sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O ÊXTASE DE BENEDITO JOSÉ


Que fique bem claro desde o início. Que estas palavras sirvam de inspiração para os que acreditam e motivação para os que ainda duvidam. Que estas palavras sirvam única e exclusivamente ao propósito Divino. Trinta segundos tocando o Srimurthi bastaram para eu cair em êxtase.

Não é necessário criar expectativas sobre o novo processo do despertar. Isto é hábito da mente controladora. Nem é preciso esperar que algo aconteça com você diante de todos. Isto é busca por significância do ego. O que tiver que acontecer acontecerá e o que não tiver que acontecer não acontecerá. A Graça Divina tem seus mistérios e o corpo humano precisa se preparar melhor para recebê-la.

O novo processo chama-se Oneness Bhakti Yoga, OBY para os íntimos, e está sendo espalhado no mundo à pedido daqueles que querem compreender o fenômeno incrível, o despertar da consciência, e que está varrendo a India nos últimos cinco meses. Como os Indianos vêem Deus em tudo e em todos, sendo extremamente devocionais, eles estão na frente. Poderia ser qualquer outro país ou cultura, desde que fossem devocionais para atrair os olhos amorosos da Graça. A visão indiana, além de ser milenar, baseia-se em ritos e rituais sagrados que foram revelados por Deus à seres iluminados, aqui na Terra, sendo povoados de sacralidade e intenção de comunhão com o Divino.

Após realizarmos uma destas cerimônias indianas, diferentes de tudo o que estamos acostumados no mundo ocidental, percebemos como todos os caminhos nos levam à Deus. Depende mesmo é da intenção em nosso coração. Pouco a pouco a gente vai se envolvendo e sentindo a Presença Divina cada vez mais forte. Feita a preparação completa para recebermos Deeksha do Srimurthi, entrei num processo profundo de comunhão com Deus por mais de trinta minutos, enquanto os outros participantes tocavam os pés de AmmaBhagavan e obtinham suas experiências. Estava tão bom que nem queria me levantar para entrar na fila. Foi como se estivesse recebendo uma Deeksha diretamente das mãos físicas de AmmaBhagavan ou de Jesus, uma mistura de amor incondicional com vazio profundo, como se fosse uma viagem pelo cosmos que eu não queria que terminasse jamais, uma expansão pelas vastas moradas de Deus. Foi difícil eu me levantar sozinho da cadeira e caminhava lento com a fila, coberto ainda pelo véu da comunhão. Quando chegou a minha vez de tocar o Srimurthi, o amor incondicional foi ficando cada vez mais insuportável, como se o corpo não estivesse totalmente preparado para tal bênção, como se todas as barreiras da mente tivessem sido removidas, como se eu precisasse ser carregado pelas mãos de Cristo rumo ao Pai Eterno. Neste momento Skip Miller colocou algumas pétalas de rosa em minhas mãos e conduziu-me bem em frente ao Srimurthi. Prostrei-me de joelhos, pronto para cantar um cântico sagrado indiano que aprendi no Nivel I, e chorava copiosamente diante de tal magnitude esplendorosa. Skip repetia baixinho as palavras “Good Boy...good boy....kiss the Divine...” ( bom menino, bom menino, beije a Deus…). Ofereci as pétalas à ELE e finalmente toquei o Srimurthi . O fluxo de Deeksha se intensificou muitas vezes. Só sei que nem deu tempo de fazer o que havia planejado anteriormente, pois a mente não havia sido convidada para aquele encontro. De coração aberto, quase arreganhado, entreguei-me ao Espírito e senti que despencava em queda livre interminável e caí em êxtase muito rápido. Dizem que quase derrubei o Srimurthi e que fiquei uns 45 minutos sem me mover, com os dedos no ar desafiando a gravidade. Meu corpo não era mais o meu corpo. Meus pensamentos não eram meus, mas de vez em quando surgia um louvor a Deus em gratidão perpétua. Minha mente não era minha, não havia ninguém dentro de mim, não havia separação nenhuma, apenas comunhão e amor incondicional, um silêncio maior do que o universo, um mergulho num espaço misterioso que desprezava qualquer vontade de entendimento. Ao fundo ouvia os sons de um gongo mágico que se aproximava cada vez mais perto,  vibrando agradavelmente dentro daquele espaço vazio. Era tempo de retornar ao aqui e agora, com a certeza de que Deus está mesmo ao nosso redor e dentro de nós, vinte quatro horas por dia, vendo, ouvindo e sentindo tudo o que vemos, ouvimos e sentimos. Era hora de despertar uma nova realidade divina interior e de se preparar para repartí-la com a humanidade sofrida. Era hora de anunciar a boa nova à todas as pessoas que perderam a esperança e a trocaram por uma mente materialista e um coração gélido.

Desde então, tudo ao meu redor revela essa presença tão divina e real. De tempos em tempos sinto algo se mexendo nos lobos esquerdo e direito como se alguém estivesse consertando meu cérebro. Basta eu colocar as mãos sobre a Bíblia Sagrada aberta e já recebo uma Deeksha intensa, levando-me de novo para aqueles estados elevados de consciência. A mente já não ocupa um papel tão determinante em minha existência. Não sei o que vai acontecer daqui por diante, e nem preciso saber. Só sei que é apenas o começo de algo maravilhoso que vai acontecer com você também, assim que você se entregar ao Divino e pedir para ELE lhe acolher na Graça. Faça tudo o que for fazer como se fosse a coisa mais sagrada do mundo, coisas simples como beber um copo de água, um abraço no filho, uma palavra amiga, um gesto de caridade, pois Deus está dentro e fora de você, movendo-se com você, experimentando a existência terrena dentro de você, pois afinal, a partir de agora, você não mais existe.

Um comentário:

Juliana Freire disse...

eu queroooooooooooooooo!!!!!!!