O POETA é um Ser cheio
de pássaros. O que tem omoplata, tem asa e verso recolhido. O que tem sonhos a
realizar, escreve percepções de voo. O que deseja o alvo, traz em si o
combustível da inspiração. Seus leitores são teleguiados e teletransportados
pelos desejos do coração efêmero. Nós, os Poetas, somos movidos pela qualidade
concreta das rimas abstratas. Somos equipados para andar a imaginação com
baterias de vida útil. Voar é preciso na experiência humana, por isso voamos;
por isso as metáforas de voo nos povoam, de Ícaro aos aviões, do paraquedas ao insetos
humanizados, dos balões aos foguetes interestelares. Nascemos para voar voos
breves, do chão ao coração. (Benedito José).
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