Agora são muitos os
olhos para se contemplar um pedaço universal de arte. Os olhos da mão tateiam
texturas e relevos. Os olhos meninos vasculham familiaridades excêntricas. Os
olhos da pele arrepiam pelos e temperaturas. Os olhos da medida conferem
proporcionalidades. Os olhos inquietos procuram por movimentos e curvas. Os
olhos da face contemplam beleza e simetria. Os olhos do Subconsciente navegam
por símbolos e signos. Os olhos do Inconsciente atravessam véus da paisagem
interna. Os olhos da Alma decifram códigos da ancestralidade. Os olhos do
ouvido revelam sons ensurdecedores da colagem. Os olhos do olfato se deliciam
com fragrâncias subjetivas. Os olhos do silêncio se encontram no infinito. A
arte é sutil por excelência.
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