Já vimos elefante pintar quadros, chimpanzé desenhar e ter seus desenhos leiloados, cão observar
artista e depois pintar a própria arte, rinoceronte idoso segurar o pincel com
a boca e fazer seus desenhos. Estamos falando de sensibilidade, de intuição, de imitação, de
alma ou anima. Se o Homem é o epicentro das artes, seu miolo de criatividade é
a sensibilidade aliada ao trabalho. Este miolo tem fluidez natural, tem
habilidades de observar, reter, repetir gestos, tem capacidade de organizar
traços e combinar cores. Este miolo exerce suas faculdades de forma atemporal.
Basta concentrar atenção na tela em branco e, de repente, surge a necessidade
de preenchê-la com algo, pois o vazio tem vida própria e nos chama a criar ou
ocupá-lo.
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