quinta-feira, 2 de agosto de 2012

HOJE EU AMEI O EGO


Confesso que foi uma experiência nova para as minhas percepções do Ser que sou. Hoje eu amei o meu ego. Não é preciso matá-lo para expandir minha consciência. Da mesma forma que um animal luta para sobreviver, pois possui ego, eu também fui dotado de uma fagulha intensa de autopreservação. O ego não tem culpa se foi criado com esta função específica de nos proteger, a qualquer custo, mesmo que ele tenha se extrapolado em suas atividades. O papel do pulmão é respirar. A função da noite é descansar a transição do tempo. O papel do mal é nos fazer sentir saudades de algo oposto. O ego não tem culpa de nada. Ele cumpre muito bem o seu papel.

Hoje eu amei o meu ego e com este amor, de característica libertadora, eu pude libertá-lo de minhas condenações sumárias. Sendo o ego de característica curiosa, posso envolvê-lo na beleza do serviço ao próximo rumo à unidade e deixá-lo pensar que foi ele que nos uniu. Posso despertá-lo para as maravilhas da transformação divinal e incluí-lo amorosamente neste processo unificador. O ego também merece o meu amor e o meu perdão por tudo o que fez comigo, se eu quiser despertar minha consciência. 

Se tratado com amor paternal ele nos obedecerá e dormirá em nosso colo. Se tratado com amor maternal ele se alimentará do silêncio que lhe oferecermos como refeição plena do dia. Se tratado com amor fraternal, ele nos acompanhará nas brincadeiras de felicidade suprema. Não se esqueça, porém, de uma regra muito importante. Ele só não pode ser tratado como Rei, senão nos escravizará com o sofrimento e nos jogará na toca dos leões imaginários.

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