Fim de semana ou feriados nos chamam para um destino certo,
pelo menos para a maioria da população brasileira. Este país, bonito por
natureza, nos presenteia com as praias mais variadas e belas do continente
americano. Todos nós amamos ir à praia por razões diferentes, mas a brisa
marítima quando abraça o sol e nos convida para a cerimônia é um espetáculo à
parte.
Turistas fotografam a paisagem para levá-la virtualmente na
mala da memória. Vendedores ambulantes fazem do verão o seu ganha pão, vendendo
bronzeadores duvidosos e sanduíches naturais sem nenhuma fiscalização.
Surfistas se esquecem da multidão e aguardam a próxima onda como se observassem
a própria respiração. Gaivotas decoram o céu azul e se interessam pela comida
humana. A gorda de bikini desfila sua autoestima sob os olhares disfarçados dos
transeuntes. Jovens passam correndo tão velozmente que mal dá para ver o rosto
deles, apenas a barriguinha sarada ou a loira provocante divulgando sua boa
forma física. Namorados caminham de mãos dadas no calçadão como se já
estivessem em lua de mel. A mãe passeia com seu filho inquieto dentro de um carrinho de bebê. O moço brinca com seu
cão, brindando a amizade leal com uma bolinha azul lançada ao mar inúmeras
vezes. O sol reina soberano sobre todos eles.
Não importa quanto tempo se leva para chegar lá, não
importam os gastos que depois a gente dá um jeito, não importa a paisagem
natural nem se as praias estão impróprias para banho. O litoral tem seu
fascínio na própria existência, feito uma página em branco esperando pessoas
escreverem nela suas alegrias, divertimentos favoritos, confissões, repousos,
olhares e conquistas, devaneios criados pela leitura de um bom livro. O
litoral, no verão, é a vida nua e crua, ao sabor de uma cerveja gelada e de um saboroso
espetinho de camarão.
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