quarta-feira, 6 de setembro de 2023

AUTOBIOGRAFIA DE UM MORTO (13)

 

NO VORTEX DA ILUSÃO

Sair da matéria implica entrar em fluidos sutis, cujo único movimento é elíptico, dentro de cavidades de vácuo. Somos forçados a circular os olhos para não perder nada de vista, mas a sensação maior é a de estarmos sendo sugados pelo ralo cósmico. É assim que se dissolvem as emoções no astral. A consciência que toma conta de nossas percepções torna-se nosso veículo de transporte. Por segundos somos tornados, furacões, ciclones, redemoinhos, cujo único eixo é saber-se existente. O giro é tão veloz que destrói o conceito de tempo terreno, criando o novo conceito de tempo profundo. Para-se de repente, inesperadamente. Volta-se a girar intensamente, dentro de novas complexidades. A alma torce e contorce a essência. O Espírito injeta energia e massa à alma. A essência se consome em larga escala.


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