Explodem boatos, fofoca
de julgamento. Condenado. Aquele corpo deitado, sem nenhum poder, na Praça de
Tantos Poderes, fala depois de morta a palavra. Alucinação. Prato cheio de
bombas ideológicas. Fome de justiça pessoal. Como assusta não se ver e não ser visto.
Como assusta existir e não ter vida. Como assusta ver o que outros não veem na
tela tóxica. Insana mente de verbos desconjugados, virgulino lampejando sem
vírgulas, faroeste caboclo de candangos desesperados. Notícia corre no mundo
dos insanos. A vida tão espezinhada, ultrajada por fanatismos e paixões
incontroláveis, copiada por personagens doentios do cinema, resumida à nada.
Estes foram meus pensamentos diante da ação suicida de Francisco Wanderley.
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