segunda-feira, 27 de abril de 2015

ESPIRITUALIDADE E ALGUNS DESEQUILÍBRIOS


Toda a ciência mental passa de tempos em tempos por reformulação para atender e incluir novos comportamentos ou ramificações de seus diagnósticos. Embora eu não seja médico nem cientista, mas trabalhe na área holística, a gente acaba expandindo os conhecimentos para setores resistentes da ciência, tais como alma e espiritualidade. Hoje eu gostaria de tratar de uma abordagem mais profunda sobre a espiritualidade nos distúrbios mentais e o surgimento de uma destas ramificações.

Trata-se de um predomínio dos pensamentos recorrentes de que a pessoa cometeu algum erro espiritual, envolveu-se demais, expandiu-se demasiadamente, um sentimento de ter se descuidado nos contatos espirituais, um conceito de pecado do exagero nos planos místicos, algo bem distinto do fanatismo. A pessoa foca-se unicamente na força avassaladora dos pensamentos, querendo controlar o que não pode nem deveria, sentindo-se prisioneira da mente, visitando estados esquizofrênicos. Torna-se difícil receber ajuda exatamente por não mais ouvir os outros. Falta-lhe chão. Ela se sente suja interiormente e quer se lavar, se purificar, se limpar, para voltar a ser quem era antes da experiência de entrega total, agora sem sucesso. Ela não se aceita, não se desapega dos pensamentos ou práticas espirituais, não entende a necessidade de mudar o foco para descansar mentalmente, não valida as experiências obtidas e debruça-se sobre as cargas emocionais do passado de forma incontrolável. Se for muito jovem ou adolescente, tende a ter crises sociais ou a desistir da escola onde consumiu drogas alucinógenas. Há um conteúdo sexual altamente reprimido, evitado por elas a qualquer custo. Há uma resistência natural em aproximar-se da verdade quando vista como ameaça.  Fisicamente, trata-se de desequilíbrio nos três primeiros chakras inferiores, a níveis hormonais, projetando-se de forma ascendente diretamente para o chakra da garganta que controla a expressão vocal das emoções, levando-a a sentir-se distante do próprio coração ou a ter vômitos para expurgar as toxinas espirituais. Quanto mais ela se isola, mais dá força aos pensamentos. Quanto mais ela se envolve com atividades diárias e profissionais, quanto mais cedo ela abandona provisoriamente as práticas espirituais, quanto mais ela aprende a não dar importância aos próprios pensamentos, mais rápido ela se socializa.


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