Sempre que algum começo
nos seduz, sorrimos de confusão, amamos de paixão, descansamos com ilusão,
acreditando que desta vez vai dar certo. Quando a duração ou manutenção de algo
nos seduz, baixamos nossa guarda, despreocupamo-nos com a comunicação,
abraçamos a rotina e chutamos de lado a criatividade. Se o final ou fim de algo
nos seduz, engolimos ou saboreamos o licor da angústia, alimentando-nos com
ideais suicidas, procurando e promovendo rompimentos trágicos ou vitimistas. O
problema não é a busca da esperança, não é o marasmo de dias tediosos, não é a
vida sem propósitos. O problema é a sedução. O problema é o filtro dos cinco
sentidos dizer que a vida é só isso.
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