sábado, 14 de julho de 2012

A LINHA DO DESPERTAR


Antes do despertar acontecer, nem sempre estamos conscientes da realidade dos fatos, dos sentimentos, das respostas que damos, pois os pensamentos nos distraem continuamente. A mente nos envolve em tramas de conhecimento e lógica, em pesquisas de possibilidades, com sinapses de outras situações, com fotografias do passado, causando em nós uma profunda oscilação de inquietações ou pensamentos conflitantes.

Durante o processo do despertar de consciência, a mente é treinada a se calar diante da permissão que damos ao silêncio e ao vazio de nos preencherem com sua essência, uma vez que silêncio não é ausência de ruídos, mas sim convergência harmoniosa e unidade de percepções múltiplas da realidade. Aumentamos a consciência de nossas reações à realidade detectada, até diminuí-las intencionalmente. Espiritualizamos a matéria em pura subjetividade. Permitimos registrar os fatos, sem interferência de compreensão ou reorganização dos pensamentos.

Após o despertar, a consciência do agora toma conta da mente, trocando a busca do conhecimento pela presença da inteligência superior e cósmica. Vive-se no agora e em sua essência de presente, o qual se revela como presença do coração, a qual se manifesta como consciência divina, verdadeira âncora para a Presença Divina.

Estando lucidamente consciente, as respostas serão dadas em total permissão para abraçar o natural, o humano e o divino, o infinitamente pequeno e o infinitamente grande, em total inclusão da realidade universal para todas as dinâmicas possíveis. As observações feitas se tornam, assim, integração absoluta de todas as formas de energia. Tudo está acontecendo, tudo virou eternidade presente. Eu sou. A energia continua nos permitindo visitar todo o seu espectro de não existência e de  existência. Expandindo ou contraindo, eu sou presença em atividade. O movimento é automático e inteligente.  Isto nos torna livres da mente. Isto nos torna infinitos e imortais como consciência.

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