Tudo que é orgânico, evolve. Tudo o que é dinâmico,
desenvolve. Trabalhar com educação desperta a criatividade dos educadores e
professores, ao lidar diretamente com as crianças como receptores imediatos da
transformação social que acontece sem pedir licença. São elas que funcionam
como amortecedores das mazelas dos adultos e sofrem diretamente o impacto dos
veículos de comunicação. São as crianças que refletem e repetem o comportamento
dos pais. São elas que aceleram as mudanças na sala de aula, muito antes que os
educadores tomem qualquer iniciativa.
A escola do mundo contemporâneo está competindo hoje com a
força da internet e dos videogames. Há que se absorver tais mudanças para poder
redirecioná-las na construção e formação de um cidadão chamado aluno, em vez de
formatá-los como se fazia antigamente. A globalização deu voz e poder às
crianças, as quais denunciam a falta de atualização dos adultos num mundo que
cresce assustadoramente. Por que não ouvi-las, de igual para igual? Por que não
atendê-las em suas descobertas? Por que não tratá-las como antena de mudanças
na hora de desenvolver políticas educacionais modernas?
Tais mudanças recentes nos conduzem para a necessidade de
implementação de projetos diversificados em substituição às aulas padronizadas.
Somente no exercício prático do engajamento, estas crianças poderão desenvolver
seu potencial pleno de inserção no mundo dos adultos. Se a escola for um
laboratório da vida social, se ela trouxer para dentro de suas salas um mecanismo de debates que levem os alunos a
pensarem por si, se ela auxiliar o aluno a se envolver em projetos sociais,
teremos a volta do professor como educador e formador de caráter, como mestre
confiável a mostrar não o mundo mas como viver de forma saudável neste mundo com
tantas transformações constantes e aceleradas.
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