domingo, 25 de novembro de 2012

DOSIMETRIA TERAPÊUTICA



A determinação das penas a serem imputadas pela justiça aos condenados, como no processo histórico do Mensalão, por exemplo, trouxe á tona o conceito de dosimetria, o qual questiona e decide sobre o tempo necessário para a punição ou correção de um erro. Os castigos que os pais aplicam sobre seus filhos desobedientes passam ou passavam pela mesma avaliação dosimétrica, e as penas são mais rígidas proporcionalmente à ignorância, ao nível de estresse, ao desequilíbrio emocional e ao autoritarismo dos pais.

No tratamento psicológico também existe a dosimetria. Os Psicanalistas Freudianos investem em sessões á longo prazo para dar tempo ao cliente de fazer todas as associações possíveis e necessárias para que o conflito seja resolvido, levando ás vezes até dez anos. Os Psicólogos trabalham com as reflexões á médio prazo para que o fator tempo não desanime nem provoque mais agitação no núcleo emocional dos clientes. Já os Terapeutas Holísticos trabalham à curto prazo, conciliando uma variedade maior de técnicas terapêuticas, oferecendo a visão panorâmica das situações conflituosas e sugerindo rotas de solução para os problemas que foram exagerados pela mente humana.

Não existe dosimetria perfeita nem melhor. O cliente deve crescer em autoconhecimento, o suficiente para perceber melhoras em seu quadro clínico, aplicando as técnicas oferecidas pelos profissionais de saúde mental, e beneficiando-se do discernimento adquirido independentemente do tempo de tratamento. Quanto maior o desequilíbrio bioquímico ou mental, mais tempo para tratamento. Quanto maior o compromisso do cliente em se ver como parte da solução e maior sua disponibilidade de experienciar novos posicionamentos nas relações humanas, menor será o tempo para caminhar com as próprias pernas. O tempo é ator coadjuvante no processo terapêutico. A abertura ao novo é a água divisória entre o conflito e a libertação dele. O profissional é o anjo paciente.

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