Antes do despertar
acontecer, nem sempre estamos conscientes da realidade dos fatos, dos
sentimentos, das respostas que damos, pois os pensamentos nos distraem
continuamente. A mente nos envolve em tramas de conhecimento e lógica, em
pesquisas de possibilidades, com sinapses de outras situações, com fotografias
do passado, causando em nós uma profunda oscilação de inquietações ou
pensamentos conflitantes.
Durante o processo do
despertar de consciência, a mente é treinada a se calar diante da permissão que
damos ao silêncio e ao vazio de nos preencherem com sua essência, uma vez que
silêncio não é ausência de ruídos, mas sim convergência harmoniosa e unidade de
percepções múltiplas da realidade. Aumentamos a consciência de nossas reações à
realidade detectada, até diminuí-las intencionalmente. Espiritualizamos a
matéria em pura subjetividade. Permitimos registrar os fatos, sem interferência
de compreensão ou reorganização dos pensamentos.
Após o despertar, a
consciência do agora toma conta da mente, trocando a busca do conhecimento pela
presença da inteligência superior e cósmica. Vive-se no agora e em sua essência
de presente, o qual se revela como presença do coração, a qual se manifesta
como consciência divina, verdadeira âncora para a Presença Divina.
Estando lucidamente
consciente, as respostas serão dadas em total permissão para abraçar o natural,
o humano e o divino, o infinitamente pequeno e o infinitamente grande, em total
inclusão da realidade universal para todas as dinâmicas possíveis. As
observações feitas se tornam, assim, integração absoluta de todas as formas de
energia. Tudo está acontecendo, tudo virou eternidade presente. Eu sou. A
energia continua nos permitindo visitar todo o seu espectro de não existência e
de existência. Expandindo ou contraindo,
eu sou presença em atividade. O movimento é automático e inteligente. Isto nos torna livres da mente. Isto nos torna
infinitos e imortais como consciência.
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