Na selva da estranheza,
tudo o que for bizarro terá a mesma dimensão do que for apenas diferente, visto
de nosso ponto de vista. No meio do zoológico humano, cabem todas as formas
animais e todos os animais humanizados. Tudo será produzido e entregue aos
outros pelo lugar da fala, enquanto comunicação de resistência. Tem gente
maluca, tem gente fora da curva. Tem gente excêntrica, tem gente fora dos
padrões. Tem gente disfuncional, tem gente ocasional. Tem gente contraditória,
tem gente impossível. Não se pode afirmar que são gente como a gente, mas são
gente. Todas elas possuem um centro, um ponto de comunalidades, chamado
palavra. O que difere cada uma destas gentes é apenas o uso da fala, o
instrumento de resistência para quem ainda não encontrou seu lugar ao sol, mas
também não desistiu de procurar. Nosso centro está na fala.
Nenhum comentário:
Postar um comentário