É bonito de se ver. É lindo ver toda aquela juventude atlética, chegando colorida e falante no aeroporto. Não se trata de uma parcela representativa e comum da juventude mundial, mas sim de uma parcela extremamente especial. Eles vieram brilhar e representar seus países como bons exemplos de cidadania.
Aquela juventude das olimpíadas não se entregou aos vícios, nem às drogas nem às bebidas. Por certo alguns sofreram pressão de seus instrutores adultos para burlar a lei antidoping, mas o espírito esportivo sempre fala mais alto em quem cultua a saúde mental e física. Eles cuidam do corpo com esmero, dedicação, reconhecimento, valor e disciplina. Eles utilizam o próprio corpo como instrumento de vitória, como veículo para transcender os limites humanos e as palavras negativas. Eles estão lá para vencerem até que, torcendo por eles, estaremos tomando-lhes emprestada a vitória para mascarar nossos fracassos e frustrações pessoais. Eles estão lá por alguns segundos, correndo o risco de entrarem por esta estreita porta rumo à fama e à história do esporte.
Aquela juventude também frequenta escolas, tem família, namora, tem emoções a cuidar. Mesmo assim eles não escolheram o caminho da violência nem do desrespeito pela humanidade. Eles simplesmente aprenderam a acreditar em si mesmos, empenharam-se muito para transformar esta crença em resultados, abraçaram uma paixão saudável e por ela viveram intensamente os últimos anos. Sem saberem , já são heróis da superação, são guerreiros vitoriosos do bom combate, já estão no pódium reservado somente aos comandantes do próprio destino. Que continuem servindo de inspiração para os adolescentes e crianças do mundo inteiro.
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