sexta-feira, 29 de novembro de 2024

SE EU FOSSE UM LIVRO

 

Se eu fosse um livro, mostraria ao mundo minha capa ou autoimagem preferida, meu título ou assunto que mais domino em conhecimento e meu tema ou propósito de vida. Pediria a Deus para escrever o prefácio, passando ao Leitor toda a minha credibilidade para ajudar na construção de um mundo melhor. Dividiria os capítulos em dois, descrevendo com maestria minhas lutas internas para caminhar sobre a linha tênue da dualidade existencial, entre o que vivi e em quem me tornei após viver tais experiências. Daria títulos curiosos aos capítulos, sabedor do poder da criatividade e da curiosidade em minhas escolhas. O enredo ou plot se resumiria na força do imprevisível, na remoção dos obstáculos do amor, na mobilidade das ideias nobres e na alegria de viver. Daria aos meus verdadeiros amigos, todo o espaço necessário para transformar personagens secundários em protagonistas da unicidade. Compartilharia, com todos, as gotas de sabedoria que um dia germinaram minhas palavras e grudaram nas páginas da vida com as tintas da compaixão. Jamais daria um fim com ponto final, pois a vida continua nos próximos dias e décadas. Se eu fosse um livro, acreditaria finalmente que já nasci livro, cresci narrativas e morrerei memórias póstumas de alguém que vive para sempre.


Nenhum comentário: