Imagine seu grande momento
da vida se aproximando com clareza, logo após você permitir mudar seus
pensamentos e velhas crenças, para viver uma nova realidade, em um mundo
nascendo de novo e pedindo novos protagonistas sociais. O único desafio
consistiria em arquitetar um novo Ser, desconhecido de si mesmo, sem a neura do
autoconhecimento identitário, uma fórmula única de ineditismo, um projeto
inacabado para que a vida o assuma e o conduza a novos horizontes. A leveza de
ser e não ser se apresenta como uma brisa, sem corpo, sem rumo, sem voz, sem
pressa, sem deixar de existir. Acabou o compromisso de ficar onde você estava
por muito tempo. Acabou a cobrança familiar para que você se adequasse a ela.
Acabou o peso dos títulos profissionais. Sumiu seu velho endereço. Nada mais há
a fazer, apenas ser e estar, até que a vida sozinha fale através de suas
percepções. O rio corre sozinho, assim também a energia vital.