quarta-feira, 6 de setembro de 2023

AUTOBIOGRAFIA DE UM MORTO (18)

 

TRADUZINDO O ABISMO

Deus tem o tamanho da percepção de cada um, isso nos foi comunicado por seres elevados. É melhor a gente descrevê-lo imensurável para acabar logo com o assunto. A contagem dos números também é infinita, por isso Deus entende de matemática e podemos afirmar que ela veio Dele. Não se pode contar quantos pensamentos foram gerados por todo ser vivente, muito menos se incluirmos os seres desencarnados, portanto os pensamentos não são humanos, são divinos e infinitamente organizados pela eternidade. O abismo nos parece terminar no vale, mas o abismo fora da percepção não se cansa de descer ininterruptamente. A queda livre é algo prazeroso, puro êxtase quando se confia que ele não tem fim como Deus não tem. Chega um instante em que não sabemos mais se estamos descendo ou subindo, sem direção, sem resistência nenhuma, soltos de nós mesmos. Onde o abismo não tem tradução e os vales nada valem como linhas limítrofes, há que se permitir viver sem fronteiras nos mundos espirituais, em pleno exercício de confiança no Todo Poderoso.


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