Aprendemos desde a
infância que, para termos autonomia, precisamos controlar todas as varáveis do
ambiente em que estivermos inseridos. Desde o “meu" brinquedo, “eu quero vestir
esta camiseta”, “agora não”, passando da vontade aos desejos, do egoísmo às trocas
lucrativas, “ou é do meu jeito ou não tem conversa”, somos treinados a
funcionar em razão dos benefícios. Acreditamos que tudo podemos, não havendo
limites para brigar por nossos sonhos e caprichos. Nem tudo, porém, acontece
como desejamos e sentimos frustrados. Paralelamente a tudo isso, existe uma
nova percepção de ver o funcionamento das coisas como fluxo ou processos. Ele é
muito mais intenso, mais criativo e disponível, consumindo menos energia e
produzindo mais resultados certeiros, completamente diferente do que almejamos,
mas em sintonia plena com o verdadeiro propósito de nossa existência. Os fluxos
se fazem com facilidade, conhecendo melhor do que nós os caminhos a serem
percorridos. Se as pessoas soubessem como é bom viver nos fluxos, elas abririam
mão de querer controlar tanto e se entregariam ao seu desenvolvimento
acelerado.
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