O tempo em que se passa
desconfiando, resistindo, traduzindo, interpretando o outro, não se pode chamar
de relacionamento. O tempo em que se passa defendendo posicionamentos pessoais,
atacando as diferenças, irritando por meio de confrontações, duvidando do que
se recebe, não pode ser chamado de vida. O tempo do metal é precioso somente
para si, é rígido para a outra parte, é metódico à outras pessoas ao seu
entorno. O tempo do espelho é descuidado, sem relógios, sem possibilidade
antecipada de perdas. O tempo da esponja é cansativo, sem o descanso
necessário, ansioso por natureza. Cada um deles cria uma linha, paralela e
inconsciente, de caminhos emocionais apropriados de egoismo. Quem não está
ocupado internamente com as próprias alucinações, tem mais tempo para amar e
desapropriar-se de caminhos desnecessários.
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