terça-feira, 21 de setembro de 2021

POR ONDE COMEÇAR

 

Vamos falar de saúde mental. Vamos incluir este tópico em toda conversa de grupos. Vamos contribuir com a proliferação de entendimento sobre algo que rouba vidas preciosas quando a saúde mental se ausenta. Vamos investigar não só as raízes do problema, mas também sua manutenção constante pela sustentação de dinâmicas disfuncionais no núcleo familiar e social. Primeiro identificamos as formas de diálogo mais constantes que apenas geram confrontos, as crenças distorcidas, a ausência dos afetos nas palavras agressivas de crítica excessiva, a sensibilidade ao sofrimento dos outros, os pedidos subliminares do socorro que nunca chega. Passamos em seguida aos momentos possíveis de concordância e convergência, à motivação e reconhecimento de talentos pessoais negligenciados, aos desejos negados. Gerando uma certa esperança no ambiente, se pode falar sobre recursos disponíveis para o bem estar da pessoa afetada, sem imposição, mas com a consciência de tentar algo diferente para obter resultados diferentes. Por fim, adicionamos o “eu te amo” sincero, com ou sem pedidos de desculpas, o “pode contar comigo” quando a percepção da pressão interna ficar insuportável, o “vamos conhecer pessoas que passaram pelos mesmos desafios” e se saíram melhor. Afinal, ninguém nos prometeu um jardim de rosas. Mesmo assim, rosas têm espinhos.


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