sábado, 26 de março de 2011

INTEGRIDADE INTERIOR E EXTERIOR

Integridade continua sendo um aspecto muito importante no processo de despertar da consciência, uma vez que somos interconectados e assistimos, a todo o tempo, exemplos de corrupção, inveja, mentiras, egoísmo, resistência, manipulação, arrogância e medos. Não é nada fácil desconstruir a humanidade, mas se tentamos fazê-lo soa como surreal, mesmo com a ajuda da Graça Divina.
Quando falta-nos a integridade interior, brigamos por nossas opiniões perpetuando cada vez mais a sensação de que somos separados uns dos outros, defendemos nossa agenda pessoal calcada num sistema de crenças desatualizado e míope, mentimos para nós mesmos para não ter que encarar aquilo que teimamos em negar e esconder em nosso passado ou em nosso interior, iluminamos o foco das diferenças para impressionar muitas pessoas à nossa volta pois sabemos vergonhosamente que não somos aquilo que pensamos ou gostaríamos de ser. Vivemos de forma melindrosa e nem podemos dizer o que realmente pensamos.
Quando falta-nos a integridade exterior, tornamo-nos cúmplices de uma rede de mentiras, movida pelo egoísmo, desejosos de vencermos à qualquer preço e levarmos vantagem sobre os demais; revelamos ao mundo nossos piores defeitos e deixamos a moral de lado como se fosse algo supérfluo, sem lembrarmo-nos de que todo mundo está vendo claramente o que fizemos. Baixamos nossa guarda em certos aspectos e erguemos uma muralha de defesa em outros, pois espalhamos cizânias ao vento e a poeira atinge nosso próprio olhar, deixando-nos momentaneamente cegos. Vivemos de uma forma competitiva e amealhamos inimigos até nos lugares mais sagrados.
Como pode haver despertar de consciência sem integridade, com ego acentuado, com desamor? Como podemos ser vistos pela Graça Divina se estamos escondidos sob o guarda-chuva da significância ou sob o paraquedas do medo? Como rezamos Senhor-Senhor e vivenciamos apenas o meu-meu-meu? Se houvesse uma fila para sermos despertados pela Graça Divina, com certeza teríamos que retornar ao fim dela cada vez que nos faltasse integridade interior...

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