A palavra que sai da boca das pessoas é como o ar que passa
por nós e vice versa. Toda palavra, ao ser transmitida, carrega em si a força
que move e está contida dentro das pessoas, podendo ter diferentes intensidades
e resultados harmoniosos ou conflituosos, com ares de brisa, vento ou furacão.
Quando existe diálogo e aceitação, respeito e consideração,
fineza e educação, a palavra tem característica de BRISA, sem querer tirar as
coisas do lugar, preservando a harmonia dos encontros, incluindo as diferenças,
criando uma interação agradável e desejada. Pode-se abrir as janelas da
variedade sem se sentir ameaçado. O conhecimento é compartilhado e utilizado
como instrumento de conciliação e crescimento. A inteligência vence.
Quando o diálogo se sustenta pela diferença de opiniões,
pela abertura de exposição de idéias, pelo questionamento de vários ângulos ou
fatores envolvidos na conversa, a palavra tem característica de VENTO, com
possibilidades de mudança de comportamento, de comprometimento da interação
gerando ciúmes e ampliando inseguranças e criticismo, com potencial para a
inclusão de outras pessoas em busca de apoio e força, para prevalecer o rumo
defendido por uma das partes, em benefício ou não do grupo. A razão vence.
Quando existe vitimização, desrespeito, posturas de ataque e
de acusação, a palavra tem característica de FURACÃO, prevalecendo a energia
acalorada de inferência, a paixão pela imposição, a descompostura com palavrões
e ameaças de barraco, a defesa da agressão como solução, a voz alta e
desgovernada, o jorro exagerado de adrenalina, o excesso de distorções e o ruído
das emoções antigas. A ignorância vence.
Quem controla o que a boca vai soprar???
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