quarta-feira, 7 de setembro de 2011

EVOLUÇÃO



É difícil começar um processo de crescimento, entrar nele, mas uma vez que nos engajamos é fácil esquecer onde estamos. Perde-se a visão panorâmica e cada degrau ou estágio nos envolve de certa maneira que somos atraídos pelos sentimentos.

A raiva, muitas vezes sublimada por anos a fio, quer colocar suas garras de fora e não encontra um terreno lógico para florescer. Ou se encontra, explode em mil fragmentos de palavras torpes e compromete as relações que poderiam fornecer elementos essenciais para o nosso crescimento. A agressão não combina com nossos propósitos mais elevados, muito embora ela insista em existir para denunciar a necessidade que temos de ser ouvidos. Se não superarmos a raiva, não haverá evolução.

As paixões da carne sustentam acesa a chama do imediatismo, os atos animalescos e precipitados, e o fogo das carências que são frutos de condicionamentos familiares. As paixões decretam a necessidade da presença eterna do outro para se completar, se estruturar, se perceber e se organizar no mundo. Favorecem o surgimento do sentimento de culpa e o desgaste da cumplicidade. Elas impedem ou atrasam o processo evolutivo por consumirem energia psíquica, tão importante no equilíbrio dos chakras.

O egoísmo é o terceiro obstáculo emocional do desenvolvimento ininterrupto. Os interesses pessoais acentuam a separação e a competição entre as pessoas, provocando um consumo exagerado de energia no gerenciamento dos conflitos criados. Não existe evolução dentro da desconexão. Egoísmo é imaturidade, é quebra de harmonia do todo, é um contrato com o atraso existencial. Egoísmo é insegurança, busca de significância, é um tiro no pé na maratona da vida. A distorção de se achar o centro do universo, a paixão ardente do corpo e agressão gratuíta são três aspectos a serem sempre observados dentro de qualquer processo evolutivo.

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