NO VORTEX DA ILUSÃO
Sair da matéria implica entrar em fluidos sutis, cujo
único movimento é elíptico, dentro de cavidades de vácuo. Somos forçados a
circular os olhos para não perder nada de vista, mas a sensação maior é a de
estarmos sendo sugados pelo ralo cósmico. É assim que se dissolvem as emoções
no astral. A consciência que toma conta de nossas percepções torna-se nosso
veículo de transporte. Por segundos somos tornados, furacões, ciclones,
redemoinhos, cujo único eixo é saber-se existente. O giro é tão veloz que
destrói o conceito de tempo terreno, criando o novo conceito de tempo profundo.
Para-se de repente, inesperadamente. Volta-se a girar intensamente, dentro de
novas complexidades. A alma torce e contorce a essência. O Espírito injeta
energia e massa à alma. A essência se consome em larga escala.
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