sábado, 12 de janeiro de 2013

O QUE NÃO É AMOR


Amor por gente e amor por objeto não são a mesma coisa. Amor e paixão não são a mesma coisa. Amor fraterno e amor filial não são a mesma coisa. Todas estas formas são expressões de apego ao corpo, a uma idéia ou conceito de união, apego a alguém por carência e proteção, ligação por natureza, projeção de bondade, energia sensual ou sexual, medo de ficar só, fantasias e respostas aos estímulos externos.

Para ser compreendido verdadeiramente, o amor deve sair das raias do tempo e superar dificuldades buscando sempre a conciliação; deve incluir alguém em seu espaço interior sem deixar o ego prevalecer; deve aprender a cuidar sem pedir nada em troca. Fora deste processo de purificação ou destilação, o sentimento que seria fortalecido pelos vínculos torna-se algo inferior e responsorial.

Falar de amor pode ser banal e ler sobre amor pode ser desinteressante, mas a verdade é que a maioria das pessoas passa pela vida décadas e décadas sem conhecer o amor incondicional, por confundir amor com dependência e condicionamentos. Quando se observa ao nosso redor os sons provenientes das relações, encontram-se muitos ruídos de comunicação e distorções entre as percepções da mente e do coração. 

Num mundo onde prevalece a busca pelo imediatismo, não dá tempo de cultivar o verdadeiro amor. O amor requer paciência, responsabilidade, altruísmo, fascinação, cuidado e ternura. As outras formas de relacionamento precisam apenas de uma boa conversa e um corpo sedutor ou alguns trocados para sustentar o status sonhado.

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