sábado, 2 de novembro de 2024

FINADOS

 

Talvez não estejamos vivos. Talvez apenas vivemos o sono da vida e o sono da morte como experiências de autopercepção individual, até que voltemos para a vida verdadeira da unicidade sem indivualidade. Pela distância e pela ausência podemos aperfeiçoar tais percepções. A ausência amorosa torna-se saudade ou dor. A ausência fria torna-se indiferença e esquecimento. A ausência com apego torna-se inércia e carência. A ausência espontânea gera outras prioridades afetivas. O feriado de Finados é uma oportunidade para esta reflexão: que tipo de ausência alimentamos na alma.


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