segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

RECICLAGEM DE IDEIAS


Dona Maria lava o passeio de sua casa todos os dias. Como tem boas condições financeiras, pensa que pode gastar quanto quiser de água pois pode pagar a conta, sem desenvolver nenhuma consciência “ verde” . Junior lava seu carro todos os sábados, num ritual que dura de 3 a 4 horas, deixando a torneira aberta o tempo todo pois nunca aprendeu a pensar “azul”.

Roberto toma banhos demorados, no chuveiro, como se estivesse tomando banho de cachoeira. Toda a água cinza, como são chamadas as águas usadas em lavatórios, pias, chuveiros e tanques, poderia ser reusada se houvesse algum sistema de reaproveitamento da água em seu edifício. Muitos banheiros públicos já aderiram a torneiras automáticas com pressurizador, uso de gel para lavar as mãos, etc.

Claudinha é meio desligada. Ela está sempre muito ocupada e não tem tempo nem iniciativa para mandar consertar o vazamento da torneira do quintal. Ela já desperdiçou 900 litros de água em um mês, mas não sabe que uma única torneira pingando gasta 32 litros de água por dia.

As águas negras, como são chamadas as águas de esgoto e de resíduos industriais, devem ser tratadas pelas empresas e pelos governos. Se houvesse fiscalização mais rigorosa ou consciência maior dos empresários, os rios não estariam tão poluídos. Muitas empresas e comércios nem imaginam o quanto podem economizar no consumo de água se algumas pequenas medidas forem adotadas.

As Nações Unidas elegeram o ano de 2013 para elevar a consciência das pessoas em relação à importância de se reciclar e reusar a água do planeta. Depois da popularização de campanhas para a reciclagem do lixo, algo será feito para incentivar a reciclagem das águas eliminadas sem contato com a bacia sanitária. Sustentabilidade será a palavra da vez. Comece já a fazer a sua parte.

sábado, 26 de janeiro de 2013

AMOR ÀS PRAIAS


Fim de semana ou feriados nos chamam para um destino certo, pelo menos para a maioria da população brasileira. Este país, bonito por natureza, nos presenteia com as praias mais variadas e belas do continente americano. Todos nós amamos ir à praia por razões diferentes, mas a brisa marítima quando abraça o sol e nos convida para a cerimônia é um espetáculo à parte.

Turistas fotografam a paisagem para levá-la virtualmente na mala da memória. Vendedores ambulantes fazem do verão o seu ganha pão, vendendo bronzeadores duvidosos e sanduíches naturais sem nenhuma fiscalização. Surfistas se esquecem da multidão e aguardam a próxima onda como se observassem a própria respiração. Gaivotas decoram o céu azul e se interessam pela comida humana. A gorda de bikini desfila sua autoestima sob os olhares disfarçados dos transeuntes. Jovens passam correndo tão velozmente que mal dá para ver o rosto deles, apenas a barriguinha sarada ou a loira provocante divulgando sua boa forma física. Namorados caminham de mãos dadas no calçadão como se já estivessem em lua de mel. A mãe passeia com seu filho inquieto dentro  de um carrinho de bebê. O moço brinca com seu cão, brindando a amizade leal com uma bolinha azul lançada ao mar inúmeras vezes. O sol reina soberano sobre todos eles.

Não importa quanto tempo se leva para chegar lá, não importam os gastos que depois a gente dá um jeito, não importa a paisagem natural nem se as praias estão impróprias para banho. O litoral tem seu fascínio na própria existência, feito uma página em branco esperando pessoas escreverem nela suas alegrias, divertimentos favoritos, confissões, repousos, olhares e conquistas, devaneios criados pela leitura de um bom livro. O litoral, no verão, é a vida nua e crua, ao sabor de uma cerveja gelada e de um saboroso espetinho de camarão.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

OS BLOCOS QUE PASSAM


Todas as vezes que um país de forte economia se vale do protecionismo para conduzir seus rumos econômicos com rigor, na falta de visão ou de criatividade, os grandes investidores acabam se afastando deles e tratam logo de criar um novo grupo de países mais receptivos para os seus investimentos especulativos.

Você se lembra do grupo dos Tigres Asiáticos? Ninguém fala mais neles. Entre os países menores só a Coreia do Sul se mantém bem, pois foi a única que revolucionou a educação escolar em dez anos; os outros tornaram-se países medianos. A China, que já era um império, decolou economicamente ao manipular o valor real de sua moeda e inventou e espalhou no mundo inteiro seus produtos descartáveis e inúteis de 1,99.

Você se lembra dos BRICS, do qual o Brasil fazia parte? Esta pergunta, poderá ser feita desta maneira, daqui a alguns anos, pois a vez dos países deste bloco também vai passar. Se a população brasileira das classes media e alta não abrirem os olhos, só nos restará o Chavismo-Lulismo como lembrança deste tempo bom. A China, que já era imperial, tornou-se a segunda potência econômica mundial e continua lutando firme para ser a primeira.

Um novo grupo de países, ainda sem nome, já começa a ser a hora da vez na pupila dos olhos dos mega investidores. Eles estão retirando investimentos do Brasil e da India (BRICS) e estão migrando para o México, a Turquia, A África do Sul e o Vietnã. A economia capitalista é assim mesmo, tudo pelo lucro. Sem investimento externo não há investimento interno. Sem investimento interno, só resta o protecionismo e o encurtamento de visão macroeconômica. A história se repete.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O SOPRO DAS PALAVRAS


A palavra que sai da boca das pessoas é como o ar que passa por nós e vice versa. Toda palavra, ao ser transmitida, carrega em si a força que move e está contida dentro das pessoas, podendo ter diferentes intensidades e resultados harmoniosos ou conflituosos, com ares de brisa, vento ou furacão.

Quando existe diálogo e aceitação, respeito e consideração, fineza e educação, a palavra tem característica de BRISA, sem querer tirar as coisas do lugar, preservando a harmonia dos encontros, incluindo as diferenças, criando uma interação agradável e desejada. Pode-se abrir as janelas da variedade sem se sentir ameaçado. O conhecimento é compartilhado e utilizado como instrumento de conciliação e crescimento. A inteligência vence.

Quando o diálogo se sustenta pela diferença de opiniões, pela abertura de exposição de idéias, pelo questionamento de vários ângulos ou fatores envolvidos na conversa, a palavra tem característica de VENTO, com possibilidades de mudança de comportamento, de comprometimento da interação gerando ciúmes e ampliando inseguranças e criticismo, com potencial para a inclusão de outras pessoas em busca de apoio e força, para prevalecer o rumo defendido por uma das partes, em benefício ou não do grupo. A razão vence.

Quando existe vitimização, desrespeito, posturas de ataque e de acusação, a palavra tem característica de FURACÃO, prevalecendo a energia acalorada de inferência, a paixão pela imposição, a descompostura com palavrões e ameaças de barraco, a defesa da agressão como solução, a voz alta e desgovernada, o jorro exagerado de adrenalina, o excesso de distorções e o ruído das emoções antigas. A ignorância vence.

Quem controla o que a boca vai soprar???

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A EVOLUÇÃO DAS ESCOLAS


Tudo que é orgânico, evolve. Tudo o que é dinâmico, desenvolve. Trabalhar com educação desperta a criatividade dos educadores e professores, ao lidar diretamente com as crianças como receptores imediatos da transformação social que acontece sem pedir licença. São elas que funcionam como amortecedores das mazelas dos adultos e sofrem diretamente o impacto dos veículos de comunicação. São as crianças que refletem e repetem o comportamento dos pais. São elas que aceleram as mudanças na sala de aula, muito antes que os educadores tomem qualquer iniciativa.

A escola do mundo contemporâneo está competindo hoje com a força da internet e dos videogames. Há que se absorver tais mudanças para poder redirecioná-las na construção e formação de um cidadão chamado aluno, em vez de formatá-los como se fazia antigamente. A globalização deu voz e poder às crianças, as quais denunciam a falta de atualização dos adultos num mundo que cresce assustadoramente. Por que não ouvi-las, de igual para igual? Por que não atendê-las em suas descobertas? Por que não tratá-las como antena de mudanças na hora de desenvolver políticas educacionais modernas?

Tais mudanças recentes nos conduzem para a necessidade de implementação de projetos diversificados em substituição às aulas padronizadas. Somente no exercício prático do engajamento, estas crianças poderão desenvolver seu potencial pleno de inserção no mundo dos adultos. Se a escola for um laboratório da vida social, se ela trouxer para dentro de suas salas um  mecanismo de debates que levem os alunos a pensarem por si, se ela auxiliar o aluno a se envolver em projetos sociais, teremos a volta do professor como educador e formador de caráter, como mestre confiável a mostrar não o mundo mas como viver de forma saudável neste mundo com tantas transformações constantes e aceleradas.