa
diferentes ideias, tanto para os críticos que as derrubam quanto para os
artistas que as concebem como um filho amado. Arte significa diferentes coisas,
tanto para o passado quanto para o presente. Arte significa diferentes coisas,
tanto para o ignorante quanto para os amantes da história da arte. Existe lugar
para todo tipo de arte como expressão humana, tecendo toda a complexidade e
simplicidade do que somos ou podemos vir a ser, reforçando nosso direito de
escolhas. É esta complexidade que dá sentido teórico, apresentado em diferentes
formas e cores, estilos e técnicas. Ela é um exercício pleno de significação.
Cada um a entende como consegue e pronto, mas quem a reconhece é a história das
civilizações.
Agora são muitos os
olhos para se contemplar um pedaço universal de arte. Os olhos da mão tateiam
texturas e relevos. Os olhos meninos vasculham familiaridades excêntricas. Os
olhos da pele arrepiam pelos e temperaturas. Os olhos da medida conferem
proporcionalidades. Os olhos inquietos procuram por movimentos e curvas. Os
olhos da face contemplam beleza e simetria. Os olhos do Subconsciente navegam
por símbolos e signos. Os olhos do Inconsciente atravessam véus da paisagem
interna. Os olhos da Alma decifram códigos da ancestralidade. Os olhos do
ouvido revelam sons ensurdecedores da colagem. Os olhos do olfato se deliciam
com fragrâncias subjetivas. Os olhos do silêncio se encontram no infinito. A
arte é sutil por excelência.
Se antes nos convencemos
de que o Homem é o epicentro das artes, agora subimos mais um degrau de entendimento,
incluindo a alma como mãe de qualquer ato de inspiração. A arte é a melhor
linguagem da alma, não só humana, mas a alma dos seres viventes. A formiga é
arquiteta e entende de estratégia para evitar que a água da chuva inunde seu
formigueiro. A abelha entende de figuras geométricas para arquitetar sua
colméia. A lagarta entende de instalação artística ao se envolver no cocoon de
seda. A borboleta é uma flor que saiu voando. A aranha se diverte na construção da teia e na colheita de seu trabalho.
A arte pertence a todos que a abracem com dedicação. Haja olhos para contemplar tanta beleza.
Já vimos elefante pintar quadros, chimpanzé desenhar e ter seus desenhos leiloados, cão observar
artista e depois pintar a própria arte, rinoceronte idoso segurar o pincel com
a boca e fazer seus desenhos. Estamos falando de sensibilidade, de intuição, de imitação, de
alma ou anima. Se o Homem é o epicentro das artes, seu miolo de criatividade é
a sensibilidade aliada ao trabalho. Este miolo tem fluidez natural, tem
habilidades de observar, reter, repetir gestos, tem capacidade de organizar
traços e combinar cores. Este miolo exerce suas faculdades de forma atemporal.
Basta concentrar atenção na tela em branco e, de repente, surge a necessidade
de preenchê-la com algo, pois o vazio tem vida própria e nos chama a criar ou
ocupá-lo.
Nunca fale mal da arte
de ninguém, da mesma forma que não é belo falar mal de alguém simplesmente
porque não se enquadra em seus valores ou visão de mundo. Arte é reflexo,
projeção, continuação, revelação, investigação, representação e reapresentação.
Qualquer pedaço artístico irá dar significado à alguma parte do Todo e mais
tarde poderá fazer falta ao entendimento de uma época. A arte só é única e individual
para o momento, tornando-se coletiva ao ser vista por pessoas que a encontrem
no olhar. Dentro desta pulsação, de única para o Todo e vice-versa, o ponteiro
do pêndulo se chama Homem e o olho físico busca desesperadamente se encontrar
com os olhos da alma.
O elemento que mais
sobrepõe-se ao artista chama-se cor. Por ter frequências diferentes e
significados psicológicos, cada cor tem vida própria. Além de conduzir as
sensações e percepções do artista, a cor avança na direção de novas composições
e combinações, como se falasse ou tentasse comunicar seu poder sobre as mãos
que a descobre. Quem manda na tela é a cor. Por isso cada sentimento humano,
sendo frequencial ou vibratório, identifica-se com sua cor correspondente. A
cor pinta não apenas a tela exterior, mas também colore a tela mental do
artista e seu coração. Pintura é metalinguagem a revirar conceitos.
O papel de cada estilo
ou movimento artístico que surge é promover a renovação de pontos de vista.
Sim, a arte sempre se revisa para respirar e continuar vivendo. A arte precisa
viver pois é a respiração da mente criativa. Não se interrompe o morto, mas se
rompe com o vivo a cada instante de criação. Há um espírito de Shiva em cada
artista, destruindo para construir e construindo para destruir, pois o que
importa é a ação criativa. Há um espírito de Cristo em cada artista,
sacrificando o próprio trabalho cultural para ressuscitar Fenix nas pinceladas.
Há um espírito de Maomé em cada artista, permitindo escorrer leite e mel dos
relevos nas manifestações dinâmicas e transcendentais. Afinal, arte é
regeneração.
Natal é tempo de luz, tempo de demonstrar o lado iluminado de nossa espécie. Cada pessoa lança luz e olhares naquilo que valoriza mais nos relacionamentos afetivos, seja o pertencimento, a gratidão, a caridade ou o amor. Quem dá a medida certa de cada escolha e manifestação é o coração das pessoas. Desejamos que neste Natal haja muita luz onde dela mais necessitam... que haja muito pertencimento naquelas famílias que um dia se afastaram... que haja muita gratidão na mente daqueles que foram beneficiados em 2024... que haja muita caridade onde crianças carentes acreditam em Papai Noel...e que haja muito amor nos lares e corações daqueles que participaram das atividades inspiradoras e transformadoras, do Movimento Bioplenitude.
Um Feliz Natal!!!
Benedito José
Por estar contido dentro
de civilizações e contextos históricos, a arte sempre teve e tem a opção de
representar ou não sua realidade como ela é, seguindo ou combatendo os
princípios defendidos em seu tempo pela política e pela religião. Se é para
representar o Homem, há que se mostrar sua pluralidade, estilização e cultura
expressa. Se a religião queria ganhar fieis, usava a arte. Se certos políticos
queriam permanecer no poder, compravam a arte que os representava melhor,
criando mercado e fama para elas. Com técnica ou exagero, cada instituição
ditava rumos para a arte de seu tempo.
Se a arte vem do Homem,
ela vai também para o Homem. Se o artista se consome durante a produção e se
compraz e extasia diante da obra pronta, esta mesma função se dá a quem se
permite contemplá-la. Uma transformação silenciosa percorre a consciência do
admirador, removendo preconceitos e criando portas abertas ao novo, trocando
conceitos de lugares para obter novos pontos de vista, gerando alegria e
surpresa ou espanto saudável. É uma experiência de realidades simultâneas, um
exercício de multidimensionalidades, uma viagem pelo hiperespaço dentro e fora
de nós. A arte proporciona a todos um acesso à unicidade, ao Todo.
A arte mora em cada ser
humano. Basta fechar os olhos e ver o que não existe, pintar o que sente mas
nunca viu, abrir os olhos da tinta e pincelar com a retina, derramar cores numa
brincadeira de criança, transitar movimentos sem caminhos conhecidos, pausar
para mergulhar na perspectiva, introduzir camadas em cada espaço vazio, dar
forma perene ao provisório, emprestar vida à tudo que pre-existia como
potencial. A arte habita o silêncio e a infinitude. A arte quer morar nos
sentimentos de quem a vê. Ela pulsa parada, repousa pulsando, ecoa barulhos e
recolhe tambores de contextos. O maior artista de todos, o Criador, quer se
perpetuar em nós. Deixemo-lo fluir.
Se vivemos num mundo
preenchido e movido pelo princípio da incerteza, nada mais plausível do que
explorar este princípio dentro das artes visuais. Não basta buscar explicações
sobre o desconhecido, pois ele abarca um novo oceano de conhecimento inédito.
Assim também se dá com as artes. Paradoxos e paradigmas pedem passagem.
Técnicas novas se manifestam. Combinações exóticas ou absurdas ganham espaço e
voz. Artistas se encarregam de trazer novas linguagens para o campo das ideias.
O inconsciente coletivo se impõe diante do novo e defende a comunicação, com um
olho na verdade e outro na imaginação. O Homem nunca deixará de ser o epicentro
de si mesmo.
Considerando o Homem o próprio epicentro de sua arte, há que se concluir que “valor” é algo que se dá até ao ponto de ultrapassar o valor numérico ou financeiro e se tornar inestimável. O que tem valor para uns, não tem valor para outros que possuem outra escala de medida. O que é inestimável para uns, nem sempre se coloca à venda. O que tem valor emocional para uns, pode não ter qualquer valor comercial. O que não tem valor aos olhos do apreciador comum, pode ter valor incalculável diante das mãos e dos olhos de um profissional da área. O que não tem valor hoje, poderá alcançar precificação estratosférica no futuro. Por isso e por outros motivos a arte contemporânea prefere valorizar quem teve a audácia de fazer primeiro, seja uma banana na parede pregada com fita crepe, seja aquela ideia que você permitiu dar vida antes de todos.
O mundo fala guerra, a
arte fala a paz. O mundo faz a discórdia, a arte faz a inclusão. O mundo grita
o consumismo, a arte berra a sanidade. O mundo quer mais do mesmo, a arte se
renova. O mundo repete os vícios, a arte percorre o indescritível. O mundo
rejeita a verdade, a arte se impõe altiva. O mundo classifica os cúmplices, a
arte desafia os covardes. O mundo elogia o manipulavel, a arte quebra
paradigmas. O mundo escorre sangue, a arte escorre tintas e cores. O mundo cala
vozes, a arte dá voz a quem tem o direito de existir. O mundo é assim, nunca
aprende a respeitar a vida. A arte é assim, sempre dá um sopro de vida ao que
existe e não foi notado. A arte nunca irá se calar.
Transforme sua
criatividade em atividade artística. Transforme sua ação em pesquisa de
materiais. Transforme sua investigação em conceitos focados. Transforme a
mensagem conceitual em formatações coloridas. Transforme as formas em impacto.
Transforme o impacto de sua mensagem artística em função. Transforme a função
aceita pelo mundo em paixão. Transforme a paixão de trabalhar com o mundo em
missão de vida. Incomode aqueles que dormem na zona de conforto. Provoque
aqueles que estão presos no passado. Desoriente quem busca a mesmice. Descubra
o oceano de impossibilidades e dê-lhes vida nas galerias e ateliês. A
criatividade será sempre a alma da arte.
Ainda que critiquem sua
arte, prossiga. Ainda que não entendam sua proposta conceitual, explique-a cada
vez mais. Ainda que diminuam o valor de sua arte, valide-a diante do mercado de
artes. Seu trabalho nasceu com um propósito, o de encontrar o maior número
possível de pessoas que gostam de criatividade com função. Dentre eles haverá
sempre os haters ignorantes, os críticos maldosos, os conservadores
extremistas, os metidos à besta que emitem opinião sobre o que desconhecem.
Dentre eles haverá sempre os pioneiros, os visionários, os rebeldes, os
futuristas, os tribalistas, os negociantes de arte, os críticos competentes de
arte contemporânea e os buscadores. O artista nasceu para multidões.
Assim como existem
pessoas marginalizadas pela sociedade, assim também existem trabalhos
artísticos marginalizados, trabalhos e ideias que nunca tiveram espaço para se
expressar no âmago da identidade, trabalhos e ideias que preservem o artista
antes marginalizado e agora ao menos considerado e incluido na arte
contemporânea. O mundo passou por transformações cruciais em todas as áres
possíveis. A arte não poderia ficar de fora. Aliás, é a arte que primeiro rompe
padrões estabelecidos como um exercício de ruptura coletiva, introduzindo novos
pontos de vista a serem validados pela geração em comando. Cada visão nova de
mundo que a arte oferece, respalda no comportamento coletivo. Arte é revolução.
Ter uma ideia do que
pintar não é inspiração, é ideia. Somente com o ato de se entregar à pintura de
algo é que o processo inicia, porém sem o controle total do artista. Este algo
se torna uma narrativa visual, com pelo menos um personagem imaginário chamado
vida ou chamado cor, o qual se encarna no pincel e comanda perspectiva e forma.
Dali em diante uma estória toma corpo e delicia os sentidos do artista, em
comunhão com o ato da criação. A tela em si se faz. Bem que o artista corrige
aqui, muda a cor ali, derrama outras camadas suporpostas, mas no fim de tudo, é
a tela quem decide o momento de parar. O vazio da tela é linguagem também.
O processo de criação de
cada artista não precisa ser único na técnica, porém admite nuances de
individualização a partir de seu olhar. A criação pode ou não ser original na
forma, sendo original na percepção e no conteúdo projetado em cada pincelada
curvilinea e em cada traço colorido. Exatamente por se entregar ao processo
criativo, a mão que conduz o pincel passa a ser conduzida pela composição das
cores e formas que se apresentam, recriando o espaço necessário para que algo
novo se manifeste na tela. Há uma expansão transcendental deste espaço
artístico, onde surgem faces humanas impensadas e objetos voluntários que se
oferecem para participar da tela. Todo processo criativo vem do inconsciente
coletivo.
Um pintor não pinta a
imaginação. Ele pinta o que sente forte dentro de si. Desta maneira ele encontra
o estilo próprio, criando sua assinatura visual, de tal forma que suas obras
sejam identificadas pelos padrões repetitivos e não pelo seu nome. Para
encontrar seu estilo, há que mergulhar profundo em si muitas vezes, em muitas
obras, selecionando ideias e conceitos, aparando excessos, experimentando
possibilidades até que se transformem em probabilidades. Cada técnica, cada
material utilizado, cada cor escolhida torna-se um exercício de identidade
artística, servindo de base para a criação da identidade cultural que emana.
Cada obra artística quer ser espelho de quem a contempla.
A Humanidade registra
sua realidade através do desenho e da pintura rupestre desde seus primórdios.
Passando por muitas técnicas diferentes, estilos, conceitos e rupturas, a arte
se mantém viva e atual porque seu centro ainda é o ser humano, olhando de forma
original o que viu e o que imaginou. Seu olhar contínuo sobre o nascimento de
um risco ou uma pincelada, o fluxo da imaginação buscando combinação de cores e
formas, o sentimento autorizado da descoberta, são maneiras distintas de tornar
possível o impossível. É permitindo a revelação do instante que o artista se
eterniza. Não se deve perguntar o que é arte, pois definir significa limitar.
Toda forma de arte está em busca da eternidade.
Entre o sagrado e o
mundano descansa a alma assustada. Entre o dia e a noite repousa a aurora
ansiosa. Entre uma batida e outra do coração, descansa a vida inquieta. A alma,
a aurora e o coração são esquecidos pela distração mundana, mas exercem papel
fundamental nas saliências do tempo. A alma e o coração se entendem pela
amizade. A aurora vive só, sempre se embelezando para ser vista, sempre se
iluminando para anunciar o destino, sempre se arquitetando em cores para alegrar
o despertar. Antes da aurora dormem os sonhos e pesadelos, dorme a insônia e a
cama fria, dormem os caminhões nas estradas perigosas, dormem os vagalumes em
extinção, formam-se orvalhos sobre as folhas viçosas.
Além dos olhos há uma
consciência que surpassa a mente humana. Além dos olhos existe uma corrente de
informações e processos pre-estabelecidos desde a origem do Homem. Além dos
olhos da razão há uma lógica cósmica, construída sob blocos de geometria
sagrada. Além dos olhos da carne existe um par de olhos santos, tentando resgatar
a própria santidade do Verbo. Além dos olhos de vidro há um olhar cego que tudo
vê por outros meios. Além dos olhos e além das fronteiras, além dos olhares e
além das distâncias, existe um par de olhos de consciência maior, sabedor do
que vai encontrar ao simplesmente olhar para a Alma.
É impressionante o poder da midia social e o número incontável de pessoas procurando por motivos para criticar, opinar, zoar, posicionar, acusar, ou até mesmo indignar. Virou meme na internet, virou assunto de barzinho, virou enquete em programa da tarde na televisão. A mãe pagou mico nacional por pedir empatia às crianças, sem poder entrar no elevador do prédio onde mora, sem poder andar nas ruas – disseram muitos. Esta mãe não entende de limites e deveria aprender melhor a educar seu filho – retrucaram algumas pessoas. Impagável as piadas dos humoristas. Ofensivos os comentários dos mais radicais. Vergonha para o pai da criança que não pegou carona na fama. Quer janela, compra a passagem com antecedência! – responderam alguns comissários de bordo. Já não basta pagar por bagagem de mão, agora só falta pagar pelo assento da janela.
Quem nunca morreu não
sabe seu gosto. Quem perto dela chegou, sentiu seu cheiro desagradável de
despedida. Quem ouviu seus passos se aproximando, correu na direção contrária
em busca de prorrogação. Quem leu sobre sua fatídica chegada, por certo se
assustou com o próprio currículo de vida. Quem com ela trabalha, acredita ser
por ela esquecido. Quem a noticia, morre um pedacinho em cada espanto coletivo.
Quem a pinta com molduras, antecipa seu derradeiro encontro. A morte é comida
estragada, ceia de ossos, pálpebra cansada sem direito a descanso. Cada morte
tem o gosto de seus algozes.
O que nos separa uns dos
outros é quase sempre inconsciente, uma vez que o outro é meu espelho, eu sou
espelho e projeção do outro. Estamos temendo os mesmos medos e tentando sanar
as mesmas incompletudes. O que nos separa uns dos outros é menor do que status,
raça, interesses particulares, diferenças aparentes, territórios ou fronteiras.
O que nos separa uns dos outros é imperceptível à mente insana que nos conduz
por teorias e conceitos. O que nos separa uns dos outros é a insegurança
pessoal diante de ameaças fictícias ou evidentes, é a carência do pertencimento,
é a necessidade de partir sem dizer tudo o que queria ter dito. A separação não
acontece do lado de fora. Ela nos divide por dentro, entre mente e consciência.
Primeiro a gente percebe
a palavra na tela mental. Depois define e identifica o que seria a coisa, de
acordo com informações disponíveis sobre a coisa e sobre a palavra definida. Ao
personificar as palavras, nós as humanizamos e arriscamos comparações com algo
bom e algo ruim, algo imperfeito e algo em transformação. Providos da palavra
convicta, nós as entregamos aos outros, seja em forma de afirmação, seja em
forma de questionamento em busca de confirmação. Palavra pensada tem raiz e
substância, tem sinais de existência, tem energia. Palavra pensada é abraço e
acolhimento, é aceitação de diálogo e desenvolvimento, é harmonia verbal e
social. Palavra pensada é palavra lavrada e prensada.
Isso existe, gente que
se pensa muito puro, eleito, evoluído como Jesus, sem qualquer diagnóstico mental,
às vezes reforçado pela crença de fanáticos ao seu entorno. Ao chamar de fé
esta percepção distorcida, essa gente tira os pés da realidade e passa a viver
numa redoma virtual, influenciando outras pessoas a levarem adiante sua
mensagem elevada, criando demônios para exorcizar ou criando seitas para
cultuar. Há até aqueles que se vestem como Jesus no Brasil, na Rússia, nos EUA
e na África. Na Psicanálise se chama a isso de grandiose, uma obsessão
incontrolável por poder, pela riqueza financeira, pela fama, pela liderança
sobre seus seguidores e por prestígio mundial.
O carro estacionou na porta.
Corri.
Coração batia forte.
O tempo parou para nós.
O vazio aguardava
palavras quaisquer.
Não precisava muito.
- Oi...
Dois sorrisos inundaram
a calçada.
Queria o eterno.
- Você me paga!
Crescemos ouvindo sobre
a tal da felicidade, embora nunca a conhecemos pessoalmente como algo formatado
para ser admirado, nem como fórmula a ser repetida. Corremos em busca de
prazeres momentâneos, compramos objetos, conquistamos relacionamentos e cargos,
idealizamos a vida perfeita, sonhamos o impossível, conjugando tantas centenas
de verbos, na ilusão de que um dia seremos felizes, como se ela fosse uma
cenoura amarrada na frente de um cavalo que a persegue. Nem desconfiamos que
felicidade relativa é apenas o prazer passageiro e que felicidade utópica é
ferramenta de controle da Matrix em que estamos.
Hoje eu venho à público
congratular Lucas De Simoni de Oliveira e Silva como El Conquistador. Com sua
maneira alegre de Ser, você conquistou amigos por onde passou. Você conquistou
uma grande mulher por esposa. Você conquistou o tempo e o fez dobrar-se diante
de sua tenacidade. Você conquistou a si mesmo, ao romper barreiras em toda a
sua árvore genealógica. Você conquistou a posição de Juiz de Direito de Goiás
em 2024. Mas entre todas as conquistas, você nos conquistou como um Homem que
come o destino pelas beiradas e saboreia o futuro com gosto de quero mais.
Parabéns, Lucas. Outras conquistas virão!!!
Reagir automaticamente ou
responder conscientemente são duas possibilidades que exercitamos a todo
instante. Nosso arsenal energético sente necessidade de aplicar toda a nossa
energia disponível, da melhor ou da pior forma possível, não importa, contanto
que a faça fluir. Nossa energia vai ao encontro de outras energias alheias, se
somam, ampliando o potencial inerente nelas, resultando em explosões de
desentendimentos. Se a pessoa for impulsiva por natureza, haverá conflito
imediato. Se for introspectativa, armazenará energia tóxica. Se for racional,
desenvolverá assuntos vários e os apresentarão como posicionamento radical e
inegociável. Se for flexível, saberá responder com elegância. Se for muito
emotiva, reagirá com emoções distorcidas. Se for sábia, validará o silêncio.
A mesma linguagem que
revela signos, esconde outros significados. A linguagem sempre se faz presente
nas ideologias, justamente por ter este conteúdo oculto nas palavras. Se vierem
acompanhadas de gestos, mudras, códigos visuais e geometria sagrada, as palavras
se potencializam no campo eletromagnético das pessoas que as trocam. A
linguagem manipula o entendimento coletivo de símbolos e signos ao querer que
algo único se pareça normal, ao pre-fixar definições induzidas para evitar
questionamentos, ou para impor uma agenda política. A linguagem já estava
pronta quando aprendemos a falar, já estava selecionada nos meios acadêmicos
quando nos tornamos profissionais, já estava enraizada quando fomos doutrinados
pelas religiões. Linguagem também nos molda e nos conforma.
Quando o infortúnio nos
alcança, saibamos que ele acontece para todos os que estão em nosso entorno,
não apenas como fato, mas também como aprendizado. É um momento de revisar
crenças e sentimentos, de modificar comportamentos, de renovar apoio e
colaboração, de aprender algo sobre o lado imprevisível da vida que testa a força
de cada um. Metade da vida é imprevisível e processo, revelando aspectos que
não dependem da vontade. Este lado surpresa é oportunidade de observar o que
nos falta de coragem, o que nos sobra de superação e fé, o que já temos de
recursos e o que esquecemos de cuidar em nosso crescimento. Nada é em vão.
Se eu fosse um livro,
mostraria ao mundo minha capa ou autoimagem preferida, meu título ou assunto
que mais domino em conhecimento e meu tema ou propósito de vida. Pediria a Deus
para escrever o prefácio, passando ao Leitor toda a minha credibilidade para
ajudar na construção de um mundo melhor. Dividiria os capítulos em dois,
descrevendo com maestria minhas lutas internas para caminhar sobre a linha
tênue da dualidade existencial, entre o que vivi e em quem me tornei após viver
tais experiências. Daria títulos curiosos aos capítulos, sabedor do poder da
criatividade e da curiosidade em minhas escolhas. O enredo ou plot se resumiria
na força do imprevisível, na remoção dos obstáculos do amor, na mobilidade das
ideias nobres e na alegria de viver. Daria aos meus verdadeiros amigos, todo o
espaço necessário para transformar personagens secundários em protagonistas da
unicidade. Compartilharia, com todos, as gotas de sabedoria que um dia
germinaram minhas palavras e grudaram nas páginas da vida com as tintas da
compaixão. Jamais daria um fim com ponto final, pois a vida continua nos
próximos dias e décadas. Se eu fosse um livro, acreditaria finalmente que já
nasci livro, cresci narrativas e morrerei memórias póstumas de alguém que vive
para sempre.
Aprendi a contar com
meus hominhos. Um, dois, três, quatro, seis, sete, nove, dez. Eram miniaturas
de superherois que exigi ganhar de presente para dormir sozinho no meu quarto.
Com o tempo, ganhei também um cobertor com estampa dos herois americanos; eu
que ainda não sabia onde ficava a América, mas acreditava ser uma terra mágica
atrás das estrelas do céu. No meio dos hominhos havia alguns indios verdes de
cabeleiras longas, e um tal de Apache, sempre em posição de luta; eu que nada
entendia de invasão de terras. Como eles
permaneciam imóveis com aquele olhar de plástico, eu lhes dava movimentos
bruscos. Só queria matar. Na verdade, queria mais era imitar os barulhos de
bombas, tiros, pancadas, facadas, tudo pelo fascínio de dar vida aos figurinos e
miniaturas de infância. Só descobrí mais tarde que eram eles que me davam vida,
naquele quarto solitário de filho único, onde eu transformava pensamentos em conquistas
heróicas, sem saber que era eu... o herói de mim mesmo.
Se somos containers para
nosso Ser aprender com o mundo e com as experiências pessoais, podemos refletir
melhor sobre o tipo de templo que somos nós e o tipo de culto que permitimos em
nosso corpo. Pela lei do livre arbítrio cada um escolhe suas atividades, funções
e propósitos enquanto corpo. Há quem o transforme em comércio cultuando apenas o
dinheiro. Há quem o transforme em farmácia cultuando apenas as doenças. Há quem
o transforme em bordel cultuando apenas o prazer. Há quem o transforme em pedra
viva cultuando a construção de um mundo melhor. Há quem o transforme no templo
do Espírito para cultuar a Deus. Cada um faz as suas escolhas.
Realidade primeva é a
realidade que havia antes de existirmos como criaturas humanas. Realidade
última é a realidade que vai além de nossas percepções e prevalecerá mesmo se
formos extintos da Terra. Realidade atual é o conjunto de nossas percepções
individuais e coletivas. Realidade profunda é a realidade que transcende nossa
capacidade cognitiva de definir as coisas supranaturais. Realidade fantástica é
a realidade que descreve personagens fictícios, esotéricos, místicos, ocultos e
arquetípicos, em ação nos universos paralelos. Toda forma de realidade só
existe para quem a percebeu.
No último final de
semana mergulhamos profundamente em mais um Retiro Bioplenitude com um grupo
grande em quantidade e grande de coração. Foram momentos inesquecíveis de
autoconhecimento, autocuidado, autoproteção, autotransformação. Foram trocas
afetivas abastecedoras, reveladoras, sensíveis, inteligentes e verdadeiras.
Foram dinâmicas terapêuticas pontuais para que uma engrenagem amorosa nos conduzisse
por caminhos interiores nunca antes vistos. Cada um com sua experiência de vida
foi tomando consciência e se livrando de bagagens desnecessárias, trocando-as
por novas experiências e novos pontos de vista. Cada participante foi se
tornando transparente por escolha própria e vendo como somos todos iguais em
essência. Cada um saiu dali com leveza de alma, prontos para enxergar o mundo
de maneira mais sábia e desapegada. Agora acreditamos mais no amor e na união
de esforços. Acreditamos mais em nosso potencial transformador. Renovamos a
esperança em dias melhores com a ajuda inestimável de forças superiores.
Bioplenitude...onde o impossível se torna possível!!!
Anda difícil esperar o
melhor de cada um nos dias de hoje. Faltam compromissos com o bem, falta
disponibilidade individual para atender aos outros desinteressadamente, falta
consciência. O coletivo ganhou olhos de manada, cada um por si, na luta por
liderança e por dança nupcial na escolha da parceira mais atraente. A vida
social ganhou ares de perigo a todo instante. O instinto substituiu a razão
novamente, convidando-nos para retornar às cavernas do Inconsciente. O corpo é
apenas festa. O tempo é ignorado em seu valor mais intrínseco. A violência foi
banalizada e recompensada. A mentira virou moeda de troca. A morte tornou-se
inconsequente. Os cérebros pararam de criar pensamentos elevados. Há algo de
tóxico no reino do egoísmo. Os bons se calaram.
O fluxo de consciência
da Supraconsciência se manifesta de duas formas. A primeira reduz a quantidade
de pensamentos, silenciando a mente por um espaço maior de tempo até que o
próprio conceito de tempo seja desfeito na percepção. A segunda abre as
torneiras de algum bloco de conhecimento cósmico, sem a necessidade da mente
cognitiva organizar as ideias que chegam, por isso chamamos de canalização.
Logicamente, a segunda forma é mais característica da Supraconsciência ou
aspecto supramental, já que ela detém conhecimento elevado e altamente
espiritualizado. Outras técnicas de meditação sabem calar a mente, mas nunca
ancorar conhecimento vasto.
Se o único argumento dos
sistemas de defesa americana, para não divulgar fatos e documentos sobre a
existência de discos voadores, é evitar pânico entre as populações, não
convence mais a ninguém com mais de dois neurônios. Já estamos vacinados pela
hostilidade dos paises ricos contra os mais pobres, pela hostilidade do
capitalismo selvagem, pelo armamento generalizado dos governos, pela violência
urbana seguida de impunidade, pelo abuso de autoridades, pelas guerras
constantes entre os humanos, pela desumanização da indústria farmacológica,
pelas narrativas mentirosas da grande mídia. O perigo somos nós. Então conta
logo. Solta logo os documentos. A tecnologia de hoje nos permite obter registros
e provas constantemente. Naves e esferas estão congestionando o espaço aéreo. A
realidade não é mais ficção. A ficção agora é realidade.
Neste final de semana
estaremos imersos em mais um Retiro Bioplenitude, palco de transformações
intensas e reforma interior. O Universo sempre se encarrega de reunir neste
evento um grupo homogêneo de buscas profundas, gente que já saiu da mesmice e
se entrega a algo maior do que a mente humana, gente que abraça o amor como
mecanismo de autorrealização, gente que ressignifica a vida sempre que as
oportunidades são criadas, gente que saiu do espaço ordinário e dá os primeiros
passos para o extraordinário. Este evento é água divisória de crescimento na
vida de seus participantes, pois trabalha com expansão de consciência na
prática. Quando a luz acende dentro de nós, iluminamos o mundo!
Quando o sentimento dos
outros nos insulta ou incomoda, foi nossa percepção das impossibilidades que
desencadeou a reação, antes que se tornem possibilidade. Todo um mecanismo de
defesa se faz alerta para defender o indefensável. Toda uma carga de memórias
de medo se reune diante das evidências. Toda preocupação com a autoimagem na
sociedade toma vulto e extrapola o bom senso. Busca-se apoio nas raizes
familiares, nas instituições de poder, nas leis disponíveis para que apague a
realidade indesejada e se reescreva uma outra estória menos ameaçadora.
Busca-se o terreno do silêncio para reduzir o potencial bélico das palavras.
Busca-se o tempo como parceiro da razão. Há que se prestar mais atenção ao que
nos incomoda.
As palavras que falo vem
do Ego. As experiências que tenho pertencem à realidade. As percepções que
valido vem da mente. O conteúdo que penso pertence ao cérebro. As palavras que
falo pertencem à realidade. As experiências que tenho vem da mente. As
percepções que valido pensam o cérebro. O conteúdo que falo pertence ao Ego. As
palavras que pertencem eu valido. O conteúdo que falo tem experiências. A realidade que percebo tem conteúdo. O Ego
que experiencio vem do cérebro. Eu falo a palavra. Eu experiencio as
percepções. Eu penso a realidade. Eu pertenço à mente. Eu valido o conteúdo. Eu
me falo.
Foi-lhe emprestado uma
gruta. Foi-lhe dado o direito de respirar. Foi-lhe dado um nome. Foi-lhe dado
um roteiro de filme familiar com fraldas e mamadeiras. Foi-lhe dado um colo de
regras e comandos. Foi-lhe dada uma supervisora em tempo integral até que se
perceba como ego, como pessoa separada em busca de autonomia e voz. Você já
nasceu morto, substituído por um impostor. Foi-lhe tomado o chão. Foi-lhe
tomado o descanso. Foi-lhe tomado seu manual de preferências. Foi-lhe tomado o
porto seguro. Foi-lhe tomada a guiança amorosa e segura. Vai, José, ser gente
na vida. Quem sabe, um dia, você descubra que a vida é desconstrução! Um Ser fazendo de tudo para retornar ao útero.
A tempestade climática
tem seus ruídos assustadores em meio a raios e trovoadas, porém a tempestade
emocional é calada de bonanças. Engole-se sapo, devolve-se a palavra errada,
grita-se com a boca fechada, chora-se no quarto. Fecham-se janelas, derrama-se
fel, cortam-se laços, rompem-se acordos. Até a morte é idealizada diante da
falta de espaço para ser amado. As emoções tem função de nuvem, ora escuras,
ora frágeis, ora carregadas, ora descarrego. Ventos contrários se apresentam,
ondas de mormaço se formam, correntes quentes se chocam com correntes frias,
mas a emoção permanece esquecida das bonanças. As tempestades emocionais também tem potencial avassalador.
Ele já perdeu propósito
e função. Teima em existir, pois que dele a morte se esquece. Habita não
lugares, livros de sebo e pergaminho, trajetos repetitivos de quem parou de
correr. Conhece quem teve e quem perdeu importância, insistindo em lembrá-los
para ser relevante. Mal sabe que está desatualizado de futuro. Tem cheiro de
ranço e ruinas, traços desencontrados, formas congeladas e gritos roucos.
Apenas os Acadêmicos e os viciados em desalento o convocam para reuniões
diárias. Bem que ele tenta sugar a vida que nos resta, ainda que a pressa o
afaste rudemente. O passado é um parasita. Conhece o poder das distrações e
promete reviver tudo com a mesma intensidade de outrora. Engana-se e nos engana
também.
Imagine nós dois
conversando frente à frente. De repente meu corpo desaparece, mas eu continuo
presente em diálogo constante consigo. O que desapareceu da sua percepção
visual foi o meu container, limitando seu filtro de cinco sentidos. Agora
imagine que eu decida permanecer consigo, mas ao mesmo tempo eu possa flutuar
em outra dimensão, sem perder contato. Se você se distrair e abandonar nossa
conexão, pensará que não existo e voltará ao reino da razão. Em sua mente serei
apenas conceito, hipótese ou memória a ser esquecida. Em minha Presença,
continuarei a ser consciência de mim mesmo e de tudo ao meu redor. Na minha
sacralidade, você permanecerá sagrado e digno de minha atenção, embora eu tenha
ampliado o alcance de conexão com o Todo. Eu jamais deixarei de existir de
acordo com minha autopercepção e consciência. Assim é Deus no altíssimo
pensamento. Em nós Ele se revela como santíssima Humanidade.
- QUANTO É 9 X 9?
- DEIXA EU
CONTAR...81...É MUITA COISA.
- O QUE ACONTECEU?
- DERRUBEI MEU COOKIE.
POSSO LAVAR?
No meu poema tem um
coração andarilho
Por onde meus pés me
levaram
Tem versos sozinhos e
palavras soltas
Por não ter com quem
vagar de amor
No meu poema tem mãos
incandescentes
Rasgando papéis e
memórias mil
Abrindo essências,
repetindo Pessoa
Lisboa minha, navegue
antes que doa!
Explodem boatos, fofoca
de julgamento. Condenado. Aquele corpo deitado, sem nenhum poder, na Praça de
Tantos Poderes, fala depois de morta a palavra. Alucinação. Prato cheio de
bombas ideológicas. Fome de justiça pessoal. Como assusta não se ver e não ser visto.
Como assusta existir e não ter vida. Como assusta ver o que outros não veem na
tela tóxica. Insana mente de verbos desconjugados, virgulino lampejando sem
vírgulas, faroeste caboclo de candangos desesperados. Notícia corre no mundo
dos insanos. A vida tão espezinhada, ultrajada por fanatismos e paixões
incontroláveis, copiada por personagens doentios do cinema, resumida à nada.
Estes foram meus pensamentos diante da ação suicida de Francisco Wanderley.
A fama é perseguida por
muitos que a desejam a qualquer preço. Difícil não ter um Ego inflado quem por
ela se apaixona. Desde a imaturidade cronológica até a imaturidade emocional, a
fama atropela valores maiores e os troca por valores menores, movidas pelo
egoismo. Se acaso a fama chega sem que a busquem, o impacto continua, inflando
o Ego de acordo com as necessidades emocionais básicas ainda não atendidas,
principalmente se houve negligência e abandono dos pais em tenra idade. Ela é
um abutre procurando por carne viva, por talentos descuidados, jogando suas
vítimas ao sabor do julgamento de haters. Há que se desenvolver a identidade do
famoso para não cair neste abismo, pois tudo o que sobe também desce. Há que se
gerenciar a fama para não chocar-se com os predadores. Foram estes meus
pensamentos quando li notícias recentes sobre o cantor canadense Justin Bieber.
Barulho de solidão é
igual barulho de estrelas, ninguém se dedica a escutar. Estar só na cidade
grande, ou dentro do nucleo familiar, equivale a pertencer à uma constelação e
não ter destaque. Ser estrela plena de luz é coisa para astronauta nenhum
esquecer. Subir no mais alto dos céus ou da montanha e ainda olhar para cima, é
previlégio de poucos. A cada degrau que subimos, a cada salto alto que
calçamos, pesa-nos a cabeça do orgulho que se tomba para ver quem está abaixo
de nós. Sucesso e fama também causam solidão. Estrela artística ou celebridade
também se submete ao poder da lei gravitacional. Estes foram meus pensamentos
ao ver Marília Gabriela conformar-se com a solidão.
A mente subconsciente é
povoada por criaturas memoráveis e míticas, pois elas representam e abarcam
significados múltiplos. Tais criaturas representam visualmente muitos aspectos
da vida humana, em marcha de crescimento e autoconhecimento. Servem de
metáforas para o bom entendedor, superando recortes culturais de várias épocas
da civilização. O destino é visto como o mar, sujeito a fortes tempestades e a
brisas de maresia, convivendo com ondas constantes, tal como convivemos com
emoções. Somos eternos navegantes, visitando portos e personagens épicos que
nos entregam mensagens de poder. Seja uma sereia ou Netuno como mensageiros, o
mar é o mesmo.
Na linha do tempo tem
sempre um dia que vai chegar e fazer a diferença em nossa vida, um dia em que
seremos donos de um império ou teremos o grande amor sonhado, um dia ideal de
novela. Os dias vão passando e nunca nos sentimos completos, pois é de nossa
natureza a incompletude que nos move adiante. Na linha do espaço tem sempre a
vastidão nebulosa, sem limites, sem fronteiras, à nossa disposição para
caminhar e correr ou voar, o doce prazer do ir e vir para se expressar como
caminhante. Os passos são dados, mas a sensação de estar perdido continua.
Felizes aqueles que validam a jornada mais do que o caminho, o tempo e o
espaço.
Algumas dicas nos ajudam
a entrar na quinta dimensão. Mudamos nossas frequências para frequências mais
elevadas, desempoderamos o ego e acessamos o vazio, assim nossas células do
corpo vibram diferente e aumentam nossa aura e o corpo de luz. Cultivamos a paz
interior, iniciamos relacionamentos fortes com seres de luz, nos deixando ser
guiados pelo coração. Em vez de nos preocupar com os outros ou julgá-los, a
gente envia amor para eles. Passamos mais tempo no
momento presente, nos enxergamos multidimensionais, escolhemos melhor as
energias que vão conviver conosco, mas só sabemos que
estamos na quinta dimensão quando deixamos realmente de sofrer.
Conversando com sua mãe,
uma garota de 8 anos perguntou se Deus tem problemas. A mãe respondeu que sim,
causando curiosidade em mim para escutar o resto do diálogo. Ela acrescentou
que Deus tem sim muitos problemas, os nossos problemas que arranjamos para ele
resolver. Aprendi na minha jornada que Deus opera o Universo, através de leis
estabelecidas, para que todos recebam a mesma porção de justiça celestial e de
maneira neutra, ou seja, o Universo não está nem aí para nosso sofrimento.
Assim também Deus não estaria preocupado em resolver nossos problemas, pois nos
deu cérebro, razão, lógica, entendimento, direito de escolha ou livre arbítrio,
liberdade, além das trocas com muito conhecimento disponível a todos. Deus não
tem problemas. Eles continuam sendo de quem os percebeu como problemas.
Gostamos de uma boa
briga entre os opostos. Se deixássemos de lado o hábito de disputar apenas um
posicionamento de toda e qualquer polaridade, convertendo a parte inferior em
colaborador da parte superior, descobriríamos como “tudo é todo” e a vida seria
mais feliz. Cada pessoa elege seu valor supremo. Uns o colocam em Deus, outros
na beleza, outros no dinheiro e outros no poder, mas este valor só se torna
supremo para quem o elege, deixando os demais ocuparem seus espaços. As
polaridades existem como ponto de equilíbrio do bom senso e da ponderação, da
paz e da harmonia, da investigação e da inquietação natural aos seres
pensantes. Só os sábios lutam o bom combate.
Quando o coração passa a
pensar e a mente passa a sentir, há uma revolução de percepções, há uma mudança
de rumo, há uma reaproximação com nossos contratos de Alma. Quando o coração
pensa, ele redireciona nossas energias para o bem, para a compaixão, para a
aceitação, pois entendeu a força única do amor, tornando-se focado na vida.
Quando a mente passa a sentir, ela deixa de interpretar sentimentos,
permitindo-se entrar no espaço do silêncio onde calma e mansidão reinam
tranquilas para a vida fluir. A Alma, responsável e guardiã dos contratos de
experi
ências existenciais, encarrega-se de vistoriar nossas escolhas pessoais e
coletivas, intercedendo quando necessário, até que esta pequena revolução se
manifeste.
Acreditamos num Deus para nos aliviar o fardo de tudo querer fazer. Acreditamos no futuro para nos aliviar do peso de nossos erros. Acreditamos na vida eterna para aliviar a dor de nossas perdas. Acreditamos nos ídolos para aliviar a vergonha de nossa inércia. Acreditamos no dinheiro para nos aliviar da falta de merecimento. Acreditamos nas narrativas para nos aliviar da responsabilidade de pensar. Acreditamos nos políticos para nos aliviar da omissão social e da caridade. Acreditamos em sistemas falidos para nos aliviar da desesperança. Acreditamos, acreditamos, acreditamos até não poder acreditar mais nas novas crenças.
Temo que um dia o Homem
se esqueça de vez do silêncio, justamente por não se dar conta de que está
sendo silenciado por uma infinitude de barulhos. O Homem é o oco mais preenchido
por ruídos que existe, é um container preenchido por chiados estrondosos de
informação excessiva, é menos contexto e mais conteúdo externo. Se algum dia o
Homem esquecer o silêncio, esquecerá tragicamente de si mesmo, confundindo-se
com cada frequência distorcida que se apresentar momentaneamente para ele. O
Homem está cheio de mundo, sobrando quase nada de espaço e tempo para se ver e
se resgatar. Por isso o mundo lhe propõe salvadores da pátria.
Ao derredor, o mundo nos
parece ser vasto para realizar nossos sonhos e planos, mas olhando atentamente
e de perto, descobrimos que há muita gente ditando o que devemos fazer. São os
pais, os parceiros, a moda, a mídia, os governos, as religiões, as instituições
jurídicas, corporações, ordens ocultas, ciências e indústrias farmacêuticas,
quem mais nos dão ordens e mais tolhem nossa liberdade. De um lado, estamos
sozinhos para fazer as próprias descobertas, soltos enganosamente para pensar o
que quisermos, arquitetando ideias que nunca sairão do papel, navegando águas
inquietas que nos inquietam ainda mais, em nome de um futuro incerto. Saber
quem manda em nós é o passo inicial rumo a estados de liberdade.
Dentro do reino de maia,
ou ilusão, percebemos e interagimos com ideias, com imagens vibracionais, com
desenhos fugazes do que chamamos de realidade. Vivemos a maior parte do tempo e
da vida dentro de nossa cabeça, ali onde tudo começa e nem sempre termina. Por
ser amplamente visual, a mente nos lança imagens imaginárias e traduz outras
imagens frequenciais do jeito que ela quiser. Não há regras eternas em maia.
Tudo ali é permitido, desde que possa ser julgado por ela mesma. Sem maia não
podemos dormir o sono da criação, sem maia não podemos sair das limitações que
criamos, sem maia não podemos ser condenados.
Algumas pessoas
perguntam o que estamos fazendo da vida quando nos cumprimentam. Vida não se
faz. Vida acontece. Vida não se planeja. Vida se encontra, da mesma forma que
encontramos pessoas conhecidas nas ruas. A vida está em cada esquina, em cada
encontro e em cada despedida, em cada segundo dos ponteiros do relógio, em cada
silêncio onde o pensamento não roubou nossa atenção. Vida é ela em si mesma,
embora a tentemos arquitetar com sonhos e metas. Vida é um rio que se modifica
pela passagem das águas intermitentes. Vida é uma nuvem que existe sem ser
vista e torna-se chuva sem ser interrompida. Seria melhor perguntarem o que a
vida está fazendo de nós.
A conta não fecha, nem
para nós nem para Narciso. É mais fácil nos atender e nos amar do que aos
outros. O amor é matemático na nascente. O egoismo nunca estudou matemática,
por isso se perde naquilo que não pode quantificar. O amor precisa de todas as
operações matemáticas, de todas as conjugações verbais, de todas as regras
gramaticais. Parece complicado aos olhos de Narciso ter que se desdobrar para
manifestar algo, ter que se diminuir para alcançar o que ainda não nos validou,
ter que somar para transcender as expectativas. Por isso o espelho. Por isso a
solidão no espelho. Por isso o fascínio do espelho onde a realidade foi
amedrontada.
Talvez não estejamos
vivos. Talvez apenas vivemos o sono da vida e o sono da morte como experiências
de autopercepção individual, até que voltemos para a vida verdadeira da
unicidade sem indivualidade. Pela distância e pela ausência podemos aperfeiçoar
tais percepções. A ausência amorosa torna-se saudade ou dor. A ausência fria
torna-se indiferença e esquecimento. A ausência com apego torna-se inércia e
carência. A ausência espontânea gera outras prioridades afetivas. O feriado de
Finados é uma oportunidade para esta reflexão: que tipo de ausência alimentamos
na alma.
A doutrina filosófica do
ceticismo consiste em afirmar que nada pode ser afirmado com confirmação, mas
não se aplica a si mesma. Ela foi criada para negar a verdade quando interesses
excusos chegarem ao conhecimento público. Vale a negação das instituições, vale
a negação científica, vale a desinformação estratégica, só não vale a
divulgação da verdade. Existe todo um mecanismo de controle mundial da
informação nas mãos de poucos, o qual se reserva o direito de matar a convicção,
pela raiz, se necessário for. Fomos criados para proliferar a desinformação em
defesa da ilusão, da imaginação, da cegueira e da ignorância estimulada.
Acredite se quiser, no que quiser, mas não espalhe.
Em cada viagem
geográfica entramos em novas paisagens externas e internas. Nunca voltamos os
mesmos pois foi nos mostrado a beleza da diversidade, a força de dizer sim à
vida, a magnificência da natureza, o valor do descanso, o prazer do bem estar,
a exposição cultural com outros pontos de vista, a renovação da esperança, a
regeneração mental, a riqueza dos encontros, o potencial da alegria e outras
coisonas mais. Embora retornemos ao ambiente anterior e sua dinâmica enraizada,
fomos nós que recebemos uma dose de renascimento, podendo ou não implementar
novas escolhas. Viajar é isso, aprender para empreender, semear para
implementar, dar boas vindas às mudanças.
O tempo em que se passa
desconfiando, resistindo, traduzindo, interpretando o outro, não se pode chamar
de relacionamento. O tempo em que se passa defendendo posicionamentos pessoais,
atacando as diferenças, irritando por meio de confrontações, duvidando do que
se recebe, não pode ser chamado de vida. O tempo do metal é precioso somente
para si, é rígido para a outra parte, é metódico à outras pessoas ao seu
entorno. O tempo do espelho é descuidado, sem relógios, sem possibilidade
antecipada de perdas. O tempo da esponja é cansativo, sem o descanso
necessário, ansioso por natureza. Cada um deles cria uma linha, paralela e
inconsciente, de caminhos emocionais apropriados de egoismo. Quem não está
ocupado internamente com as próprias alucinações, tem mais tempo para amar e
desapropriar-se de caminhos desnecessários.
Por outro lado, se a
outra parte me vem como espada de metal, pronta a desmanchar meus limites,
ameaçando meu equilíbrio e meus princípios, tão segura de si que me inibe a
espontaneidade, sobrará pouco espaço de negociação e prazer. Se ela me vem
refletindo em si o que de mim percebeu, traduzindo-me com erros sutis, eu me
sentirei julgado, criticado, desqualificado por ela para ser eu mesmo. Se ela
me vem esponja, melosa, marcando território como um cão, por certo fugirei de
possível codependência, reclamando minha velha liberdade, suspeitando das
intenções dela para comigo. Há que se medir as trocas com a mesma transparência,
senão o relacionamento sairá do rumo e do prumo.
Ser metal, ser espelho
ou ser esponja, para o outro que se candidata a entrar em minha vida, são três
possibilidades de resultados diferentes. Ao receber uma nova pessoa como
parceira, por mais que eu tenha minhas preferências e exigências, o que eu levo
em minha bandeja é fundamental para o sucesso do relacionamento. Se eu aproximo
dela demonstrando força, excesso de autoconfiança, controlando ou tentando
controlar as decisões comuns, minha atitude de metal pode até impressioná-la,
mas a colocará sempre na defensiva e na desconfiança. Se eu me aproximar sendo
espelho, imitando os comportamentos e gostos dela, esforçando-me para parecer
semelhante e me gabar de termos muitas coisas em comum, ela poderá se apaixonar
por algo ou alguém que não sou. Se me aproximar como esponja, de forma
vulnerável, aberto demais ao peso emocional que ela carrega, estarei pronto a trocar de papeis com ela
sempre que as emoções subirem temperatura. Toda pessoa, ao iniciar um
relacionamento afetivo, deve antes se conhecer para depois conhecer alguém por
dentro.
O POETA é um Ser cheio
de pássaros. O que tem omoplata, tem asa e verso recolhido. O que tem sonhos a
realizar, escreve percepções de voo. O que deseja o alvo, traz em si o
combustível da inspiração. Seus leitores são teleguiados e teletransportados
pelos desejos do coração efêmero. Nós, os Poetas, somos movidos pela qualidade
concreta das rimas abstratas. Somos equipados para andar a imaginação com
baterias de vida útil. Voar é preciso na experiência humana, por isso voamos;
por isso as metáforas de voo nos povoam, de Ícaro aos aviões, do paraquedas ao insetos
humanizados, dos balões aos foguetes interestelares. Nascemos para voar voos
breves, do chão ao coração. (Benedito José).
Duas pessoas em
relacionamento amoroso são como dois farmacêuticos atuando profissionalmente e
medicando um ao outro. Cada um acredita nos próprios diagnósticos, no próprio
conhecimento e interpretação dos sintomas apresentados, sem se ver como parte
da solução, fora do que apresentou como remédio. Pouco a pouco se afastam, mais
por temor de sofrer do que pelo que juntos viveram. Cada um tem sua dor
existencial, suas demandas silenciosas e seus medos assustadores e irreais, mas
lhes falta o diálogo aberto, uma certa cumplicidade, lhes falta transparência
de passado remoto e de futuro imaginário compartilhado. Isso explica muitos
relacionamentos que não dão certo.
Minha proposta consiste
em desempoderar o Ego, questionar a mente racional, decodificar o Subconsciente,
desempoderar temporariamente a mente racional com exercícios de expansão de
consciência, iniciar monólogos sutis com o espaço do silêncio, permitir-se
acreditar e visitar a quinta dimensão diariamente, tirar férias de si e abraçar
o que seria o TODO. Tem funcionado para mim e muitos de meus alunos. Hoje eles
sabem que expansão do conhecimento não é expansão de consciência, é adquirir
vícios em novos capítulos da Matrix, acreditando estar mudando a realidade e
ainda dizendo que despertaram a consciência. É todo um trabalho de desaprender,
esvaziar-se e ressignificar a mente.
Não sei se existe um podium
para o amor receber reconhecimento de suas conquistas, ou uma passarela para
ele passar e receber aplausos. O amor pede passagem, porém, para afastar os
obstáculos que o impedem de chegar à maioria da população. O amor caminha,
flutua, voa. O amor dá passos pequenos, medios, largos. O amor permanece
soberano até nas sombras, até nos ermos, até nos desertos. Ele prefere sorrisos
simples, corações abertos, olhos ternos. Ele profere palavras leves, inocentes,
amaciadas. O amor não precisa de aplausos, apenas de espaço livre. O amor não
precisa de títulos ou certificados, apenas paredes para atravessar. O amor que
é amor incomoda quem o desconhece, ignora o tempo dos relógios, gosta de ficar
calado nos colos quentes. O amor tudo pode.
Quando você se sabe ser o desconhecido, passa a perceber que tudo ao nosso redor corre e acontece em seus próprios ritmos, tudo passa de forma natural sem necessidade de se adicionar estresse. Se o desconhecido somos nós, só nos resta observar nossas reações, respostas, pensamentos positivos e negativos, expectativas irreais e reais, necessidades básicas atendidas ou não, cobranças internas e externas, para depois se fazer uma reforma íntima. Lá fora ocorrem processos, mecanismos, leis naturais. Cá dentro ocorrem percepções, sentimentos, pensamentos. Ambos obedecem à lei de causa e efeito, mas somos nós quem decide se somos a causa ou se somos o efeito. Se medo é minha experiência de omissão, assumindo consciência de minhas escolhas faz o medo desaparecer.
Em casos depressivos,
duas consciências coexistem na mesma mente. A velha forma de pensar, do velho
indivíduo confiante na identidade formada através dos anos, pede um tempo para
não mais existir, dando a si a oportunidade de uma reforma interior rumo a um
processo de despertar de consciência, sob supervisão de profissionais da área
da saúde. Do outro lado, o comprometimento fisiológico e neurológico do cérebro
emite uma série constante de pensamentos indesejados, sem a autoria do
indivíduo, colocando em xeque as crenças distorcidas contra as crenças
eficientes. O processo terapêutico esclarece em detalhes esta luta interna e
fortalece a geração de pensamentos positivos e construtivos.
O olho do furação está
nas memórias de algum processo ansioso mal resolvido, resultante de um longo
periodo de descuidos, após correntes de estresse por atividades sem limites.
Somente o indivíduo poderá acessar o pensamento causador do conflito inicial,
para descobrir se era verdadeiro ou se era alucinação, se era cobrança de si ou
dos outros sobre si, se era repetição de comportamentos paternais ou se foi
maldição de mãe e ancestrais. Os processos terapêuticos existem para cumprir
esta função e ajudar na criação de novas estratégias de comportamento, sendo a
primeira delas fazer o que tem que ser feito ainda que sem vontade, a segunda delas
formar seu grupo de apoio, a terceira sendo a implementação de novas formas de
descanso para afastar a exaustão.
Nesta nova fase de
autoconhecimento, urgente será visitar os próprios desertos e imperfeições, o
que se torna assustador para quem sempre teve medo de perder tudo o que
conquistou, desde algum membro da familia onde exercia poder e controle, até a
própria vontade de viver. Em verdade, uma parte de si morreu. Cabe ao indivíduo
reencontrar sentido de viver em outras pequenas coisas para se reerguer diante
da criação de novos sonhos, já que sua outra metade continua viva e pronta para
viver novas experiências. Percebendo-se em seu deserto interior, ele tem as
opções de sonhar, criar novos projetos, ajudar pessoas sem interesse,
envolver-se em rituais de meditação e esportes de esforço médio, praticar mais
caminhadas, falar mais de si sem se condenar e mudar vários hábitos.
O convite da vida, agora, consiste em voltar para dentro de si e estabelecer novas estratégias de combate ao desânimo, antes que nos falte energia física. Sempre lutou contra o desconhecido, nunca se deu conta de que sempre lidou com o desconhecido, de forma empolgante, por acreditar demais no poder do controle. Sem a ferramenta do controle, surge um novo grupo de desafios, o de perceber o fluxo da vida, ao aprender a ouvir e respeitar o tempo dos outros; de aprender a conhecer seus movimentos internos ao encarar as próprias emoções; de selecionar os próprios pensamentos para que se tornem seus aliados. Será a construção de um novo relacionamento consigo mesmo, agora mais vulnerável, mais incerto e estranho, onde o desconhecido foi resumido a si mesmo.
Para a pessoa
controladora, haverá sempre uma prática natural de decidir pelos outros, de
impor soluções pessoais como se fossem únicas, de defender pontos de vista
pessoais como se fossem verdade irrefutável. Embora o controlador viva dentro
de uma bolha ilusória de que é ele quem está no comando de tudo, há um acúmulo
de estresse diário que se torna um rio de ansiedade internalizada e que
sutilmente vai se organizando rumo a um estado depressivo. Por ser um movimento
de contração, o excesso de controle tolhe a vida em seus fluxos mais naturais,
desencadeando doenças e minando a vontade pessoal de fazer as coisas que antes
gostava de fazer.
Se pudesse retornar apenas
ao seu primeiro dia de vida, seja por hipnose ou regressão, na certa
encontraria o que esteve procurando a vida inteira sem saber. O propósito de
vida já nasce com a gente, ele não é criado por nós, não é inventado, mas pode
ser identificado por aproximação às coisas que nos dão prazer e realização
pessoal. Ainda que o propósito seja mergulhar numa determinada profissão, será
esta profissão o fio condutor de seu desenvolvimento pessoal, sob medida, o
verdadeiro molde de sua Essência para realizar aquilo a que você está destinado
a ser nesta vida. Felizes são as pessoas que vivem seu propósito desde
pequeninas.
Viver sob o domínio do
próprio Ser Inferior é tarefa árdua, humanamente animal e instintiva, é tarefa
curta de recursos e refém das emoções, é tarefa puramente material e rica de
desejos a satisfazer. Quem tem tempo e dedicação para realizar seus desejos,
tem pouca energia para visitar seu aspecto superior. Ser do mundo significa
viver apenas nos chakras inferiores, gastando energia nos aspectos físicos e
mentais para os estados de sobrevivência, caminhando apenas no território
temporal. Estar no mundo sem ser do mundo significa sair da linha temporal,
ver-se como Espírito, alcançar níveis mais elevados de consciência e se
desidentificar das construções mentais que o sustentam neste mundo físico.
Quem vive no passado, não
encontrou seu propósito, pois está distanciado dele pelos condicionamentos
familiares. Ela quer vistoriar todo o seu passado para encontrar o fio do novelo
onde se perdeu. Ela quer reciclar seu passado para tomar novos rumos e corrigir
certas metas. Ela quer identificar o que lhe fez sofrer para neutraliza-lo com
novas percepções. Ela quer reatar laços com a própria Essência e vai fazer de
tudo para amar e ser amada, quer pertencer a Deus para não ficar sem família
nem sem pertencimento, quer se desligar dos nós familiares, mas acaba criando
novos nós com outras pessoas. Distante do seu Eu Superior, quem dita as regras
é o Ser inferior.
No dia em que você nasceu,
quem nasceu foi seu Higher Self, seu Ser Superior conectado à Essência. Como
seus pais não sabiam disso, eles começaram a criar situações para você se
adaptar e se moldar à família deles, uma forma constante de condicionamentos
para você pertencer e ser amado por eles. De um lado, a afetividade prazerosa,
do outro, as regras. Durante a vida inteira você sentiu necessidade de retornar
ao passado, consciente ou inconscientemente, para alcançar este Higher Self,
quebrando regras, desafiando seus pais e a sociedade. Tudo o que você queria
era ser a pessoa que você nasceu destinado a ser.
Enfim, através de
engajamento com as imagens e estímulos, somos inseridos ou sequestrados pela
propaganda, ao sermos manipulados para entrar na narrativa dos anunciantes.
Após consumir o que foi proposto ou vendido, uma outra realidade se manifesta,
comprometendo nosso ato de pensar, nosso corpo violado por ingredientes
químicos em suas fórmulas draconianas, dificultando nosso direito de denunciar
a manipulação, bloqueando nosso voto eleitoral que não pode ser conferido
depois de votado, amargando prejuízos incalculáveis em todas as esferas da
vida. Afinal, este é o poder imensurável das imagens, por mais inocentes que
elas possam parecer aos nossos olhos descuidados.
Conceitualmente, as
imagens nos fazem uma sutil lavagem cerebral, para confundir percepções de
realidade e fantasia, onde a única realidade seria utópica. Prazerosamente, as
imagens seduzem as áreas neuronais do sistema nervoso, responsáveis pela
recompensa, a mesma área responsável pelos vícios. Sabem que a faculdade mais
acessível da mente é a imaginação, estimulando-a e gerando sensações corporais.
Energeticamente, as imagens emitem frequências de cores específicas, utilizando
símbolos e saberes místicos e ocultistas. Indutivamente, as imagens provocam
impulsos, despertam gatilhos, inspiram atitudes, surpreendem com graça e humor,
enganam ou nos distraem, e alteram cenários e tradições para comunicar uma nova
rede de Matrix, a qual está sempre se renovando para que não cresçamos em
consciência.
Mentalmente, as imagens
nos influenciam a tomar decisões que não precisamos tomar, a comprar produtos
que não necessitamos, a agir da mesma forma que seus personagens, a acreditar
na mensagem que elas nos empurram, sem tempo para questionamento. Suas estatísticas
são inventadas ou infladas para nos convencer ou sentir medo. Emocionalmente,
as imagens conectam cenas familiares e acrescentam aos seus produtos as nossas
memórias afetivas, onde sopa americana vira carinho de avó, cena fora de
contexto nos causa indignação, crianças brincando apelam para nossa
sensibilidade, cenas assustadoras nos despertam desejo de agrupamento (onde
existe o autorizador social para fazermos algo em comum).