domingo, 28 de agosto de 2011

A CURVA

Quando colocamos  os acontecimentos do mundo num gráfico, podemos perceber que de tempos em tempos a linha do tempo vira uma curva. Os tempos atuais representam uma nova curva muito significativa, daquelas que mudam o rumo da civilização em nome do equilíbrio das espécies existentes, incluindo os homens.
Nos tempos romanos de Calígula havia um tremendo mal-estar no mundo, uma crise moral sem precedentes, uma barbárie humana imperando em todos os ambientes políticos, econômicos e sociais. A vida humana parecia ter perdido o sentido devido à insegurança, à violência perpetrada e sustentada pelo abuso das leis vigentes, à corrupção estimulada e praticada pelos governos, às injustiças sociais que denegriam o respeito humano, aos desvios sexuais proliferados por toda  a população da época. Foi preciso o surgimento do Cristianismo para balançar as estruturas.
Há alguns anos fizeram um experimento com ratos, o qual traduziu esta curva dos acontecimentos. Alguns ratos foram colocados num ambiente fechado com bastante alimento à disposição deles. No início era tudo uma beleza. Todos comiam e viviam alegremente, dedicando um tempo maior às atividades sexuais. Com o passar do tempo a população explodiu e já não havia mais alimentos disponíveis para todos os ratos, gerando conflitos, fazendo com que as mães comessem os novos filhotes, os machos se envolvessem em atividades homossexuais, surgindo novas doenças e matando muitos deles até atingir novamente um ponto de equilíbrio. Curiosamente a natureza tem seus caminhos naturais de homeostase.
O ano de 2012 revela mais uma curva nesta linha da história que escrevemos consciente ou inconscientemente. Comportamentos são instalados inconsequentemente, a violência é aceita e deixada de lado por desinteresse de quem deveria se interessar em corrigi-la com determinação. Valores são descartados. Crianças abandonadas pelas ruas roubam para satisfazer seu desejo de consumo estimulado cegamente pela mídia do capitalismo. O descuido com o planeta em nome da exploração monetarista impera majestoso. Tal qual um copo cheio que é inclinado para despejar o que nele existe, assim também a humanidade será entornada nos próximos anos. Quem viver verá!!!

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