domingo, 6 de janeiro de 2013

O AMOR AO SAGRADO


Você amaria a Deus, ao Diabo, ou aos Dois?


Para quem respondeu a Deus:

E se Deus, em sua totalidade, incluísse todas as polaridades para que a perfeição se manifestasse visível e invisivelmente? E se Deus amasse ao pecador, ao diferente, ao estranho, ao limitado, ao perdido, ao desesperado, ao criticado, ao abandonado, ao iludido, ao carente, ao desequilibrado; quem ficaria fora deste amor divino? E se Deus pudesse ser realmente experienciado somente na esfera da consciência desperta, sem os limites das construções mentais que geram e se alimentam de conflitos, separação e posicionamentos, onde você se encontraria com ELE?

Para quem respondeu ao Diabo:

Definindo diabo como a mente, como algo separado da luz, confuso, enganador, ilusório, sedutor, envolvente, profanador dos Seres de Luz por não ter intimidade com  a luz, ainda assim você se arriscaria a se misturar com a inveja e escuridão deste ser que mata com armas e com palavras, que se apresenta como caminhante da retidão e defensor único da razão? Ainda assim você abriria mão da união para justificar a mente e suas construções mentais baseadas na ilusão? E se o mal o arrastasse para os umbrais da escuridão interior e lhe ordenasse “ Fica comigo para sempre pois Deus não existe”? Não seria tarde demais para voltar atrás?

Para quem respondeu aos Dois:

E se Deus for apenas uma construção mental para representar o bem, e o diabo for uma outra construção para representar o mal, quem colocaria você acima das dualidades para experimentar o Absoluto e a Felicidade Suprema? E se você se desse conta de que a vida aqui na Terra foi apenas um sonho, pois a vida real só acontece na eternidade? E se Deus existisse mesmo como nos foi ensinado pelas religiões, hoje você iria se dar bem ou mal? E se o diabo existisse mesmo como nos foi ensinado, hoje você foi enganado por ele e por seus seguidores ao aceitar que ofendam juntos o Sagrado e defendam juntos o ofensor? E se o amor do Absoluto for mesmo libertador, como percorrer a estrada do sagrado sem abandoná-la e sem dirigir o carro de nossa existência pelo acostamento trépido e intrépido do julgamento e das discussões infundadas? A polaridade é ou não é um presídio de almas? “Daí a Deus o que é de Deus e a Cesar o que é de Cesar” já dizia a sabedoria cristã.


Moral da estória:
O Homem jamais pensará como Deus. Jamais conhecerá o pensamento de Deus. Só lhe resta se dissolver no Absoluto da existência, da consciência e da felicidade suprema. A intimidade com Deus só acontece no território da não-existência.


Nenhum comentário: