sexta-feira, 18 de maio de 2012

O DESENVOLVIMENTO INFANTIL


Ao nascer, a criança não se sente como um ser separado da mãe. Esta unidade é a experiência mais rica que uma mulher pode ter. O bebê torna-se o centro do universo, um ser único, o foco principal de sua existência. Na rua, ela sai atropelando as pessoas pois seu filho precisa ser protegido constantemente para que sobreviva.

Aos poucos ele vai se percebendo ao mexer as maozinhas que, misteriosamente, desaparecem de sua vista. Depois ele adquire certa autonomia ao descobrir outras partes do corpo e como comandá-las. Nem percebemos nós que neste momento a criança está aprendendo a educar seu olhar. Basta segurar o bebê de outra pessoa em nosso colo para notar que ele, aos cinco meses, evita nos olhar no rosto, reservando este direito somente aos pais.

O tempo passa e ele começa a descobrir a verticalidade, a possibilidade de se levantar, explorando novos espaços para perceber tudo o que não é parte de seu corpo. O próximo passo é tentar dar um passo, ou muitos, descobrindo os rítmos, ao mesmo tempo em que domina a percepção de espaço e tempo. Que momento lindo em seu desenvolvimento. Tão novo e tão conectado com a dimensão humana em seus moldes  de consciência. Tão vulnerável e tão desbravador.

Agora chegou a vez de organizar o aprendizado por repetição e associação, o pensamento e a linguagem. Outro momento lindo e definitivo em seu desenvolvimento. Outra descoberta magnífica, a de se comunicar, de se expressar, de negociar, de conquistar, de saborear as pequenas vitórias. Aquela pessoinha em miniatura agora é gente de verdade. Ainda inocente e dependente, entrega-nos a esperança em seu olhar, despertando em nós a pureza de intenções e a expansão do coração emocional. O mistério da vida se repete e se propaga através de nós.

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