segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

O EPICENTRO DA ARTE (19)

 

Agora são muitos os olhos para se contemplar um pedaço universal de arte. Os olhos da mão tateiam texturas e relevos. Os olhos meninos vasculham familiaridades excêntricas. Os olhos da pele arrepiam pelos e temperaturas. Os olhos da medida conferem proporcionalidades. Os olhos inquietos procuram por movimentos e curvas. Os olhos da face contemplam beleza e simetria. Os olhos do Subconsciente navegam por símbolos e signos. Os olhos do Inconsciente atravessam véus da paisagem interna. Os olhos da Alma decifram códigos da ancestralidade. Os olhos do ouvido revelam sons ensurdecedores da colagem. Os olhos do olfato se deliciam com fragrâncias subjetivas. Os olhos do silêncio se encontram no infinito. A arte é sutil por excelência.


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