Somos todos seres
gregários, seres coletivos e comunitários, seres mamíferos que não vivem
sozinhos por escolha. De galho em galho, de desejo em desejo, nossos olhos
atentos se aproximam como quem nada quer ou se impõem no território para
liderar o grupo. Quando, porém, acontece de perdermos o outro de vista, seja
por circunstância ou descuido, seja por distração ou indiferença, esta perda de
contato vira perda de conexão. Para os mamíferos hominídeos, perder a conexão
com os outros, por tempo prolongado, é adoecer pelo vazio. O outro é um ser
para desfrutar de convívio, para sentir-se vivo e funcional, para expressar
emoções saudavelmente, para efetuar trocas afetivas e descobertas. Amamos clãs,
gangs, times, equipes, sociedades, grupos, comunidades, pois deste convívio,
aprendemos não só a conviver com as desumanidades, mas também com as
humanidades de quem não sabe demonstrá-las com grandeza.
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