A vida requer coragem para
dizer “não” aos movimentos de morte que nela se escondem. A vida exigiu coragem
desde o rompimento da bolsa amniótica para entrarmos no mundo. A vida exigiu
coragem para o filho diferenciar-se da mãe e iniciar a jornada da identidade
aos oito meses. A vida exigiu coragem de se levantar, ao cair nos primeiros
passos. A vida exigiu coragem para largar a mão da mãe na porta da escola, em
seu primeiro dia de aula. A vida exigiu coragem para dar o primeiro beijo na
adolescência, escondido dos Pais. A vida exigiu coragem para entregar seu corpo
a alguém pela primeira vez. A vida exigiu coragem para a entrevista de seu
primeiro emprego. A vida exigiu coragem para misturar-se ao mundo de lobos e
cordeiros. A vida exigiu coragem para suportar as dores e enfrentar as doenças
com altivez. A vida é a prática do “sim” diante da realidade que encontramos. O
resto é movimento de morte.
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