Segundo o folclore, a alma
penada é uma velha senhora vestida de forma esfarrapada, tal qual imaginamos a
dona morte ceifadeira ou carpideira, rondando a próxima vítima. Em muitas
culturas a alma penada não é um fantasma, mas sim uma entidade com poder de
transitar simultaneamente entre várias dimensões. Ela fala o idioma dos
lamentos e das perdas na hora fatídica de se abandonar o corpo humano, fala da
finitude das coisas. Há quem diga que ela trabalha com roteiro definido. No
entanto, muita gente se deu conta de que ela é oportunista e criativa,
utilizando situações momentâneas para levar a cabo sua missão. Se o infeliz
tentar se atrasar, ela resolve tudo com seu jeitinho estúpido, pois a morte
nunca teve e nunca terá sentido.
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