Toda ação tem suas conseqüências. Outra forma de expressar esta realidade é ver que cada situação torna-se semente, para atender a expectativa de que você poderá colher bons frutos, em algum momento do futuro, por ter feito algo com a melhor das intenções. Mas outra realidade, maior ainda do que esta, é o fato de que nem toda semente cai em território fértil. Portanto, a realização pessoal tem mais a ver com as expectativas do que com as conseqüências.
O mundo corrompe pessoas quando elas não possuem uma base familiar. As amizades ajudam a moldar pessoas à medida que suas interações se aproximam da intimidade entre elas. O aprendizado sofrido afasta pessoas de crenças saudáveis, mais pela desistência do que pelo fracasso em si. A mídia influencia os interesses pessoais no modo de vestir, de viver, de pensar. O governo, com sua propaganda, manipula o comportamento de determinados grupos sociais frágeis para benefício da implantação de suas agendas políticas. O discernimento das pessoas nem sempre consegue diferenciar a verdade da mentira. Todos estes fatores matam sementes boas.
Com a chegada do tempo, as pessoas vão se frustrando com o não atendimento de seus desejos, com a falta de oportunidades, com a indiferença dos outros, com a falta de sinceridade daqueles em quem havia confiado. Sem perceberem, tornam-se território fértil para sementes más. Frágeis na estrutura emocional e espiritual, tornam-se cordeiros de lobos vorazes, de egoístas, de líderes inescrupulosos, de grupos com agendas secretas, de pessoas interesseiras, de pessoas revoltadas e negativas. Partem, assim, para o atendimento de coisas mais fáceis, proibidas, sonhadoras, sem obedecer valores e regras. Partem para um beco sem saída, certos de que encontraram a melhor maneira de expressar o melhor de suas intenções. Quantos milhões de nós estamos presos neste curral de inconsciência?
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