sexta-feira, 8 de abril de 2011

O MASSACRE DE REALENGO


O mundo é uma família, já dizia Bhagavan, visionário da unicidade, da unidade e da consciência elevada. Como família sentimos o sofrimento das vítimas das enchentes de Nova Friburgo e do tsunami no Japão. Agora sofremos juntos a chegada ao Brasil da violência contra as crianças inocentes, no massacre de Realengo acontecido ontem.

Nos próximos meses cobraremos muito mais do governo federal para tomar decisões que possam evitar a repetição desta tragédia no futuro. Ouviremos e assistiremos movimentações desarticuladas sobre o evento. Correremos o risco de transformarmos a tragédia em apenas mais uma notícia entre tantas outras de cunho devastador. Leremos perguntas sem respostas que mais desviam o foco do que apontam verdadeiras soluções. É bem provável que tentaremos nos livrar de nossas responsabilidades sociais pois há algum tempo atrás votamos a favor do armamento.

Agora é hora de compreendermos melhor a importância de selecionarmos melhor os estrangeiros que imigrarão para o Brasil, pois trazem suas culturas consigo. É hora de equiparmos melhor nossos professores e educadores para proteger melhor nossas crianças nas escolas contra o bullying ou ameaças entre alunos, convidando toda a sociedade a debater este assunto com afinco. É hora de levantarmos uma campanha nacional contra o narcotráfico irresponsável e o contrabando de armas antes que todo o tecido social seja rasgado pela omissão de nossos governantes. É hora de resgatarmos os valores humanos nas escolas para pavimentarmos uma estrada futura que nos conduza à paz e à convivência familiar saudável. Diante de tamanha monstruosidade que nos confunde quem é a verdadeira vítima em toda esta estória, resta-nos a interiorização e a compaixão como instrumentos de lucidez e consciência.

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