sexta-feira, 18 de novembro de 2011

ESSE TAL DE EGO

Todas as pessoas egoístas deveriam ser eliminadas da Terra se quiséssemos viver num mundo sem violência. Infelizmente não é assim tão fácil, pois o ser humano só é programado para operar em dois modos, pelo ego e pela alma, além de escolher conscientemente a quem ouvir, obedecer, colaborar ou dominar.

O Ego é aquela parte necessária da mente, responsável pelo desenvolvimento racional e intelectual do cérebro, visando a sobrevivência material e física nos mais diversos ambientes. Caracteriza-se pela busca da satisfação pessoal através dos desejos e do prazer imediato. Inimigo da inclusão e impossibilitado de expandir horizontes, o Ego persiste na teimosia burra e cega de se ver como o centro do universo e de se achar o tal.

Elogia tanto a si mesmo que nem dá tempo para os outros reconhecê-lo ou admirar o seu trabalho e suas qualidades. Tem complexo de grandiosidade e são imaturos ao extremo, eternamente inseguros, constantemente medrosos. Filtram o mundo pelos cinco sentidos apenas e vestem-se de poderosos e autoritários, frios e ríspidos, sem consideração alguma pela dor do próximo. Mas há também aqueles que desenvolvem o Ego Espiritual e fazem-se de bondosos líderes religiosos, donos da verdade divina, preocupados somente com o exercício do poder e com a auto-imagem positiva e engrandecedora.

O egoísta mente para si e para o mundo com o intuito de levar vantagem em tudo, sugando a energia e o dinheiro das pessoas mais vulneráveis que encontrar. Sofre de ignorância crônica e torna-se “o mala” nos encontros sociais. Nos relacionamentos é fonte constante de conflitos e violência física pois desrespeita as necessidades e liberdade alheias, desprezando os parceiros amorosos em nome da própria arrogância.

Esse tal de Ego é um bobalhão crescido no tamanho e encolhido no coração, a procurar apenas satisfação sexual em seus relacionamentos, sem nenhuma coragem de assumir compromissos com a felicidade dos outros. Afinal, ele está ocupado demais em olhar e admirar o próprio umbigo e até perdeu a visão do horizonte. Seu final é a síndrome do fracasso, vestido com o manto das aparências enganosas, sentado no trono do abandono, segurando o cetro da indiferença e ajeitando na cabeça vazia a coroa de pedras semi-perniciosas. Você conhece ou já conviveu com algum egoista???


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