Quem está cobrando o quê de quem?
Esta é a pergunta correta que podemos fazer para compreender
melhor uma situação conflituosa ou para identificar as fontes geradoras de
estresse e ansiedade. É a pergunta certa para aprendermos melhor a amar.
Toda dinâmica entre duas ou mais pessoas ocorre em
oscilações, variações, em ondas, em alternâncias, em mudanças de posicionamento,
em contradições de opiniões, em embates ou combates, em busca do atendimento
das expectativas individuais, em confrontações, em julgamentos e comentários,
em comparações, o que resulta na ilusão do direito pessoal de exigir algo de
alguém.
Só quem se torna consciente de que não deve fazer escolhas
pelos outros, pode se libertar da cobrança, alcançando um nível mais saudável
de relacionamento e respeitando naturalmente as diferenças e individualidades
das pessoas. O nível de confrontação vai ao chão quando se aceita as diferenças
sem julgamento, quando se abre mão de menosprezar o direito ao discernimento de
cada um.
Cobrar muito dos outros impede as pessoas mais próximas de
exercitarem o discernimento, as reflexões, as análises abertas, a contemplação
das possibilidades e, acima de tudo, de saberem o que realmente querem da
própria vida. Novas cobranças são criadas neste posicionamento. Assim também se
ensina a verdadeira responsabilidade dos próprios atos.
Muito contribuímos se não fizermos escolhas pelos outros, se
não cobrarmos resultados que não acontecem por causa das limitações e dos
vetores variados de influência em cada situação, se não forçarmos nossas opiniões sobre os demais e se não
espalharmos sementes de dúvidas na cabeça deles. É assim que ajudamos a
construir relações mais amorosas e mais harmoniosas em nosso núcleo familiar.
Hoje é uma ótima oportunidade para exercitarmos esta sabedoria.
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