Nos ventos de pouco caso,
na sonolência das palavras, no desânimo muscular das ruas e na tarde parada dos
Domingos, é preciso desligar a cabeça antes do temporal. Nas horas pesadas de
sono e insônia, da revisão de vida imprópria em camas impróprias, nas horas
indesejadas de silêncio farto, há que se ocupar por vício e por ócio. Assim,
pessoas envelhecidas antes da hora desistem de si mesmas nos finais de semana.
Um pouco caso com a vida, um descuido com as palavras, um esquecimento do valor
dos ânimos, isto é o que ocupa o ninho desarranjado de pensamentos, onde
tranquilidade involuiu para morosidade. Domingos são roucos e sussurrados. Suas
horas não passam; escorrem. Pessoas se escondem nas sombras de si mesmas.
Pessoas são lentas de Domingos.
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