Quando conheci Nelson Mandela pessoalmente, em
Toronto-Canadá, ele reforçou a tese de que a liberdade é abstrata mas real,
preciosa mas subestimada, e que ela é nosso bem mais valioso enquanto vivos.
Sou seguidor ferrenho deste ensinamento. A liberdade é meu bem maior, minha
razão de existir, minha motivação para me conhecer como pessoa.
Já que nossa passagem pela Terra é breve, há que se
considerar melhor o valor da liberdade pessoal em nossa existência. A vida é
uma viagem. Quando você viaja, você não se tranca no quarto de hotel, ao
contrário, você se movimenta, busca o novo com olhos de atenção e encantamento,
com olhar de criança curiosa, questiona, pergunta, informa-se sobre o que
aquele lugar tem de melhor para se conhecer. O hotel não lhe prende.
A vida deveria ser desta mesma forma. Infelizmente a vida,
padronizada como foi estruturada, nos amarra ao pé da mesa do trabalho e de
casa. A gente até se esquece de como é a vida em plena liberdade de existir. Poder
se locomover quando quiser, poder mudar de cidade ou de país sem se prender
tanto, poder se relacionar com o maior número de pessoas sem ser impedido pelo ciúme
de outros, poder se expressar em várias línguas e conhecer várias culturas,
viajar até se cansar e tirar umas férias para este descanso.
Ter liberdade de sentir e pensar o que quiser sem ser
rotulado negativamente por pessoas de cabeça curta e fechada. Ter a capacidade
de atender às próprias necessidades, de dançar até quando não houver música
externa, de cantar no banheiro em inglês macarrônico, de ficar só quando quiser
ficar só sem ter que dar explicações. A
liberdade é um exercício de identidade, uma oportunidade de se conhecer melhor
ao fazer suas escolhas importantes na vida. A liberdade é feito asas que nos
possibilitam vôos mais altos...por isso se diz que Deus dá asas para quem não
sabe voar.
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