A sociedade comunista mundial
escolheu a ausência do consumismo como motor de existência. Sem se dar conta,
escolheu a miséria e a resistência contínua para não ter que acordar do pesadelo
em que se meteu. Não deve ser fácil viver de resistência conceitual quando a
fome real aperta, quando as diferenças globais se tornam gritantes, quando a
liberdade morreu e permanece fétida na sala de casa. De restrição em restrição,
de constrição em constrição, a jiboia domina sua presa até que ela se acostume
e ceda. Quando o poder se torna ele mesmo miliciano, a dignidade humana é
esquecida por força das circunstâncias e homens se tornam máquinas de guerra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário