Entre o passado e o futuro, jazz a Humanidade; ora
indiferente, ora entusiasmada, ora consciente, ora entornada. Inconscientes do
que somos e das razões pelas quais iniciamos algo, pairamos sobre o ninho
provisório das ignorâncias, certos de que estamos fazendo a coisa certa, certos
de que somos justos e incansáveis nas interações com a realidade que se
apresenta diante de nós, envoltos na aura do autoengano de que somos donos da
verdade. Tombo após tombo, experiência após experiência, ausência após
ausência, a linha do tempo permanece rígida e exigente para com nossas
percepções. Há quem queira enxergar, mas há também quem apenas vê e nada
aprende ou apreende. A linha do tempo virou corda bamba para muitos, sobre a
qual tentam equilibrar pensamentos e emoções, enquanto a iluminação não vem.
Com rede ou sem rede abaixo do trapezista, a queda é inevitável. Ainda bem que
inventaram a resiliência, a coragem, a perseverança e a iniciativa. Estes são
alguns recursos disponíveis no âmago intelectual, podendo ser usados com
fartura, enquanto não compreendem a importância fundamental da aceitação em sua
travessia.
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