Quando o sentimento dos
outros nos insulta ou incomoda, foi nossa percepção das impossibilidades que
desencadeou a reação, antes que se tornem possibilidade. Todo um mecanismo de
defesa se faz alerta para defender o indefensável. Toda uma carga de memórias
de medo se reune diante das evidências. Toda preocupação com a autoimagem na
sociedade toma vulto e extrapola o bom senso. Busca-se apoio nas raizes
familiares, nas instituições de poder, nas leis disponíveis para que apague a
realidade indesejada e se reescreva uma outra estória menos ameaçadora.
Busca-se o terreno do silêncio para reduzir o potencial bélico das palavras.
Busca-se o tempo como parceiro da razão. Há que se prestar mais atenção ao que
nos incomoda.
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