quinta-feira, 8 de março de 2012

INFELICIDADE COLETIVA

 Bhagavan sempre comentou que pessoas felizes não causam problemas para os outros e que somente pessoas infelizes espalham sofrimento, uma vez que o mundo exterior é reflexo do mundo interior. Uma observação comum do meio, ao nosso redor, é suficiente para comprovar suas palavras.

A mãe descontente consigo mesma, com seu relacionamento conjugal ou paterno, descontente com as finanças ou com a auto-imagem projetada na família, perderá a sensibilidade necessária para agir com as pessoas mais próximas de maneira saudável, causando distanciamento, derramando uma chuva constante de reclamações, impondo suas vontades, adoecendo-se com freqüência e gastando demais consigo mesma ou de menos com os demais.

O cidadão infeliz passará a hostilizar os vizinhos com implicâncias e ameaças, desrespeito com sons e barulhos tarde da noite, atitudes extremamente egoístas, causando mais acidentes nas ruas e nas estradas, objetificando o ser humano para os seus prazeres imediatos, provocando os colegas de trabalho com calúnias e fofocas, pegando para si o que não lhe pertence mas sem autorização, banalizando a violência urbana como forma de chamar a atenção para as suas misérias pessoais.

O sofrimento, as violências, as guerras, as perseguições e os conflitos em geral são o material humano de sustentação da infelicidade coletiva.O Brasil de 2012 é um bom exemplo disso tudo. Não adianta tomarmos medidas superprotetoras de um determinado grupo social, sem antes assumirmos responsabilidade social com o indivíduo em suas necessidades básicas de educação. Se este trabalho de base não for feito, ele fará mau uso de seus direitos comprometendo os deveres de todos, desrespeitará a vida comprometendo o tecido social, criará suas próprias leis se achando o todo-poderoso, demonstrará sua ignorância de forma agressiva quando sofrer perdas e revelará ao mundo que nunca soube lidar com frustrações desde o seu nascimento, pois sua base ou estrutura psicológica não foi tratada. Descobrirá também, como os mais favorecidos, que dinheiro e poder não garantem a felicidade de ninguém.

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